O petista João Paulo Cunha é corrupto, disse o Supremo Tribunal Federal
BRASIL – Julgamento do Mensalão O petista João Paulo Cunha é corrupto, disse o Supremo Tribunal Federal Maioria dos ministros da corte votou pela condenação do deputado petista, que recebeu 50 000 reais para favorecer o publicitário Marcos Valério e outras “cositas más”. Os ministrso Ricardo Lewandowski, e o ministro José Antonio Dias Toffoli, foram os únicos que virão a inocência de João Paulo Cunha. Foto: Veja - Abril Postado por Toinho de Passira Após 16 sessões destinadas exclusivamente ao julgamento do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quarta-feira a primeira condenação de um político envolvido no mais grave escândalo do governo Lula. O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), candidato à prefeitura de Osasco (SP) nas eleições de outubro, foi considerado culpado pelo crime de corrupção passiva. A decisão marca uma dolorosa derrota para o PT. Os ministros Joaquim Barbosa, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Marco Aurélio, Cezar Peluso, Celso de Mello, e Gilmar Mendes e o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto consideraram que o deputado petista pode ser considerado corrupto porque aceitou 50 000 reais do publicitário Marcos Valério para favorecer a agência de publicidade SMP&B, do publicitário mineiro, em um contrato da Câmara dos Deputados e também por lavagem de dinheiro. Apenas o revisor da ação penal do mensalão, Ricardo Lewandowski, e o ministro José Antonio Dias Toffoli, intimamente ligado ao PT, absolveram o congressista., ainda não se manifestou e vai votar na abertura da sessão plenária desta quinta-feira. A condenação no STF praticamente sepulta a trajetória política do petista. Em 2006, João Paulo escapou da cassação em votação secreta no plenário por margem de apenas um voto. Com o novo revés, a condenação implodiu sua candidatura a prefeito de Osasco (SP). João Paulo Cunha, cujas atividades irregulares foram as primeiras a serem analisadas pelos ministros no mensalão, também foi condenado pelo crime de peculato, ainda em placar parcial, por ter utilizado o cargo de presidente da Câmara dos Deputados para direcionar uma licitação e favorecer irregularmente a SMP&B. Em contrapartida, seis dos 11 ministros do STF consideraram que o parlamentar não pode ser apenado por outra acusação de peculato, a de ter agido na subcontratação de uma empresa jornalística que já trabalhava para ele. Na avaliação do Ministério Público, houve prejuízo de 252 mil reais aos cofres públicos pelo fato de a empresa Ideias, Fatos e Texto (IFT) ter sido subcontratada por Valério ao mesmo tempo em que já atuava em um contrato na Câmara. Material de Campanha Reservadamente, a condenação de João Paulo Cunha já era esperada pela defesa do parlamentar, capitaneada pelo criminalista Alberto Zacharias Toron. Ele aceita o resultado, embora recorra ao clássico "a esperança é a última que morre”. A absolvição no caso IFT também era dada como provável pelos defensores de Cunha. Foto: Letícia Macedo/G1 Fotos de João Paulo Cunha ainda decoravam o comitê, no Centro de Osasco, nesta sexta-feira (31) A Veja informa que o mensaleiro João Paulo Cunha, fez duas exigências ao PT para oficializar a (inevitável) desistência da candidatura a prefeito de Osasco. Cobrou a manutenção de cargos na Ceagesp, o maior entreposto de distribuição de alimentos da América Latina, vinculado ao Ministério da Agricultura, da sua irmã, Ana Lúcia Cunha Pucharelli, chefe do setor de Recursos Humanos e a indicação do seu antigo vice, o amigo e aliado Valmir Prascidelli (PT), para substituí-lo na chapa em Osasco. *O texto é baseado na reportagem de Gabriel Castro e Laryssa Borges, para o site da Revista Veja, com comentários adicionais e atualizações. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário