Ex-mulher de Cachoeira ganha status de investigada
BRASIL – Caso Carlinhos Cachoeira Ex-mulher de Cachoeira ganha status de investigada Segundo a agencia Senado, após o depoimento desta quarta-feira (8) à CPI mista do Cachoeira, a ex-mulher do contraventor, Andréa Aprígio, passou de testemunha a investigada, por não responder as perguntas dos parlamentares, nem explicar a sua evolução patrimonial Foto: Agência Senado Postado por Toinho de Passira Andréa Aprígio, a ex-mulher do mafioso Carlinhos Cachoeira, chegou para depor no Congresso, na CPI mista do Cachoeira, na condição de testemunha e portando um habeas corpus, que lhe permitia permanecer em silêncio. Usando o tempo destinado a falar livremente, no início da sessão, em tom emocionado, pediu respeito à privacidade dela e da família e disse que os filhos estão sofrendo com a exposição da mídia e com a ausência do pai, preso desde 29 de fevereiro deste ano. Ela começou citando um ditado da avó, segundo o qual, mesmo separada do bicheiro, ela será sempre a ex-mulher dele. Segundo ela, a única relação quem mantém com Cachoeira é de cordialidade, baseada num vínculo familiar. "Sempre respeitei a inteligência e dinamismo de Carlos, mas tínhamos vidas profissionais distintas. Só posso responder pelo que conheço e pela minha conduta. Estou num momento desconfortável com exposição de minha imagem e de minha família", afirmou. Andrea se disse defensora de “valores éticos, morais e cristãos”. Alegou que seu patrimônio é fruto de partilha de bens de uma separação consensual homologada em juízo e também fruto do próprio trabalho, visto que é engenheira civil e advogada. "Minhas empresas são acusadas equivocadamente de serem canais de articulação ilícita, o que deixa indignados todos os que se empenham no crescimento delas", reclamou, referindo-se ao laboratório famacêutico Vitapan, a uma construtora e a uma fundação, todos com sede em Goiás. Claro que esse discurso não convenceu os parlamentares. Os bens que lhe foram destinados na separação judicial, por serem oriundo do patrimônio do casal Cachoeira, estão debaixo das mesmas suspeições e riscos de confisco, que os bens que ele atualmente possue. Terminado o discurso, os parlamentares discutiram se Andréa deveria ou não ser dispensada de responder as perguntas dos parlamentares. Depois de um rápido acordo com o advogado da testemunha, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), transformou a reunião em secreta. Pelo que se sabe a reunião secreta foi um fiasco. Andréa Aprígio não respondeu à maior parte das indagações, entre as quais as que diziam respeito à evolução patrimonial das empresas dela. Segundo a Agência Senado, o relator da CPMI, senador Odair Cunha (PT-MG) após o depoimento secreto, afirmou que Andréa Aprígio, passou a ser tratada também como investigada, por não ter explicado muitos fatos apontados nas investigações. Andréa saiu consolidada como suspeita de operar como 'laranja' em empresas ligadas à organização de Carlinhos Cachoeira.
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