31 de jan. de 2010

VENEZUELA: "Chávez tás ponchao"

VENEZUELA
"Chávez tás ponchao"
O coronel Hugo Chávez não é mais aquele. Estão contra ele fenômenos incontroláveis como o mercado de petróleo em baixa, o fenômeno El Niño, que impede chover em Caracas e o povo que se cansou da sua forma de "governar". A retirada do ar, da única emissora de televisão que lhe fazia alguma oposição, parece ter sido a gota d”água que fez a paciência popular transbordar em definitivo, exatamente num ano em que haverá eleição para o novo parlamento

Foto: Reuters

O jargão do beisebol aplicado ao presidente Chávez, que já errou a cota suficiente para sair de cena, ou do jogo

Fontes: Último Segundo, Revista Veja, El Universal, El Nacional

“A destruição da Venezuela é um projeto que tem consumido todas as energias de Hugo Chávez e seu plano de poder nacional-populista.” - diz a Revista Veja nesta semana e complementa- "Reconheça-se que, infelizmente, ele tem sido bem-sucedido.” "A economia foi à lona com nacionalizações e congelamento de preços." O Judiciário foi completamente engolido. Persistentemente minados, todos os organismos de estado seguiram o mesmo rumo.”

Hugo Chávez só permite na Venezuela imprensa a favor. Quando ainda era forte sua popularidade, em 2007, tirou do ar o canal mais popular do país, a RCTV, por manter uma opinião editorial independente.

A RCTV migrou para a televisão por assinatura, mas o coronel não se conformou e na semana passada, fechou outra vez a RCTV , sob a acusação de que a TV a cabo não transmitia os seus pronunciamentos, incluindo aí, o seu intragável programa de domingo, que nem tem hora para começar, nem para acabar.

A medida atingiu outros cinco canais em situação semelhante, mas três já retornaram ao ar, após aceitar transmitir os pronunciamentos e o programa de Chávez.

Para um caudilho com ele, não há lógica de falar na televisão e todo o país não ficar diante da tela vendo suas gabolices.

A medida levou a população as ruas, em protesto. Um estudante da oposição e outro a favor de Chávez acabaram morrendo nos confrontos que se seguiram em Caracas.

Foto: Reuters

As tacadas de Chavez são cada vez menos eficientes e causa menos temor. Por isso ele está sendo posto fora de jogo

A última novidade desagradável para Chávez, foi um slogan indesejável, criado não se sabe por que gênio da propaganda da oposição: “Chávez tás ponchao” (Chávez está fora) , que é uma expressão do jargão do beisebol, o mais popular esporte nacional e a única coisa de origem americana que o coronel não tentou extinguir e até gosta de dar umas tacadas.

“1, 2, 3…Chávez tás ponchao!” Seria o mesmo que dizer que o batedor, devido a três “strikes” perdidos estaria eliminado da partida.

Os “strikes” em questão são bem outros, e bem mais que três, podem o ser racionamento de luz e água, a criminalidade descontrolada, a corrupção, a falta de liberdade, o desabastecimento no país, onde falta até papel higiênico.

“1, 2, 3… Chávez tás ponchao!” foi gritado, por exemplo, pela grande maioria dos espectadores que assistiam no estádio universitário de Caracas, no último dia 24 a final do campeonato entre Caracas e Magallanes, onde também se protestou contra o fechamento de RCTV, veja no YouTube


A revista Veja lembra que como todo caudilho o Hugo Chávez gosta que manda em tudo, “o tempo todo, que faz brilhar o sol e faz chover. Embora, ultimamente, o assunto chuva seja delicado.

Foto: Reuters

No protesto pelo fechamento da RCTV, em Caracas, a exibição de outros problemas, como o racionamento de água

Se a atual estiagem continuar, o setor elétrico da Venezuela caminhará para o colapso total. Os venezuelanos já sofrem com apagões constantes e podem literalmente mergulhar nas trevas.

Preocupado em ajudar países camaradas como Bolívia, Cuba e Nicarágua, o governo Chávez não investiu em novas usinas hidrelétricas e termelétricas. Além disso, todas as companhias de eletricidade que caíram sob a praga da gestão chavista tiveram queda na produção por falta de manutenção, corrupção e aumento escandaloso do número de funcionários.

As falhas internas do setor elétrico eclodiram com a repetição do fenômeno climático El Niño, que secou as represas. Se não chover até maio, a hidrelétrica de Guri, que responde por 60% da geração nacional, precisará desligar as turbinas.

No pior cenário, o país poderá ter eletricidade dia sim, dia não. Tripudiando sobre as dificuldades da população, Chávez propôs o "banho socialista" de três minutos e prometeu contratar cientistas cubanos para bombardear as nuvens e fazer chover nos lagos das hidrelétricas.

"Vou lá de avião e, se uma nuvem me atravessar o caminho, eu lanço um raio nela!", bradou com o habitual histrionismo. Até agora, não produziu nem garoa.

Foto: Reuters

Favela de Petare, Caracas As dezenas de assassinatos a cada final de semana em Caracas, são apenas a ponta de um problema do crime que mostram as pesquisas é a principal preocupação dos venezuelanos diariamente.

Na verdade, os racionamentos que vêm sendo aplicados pelo governo preocupam tanto quanto a escalada da criminalidade. Caracas é, hoje, a segunda cidade mais perigosa do mundo. E a população tenta de todas as formas conviver com essa realidade evitando sair de casa no horário noturno.

Para a revolução bolivariana de Hugo Chávez, o crime é produto da falta de oportunidade do cidadão, diz o texto de Gustavo Gantois, enviado especial do portal Ultimo Segundo, a Caracas.

O conceito, que foi atropelado pela queda do comunismo na União Soviética, ainda ganha sobrevida com os programas sociais do governo.

Foto: Reuters

A futura mamãe venezuelana é examinada por uma médica cubana num dos Centros de Diagnostico Integral, uma boa idéia que só deu certo na verdade na propaganda oficial

. O problema é que eles não têm dado resultado. As Missões, ponta de lança dos programas, estão sendo dilapidadas pela falta de planejamento. A Missão de Barrio Adentro era originalmente administrada por cerca de 30 mil médicos cubanos. Muitos desses postos de saúde agora estão fechados e o restante com uma grave falta de pessoal.

“Os cubanos estão indo embora”, explica Felix, um assistente social que reluta em dar o sobrenome com medo de represálias do governo chavista. “Eles não recebem salário em dia e ainda são vítimas da criminalidade desenfreada”.

Chávez criou um lugar pior do que Cuba para se viver.

Imagina-se que essa situação caótica e descontrolada vá eclodir, nas eleições para a Assembleia Nacional, marcada para setembro.

Foto: Reuters

Os estudantes universitários são os maiores adversários do presidente venezuelano

Desde 2005, quando a oposição se absteve das eleições legislativas em protesto pelos abusos, os representantes do povo se limitam a aplaudir as loucuras de Chávez. Agora, no entanto, pesquisas mostram que apenas um em cada três venezuelanos pretende votar em um candidato indicado pelo presidente.

A máquina assistencialista vai ter de esquentar. Com a desvalorização da moeda nacional, no início do ano, ela ganhou fôlego. Mas a manobra também deve empurrar a inflação para perto dos 40% e diminuir o poder aquisitivo da população em 12% neste ano.

Há o temor que se vendo ameaçado o coronel aperte mais o regime.

Foto: Associated Press

A violenta policia de choque de Chávez não intimida mais os manifestantes

Neste domingo, no seu programa de rádio, Hugo Chávez elogiou as Forças Armadas da Venezuela e disse confiar que eles saberão conter os abusos da oposição. A ameaça velada do coronel demonstra que ele está se sentindo acuado, pela força do povo, que está gritando cada vez mais alto ao seu redor: “Chávez tás ponchao.”


Charge: J BOSCO - O Liberal (PA)



J BOSCO- O Liberal (PA)


30 de jan. de 2010

RÚSSIA : Protestos contra Putin por fracasso econômico

RÚSSIA
Protestos contra Putin por fracasso econômico
Nem a popularidade em alta do primeiro ministro russo impediu o povo de ir as ruas protestar contra altas das taxas e risco de inflação alta

Foto: Reuters

Partidários do Partido Nacional Bolchevique carregam tochas pelas ruas de Moscou

Fontes: Reuters, Folha online ,Daily Mail, Talk Talk

Cerca de 10 mil pessoas participaram de uma manifestação no enclave russo de Kaliningrado, na região do Báltico e outras tantas em Moscou, para exigir a renúncia do primeiro-ministro, Vladimir Putin, por causa da alta do custo de vida e do desemprego.

Esta foi uma rara demonstração de descontentamento com o líder do governo, que é popular na Rússia.

Boris Nemtsov, líder do movimento oposicionista Solidariedade, disse à rádio Eco, de Moscou, que as pessoas estavam protestando contra "um aumento de 25 a 30 por cento" nos serviços públicos e o elevado desemprego. Ele afirmou que a manifestação foi organizada por partidos políticos, incluindo o Comunista.

Foto: Reuters

Protestos em Vladivostok, leste de Moscou

"Acredito que isto seja um prenúncio de eventos que provavelmente ocorrerão em toda a Rússia", disse.

As autoridades russas costumam aumentar os preços de habitação, transporte, água e eletricidade depois do Ano Novo. Isso pode provocar inflação, que alcançou 1,7 por cento nos primeiros 25 dias de janeiro, excedendo as previsões oficiais.

Apesar dos sinais de recuperação, a Rússia permanece mergulhada em uma crise econômica, tendo o PIB se contraído 8,9 por cento no acumulado de um ano e o desemprego alcançado 8,2 por cento em dezembro.

Foto: Associated Press

Mesmo ferido pela repressão policial jovem continua a participar do protesto em Moscou

O governo russo despejou bilhões de dólares na economia e vem apoiando regiões e cidades afetadas pela crise.

As pesquisas confirmam que Putin, ex-presidente do país e ex-integrante do serviço de inteligência russo, atual primeiro ministro, continua popular na Rússia.

Um levantamento realizado este mês pela VTsIOM mostra 54 por cento de aprovação a ele, o mais elevado entre os políticos russos. O presidente Dmitry Medvedev obteve 42 por cento de apoio.

Foto: Getty Images

Polícia arrasta membro do Partido Nacional Bolchevique durante o comício no centro de Moscou

Pode ser, porém, que essa popularidade toda, esteja começando a ruir devido aos resultados da economia.


HONDURAS: Lobo toma posse e país volta à normalidade

HONDURAS
Lobo toma posse e país volta à normalidade
Apesar de não ter sido reconhecida por alguns, inclusive o Brasil, a eleição e posse do presidente eleito de Honduras, Porfirio "Pepe" Lobo, prestigiada por representantes dos Estados Unidos e de vários outros países, põe o pequeno país centro americano de volta a normalidade democrática, tão questionada nos últimos seis meses

Foto: Associated Press

Porfirio Lobo, o novo presidente de Honduras, ao primeira dama Rosa Elena, no momento da posse, recebendo a faixa presidencial das mãos do presidente do Congresso Juan Orlando Hernandez

Fontes: Portal Terra, El Heraldo, El Tiempo, Diario Libre, Estadão, O Globo

Porfirio "Pepe" Lobo tomou posse, nesta quarta-feira, 27, como novo presidente de Honduras, mais de seis meses após o então líder Manuel Zelaya ser deposto do cargo.

A faixa presidencial foi entregue pelo presidente do Congresso, Juan Arnaldo Hernández, em uma cerimônia no Estádio Nacional de Tegucigalpa, de acordo com o cerimonial e as tradições locais, que contou com a presença de representantes de 30 países, 35 mil assistentes e uma barreira de segurança formada por cinco mil soldados e policiais.

Em seu primeiro discurso como presidente, Lobo apelou a uma "necessária e indispensável" reconciliação com a comunidade internacional. Agradeceu ao presidente da Costa Rica, Óscar Arias, "por ter se interessado (...) numa solução justa e pacífica" para a crise; ao presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, um dos protagonistas no acordo que facilitou a saída de Zelaya do país e à Organização dos Estados Americanos (OEA), entidade de que Honduras foi suspensa após a deposição de Zelaya.

Foto:El Heraldo

A cerimônia de posse no estádio nacional de Tegucigalpa

El Heraldo Disse, ainda, que seu mandato durará quatro anos, "nem um dia a mais, nem um dia a menos". Roberto Micheletti, que tomou posse após a deposição de Zelaya, não assistiu à cerimônia de posse.

- Acabamos de sair da pior crise política de nossa história democrática, mas conseguimos evitar todos os grandes perigos que afrontavam nossa nação - disse Lobo.

Foto: El Heraldo

Minutos após a posse, o novo presidente sancionou o decreto aprovado na véspera pelo Congresso, que concedeu anistia ao presidente deposto Manuel Zelaya de crimes políticos, como a violação da Constituição por tentar realizar uma consulta popular que abriria caminho para sua reeleição.

O Decreto de anistia, porém, também perdoou qualquer deslize político que se tenha cometido nos incidentes que o tirou do poder, não incluiu, porém, os comandantes militares que foram absolvidos pela Suprema Corte, acusados pelo crime de expatriação de Zelaya.

A medida, no entanto, que entra em vigor 20 dias depois de publicada no Diário Oficial, não inclui outras acusações feitas contra Zelaya e seus ministros, como corrupção, mal uso de verba pública e enriquecimento ilícito.

Assim ele continua processado e ameaçado de prisão se circular pelo país.

Eleito em 29 de novembro, num pleito que não foi reconhecido pelo Brasil e por outros governos latino-americanos, "Pepe" Lobo informou que ex-candidatos presidenciais serão nomeados para o Ministério do Trabalho, Felícito Ávila; Cultura, Bernard Martínez; e para o Instituto Nacional Agrário (INA), Cesar Ham.

Foto: Reuters
Pela primeira vez, como presidente, Porfirio Lobo canta o Hino Nacional de Honduras

Lobo, de 61 anos, é agricultor e dono de terras na enorme província de Olancho, ao leste de Honduras fazendo fronteira com a Nicarágua. O presidente vem de uma família rica de fazendeiros e é administrador de empresas graduado pela Universidade de Miami.

Foto: El Heraldo

O Ministério formado por Porfírio Lobo, para governar o país

Ao assumir a Presidência, Porfirio Lobo tem o desafio de governar um país dividido e isolado internacionalmente. Sua prioridade é por fim à crise política instalada após a deposição do então presidente, Manuel Zelaya, em 28 de julho de 2009.

Zelaya deixa finalmente a embaixada do Brasil

Foto: Reuters

O novo presidente de Honduras, acompanhou Manuel Zelaya até Aeroporto Internacional Toncontín, em Tegucigalpa, feliz como quem embarca a sogra numa viagem sem volta

Duas horas após o novo dirigente ter recebido a faixa presidencial, Zelaya deixou a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa por volta das 15h (19h de Brasília), onde passara os últimos 128 dias, sob forte escolta e driblando o assédio da imprensa.

Numa caravana, o ex-presidente rumou para a base aérea da capital, onde embarcou para a República Dominicana num bimotor da Embraer. Antes de partir, entregou ao chefe da embaixada, Francisco Catunda, uma carta de agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apoio durante a crise.

O ex-presidente pedira que seus simpatizantes, que organizavam uma manifestação de despedida, desobstruíssem as vias de acesso à embaixada e se concentrassem nas proximidades da base aérea.

Foto: Associated Press

Os partidários de Zelaya dão adeus ao ex-presidente que foi para o exílio

Para sair da embaixada brasileira rumo ao exílio, sem ser preso, Manuel Zelaya precisou que o novo presidente eleito, Porfirio Lobo, concedesse um salvo conduto especial, pois a justiça hondurenha ainda o quer alcançar por crimes de corrupção e enriquecimento ilícito.

O novo presidente, na verdade, estava louco para ver Zelaya fora do país, o que representa uma complicação a menos, e até o acompanhou ao aeroporto, entre prestigiando e se certificando que o incomodo ex-presidente ia mesmo sumir no horizonte.

O plano do coronel Hugo Chávez de ter um aliado incondicional em Honduras não deu certo, ao contrário, sua presença exagerada interferindo no governo hondurenho acabou prejudicando o seu aliado, que acabou perdendo o poder, com seis meses de antecipação.

As diversas manobras do coronel Chávez, de fazer presidente deposto voltar ao poder, como a de plantá-lo na embaixada brasileira, não resultou em nada.

Foto:

Micheletti ao sair da missa celebrada no seu último dia de governo, foi aplaudido pela multidão e posou para fotos com partidários

O povo hondurenho deu seguidas mostras de preferia ser governada por Roberto Micheletti (foto) um velho político experiente, que conseguiu conduzir, debaixo de um tiroteio político internacional, o seu país até as eleições e a possível volta a normalidade, libertando-o das mãos de Manuel Zelaya e da influencia externa de Hugo Chávez.

Lula assessorado por Celso Amorim e principalmente por Marco Aurélio Top Top Garcia, foi um fantoche nas mãos de Hugo Chávez, durante todo o incidente. Até agora procura uma saída honrosa para mudar de opinião.

Apesar de ter se dirigido inicialmente para a República Dominicana as informações que se tem, é que Manuel Zelaya, pretende fixar residência de exilado no México.

Foto: Diario Libre

Nessa luxuosa mansão em São Domingos, protegido por militares, bem mais discretos que o exército hondurenhos, Zelaya está hospedado com sua família. O endereço é dos mais nobres rua Hatuey 42, Los Cacicazgos, São Domingos,Republica Dominicana



29 de jan. de 2010

Bebeto e Seu Jorge - "Eu bebo sim" de Luís Antônio

Bebeto e Seu Jorge cantam " Eu bebo sim”
de Luís Antônio




Charge: SPONHOLZ - Jornal da Manhã (PR)



SPONHOLZ- Jornal da Manhã (PR)


RECIFE: Excesso de destilados fez pressão de Lula subir

RECIFE
Excesso de destilados fez pressão de Lula subir
Dilma Rousseff e Franklin Martins estão querendo transformar mais um porre presidencial, numa estafa por excesso de trabalho. A versão é de um cinismo espetaculoso. Todo mundo sabe que Luis Inácio Lula da Silva, jamais trabalhou

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula na Sinagoga em Recife, acendendo velas para os judeus, com a mesma mão que acendera para Ahmadinejad

Fontes: Ultimo Segundo, Portal Terra, Blog do Jamildo, Blog do Jamildo, Blog do Noblat

Não é a primeira vez que Lula fica embriagado em Pernambuco. Nós do “Passiranews” já constatamos isso inúmeras vezes. As afinidades entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campo e o presidente Lula vão muito além de convergências políticas. Cada encontro é uma celebração etílica-política como se aquelas fossem os últimos litros de Dimple 20 anos, do planeta.

Para Lula vir a Pernambuco é como dá uma passadinha no boteco preferido. Por isso vem ao estado tão amiúde, para praticar o seu esporte favorito ao lado de um jovem amigo com os mesmos hábitos de conversar sobre política esvaziando litros de maltes envelhecidos na escócia.

Durante à tarde, o presidente Lula, já esboçava alguns sintomas de sua “estafa”. Sob efeito alcoólico sua excelência participou da cerimônia em memória dos mortos no holocausto, na histórica sinagoga Kahal Zur Israel , na Rua do Bom Jesus, em Recife, a mais antiga das Américas, numa jogada para limpar a barra do nosso presidente diante de Israel, antes de sua próxima visita a região da Palestina.


Lula chegando ao Hospital Português em Recife, já quase refeito, por ter tomado soro glicosado no percurso. Captura de vídeo feito pelo telefone
O presidente saiu-se com uma afirmação surpreendente diante de uma platéia judaica com representantes de vários países que assistia o discurso com formal frieza.

"Mostrei ao presidente do Irã que é impossível negar o Holocausto, que 60 milhões de vidas foram perdidas na Segunda Guerra Mundial em combates, em enfrentamentos de parte a parte. Mas que os 6 milhões de judeus não foram mortos em combates, foram exterminados", disse Lula

Trata-se de uma traição ao aliado iraniano, pois tal citação nunca foi registrada em nenhum dos comunicados oficial conjuntos da visita do presidente Ahmadinejad, a Brasília. Lula ganhou aplausos fáceis dos judeus, mas vamos esperar até que o iraniano saiba disso.

Terminado o périplo demagógico de solenidades, o presidente foi para o Palácio do Campo das Princesas, onde ficou mais de quatro horas dialogando etilicamente com o governador do estado Eduardo Campos. Ainda no Palácio passou mal, e chegou a se convocar a equipe médica do hospital português, que sempre fica em alerta, quando o presidente vem ao Recife.

Os médicos, segundo o blog do Jamildo, acabaram sendo dispensados, para em seguida, serem chamados de novo, desta vez em caráter de urgência urgentíssima.

Dentro do aerolula, de portas fechadas, pronto para levantar vôo do Recife com destino a Davos na Suíça, o presidente teria passado mal novamente e o médico que o acompanha nas viagens, Dr. Cléber Ferreira, aferiu sua pressão e constatou que além das tonturas, ânsias de vômitos e dores no peito, o presidente estava com uma pressão 18/12.

Pelos sintomas, sua Excelência poderia estar à beira de um infarto, de um aborto ou de um coma alcoólico. Mais tarde foram afastadas as duas primeiras hipóteses.

Depois de tomar um tubo de soro glicosado o presidente ficou totalmente curado, lépido, fagueiro e risonho, pronto para outra. O resto foi encenação do marketing presidencial.

Foto: Agência Brasil

Dilma Rousseff, devido a sua ampla experiência, foi escalada para mentir inventando a história de excesso de trabalho e a vida atribulada de Lula, comparando ao rali Paris Dacar, deveria ter comparado a Oktoberfest.

Foto: Warner divulgação da série House

A equipe que atendeu Lula disse que está tudo bem, pelo menos por enquanto, recomendou que ele se afastasse da bebida e do PMDB


CHARGE: IQUE - Jornal do Brasil (RJ)



IQUE - Jornal do Brasil (RJ)


22 de jan. de 2010

Roberta Sá & Roberto Silva cantam "Falsa Bahiana” de Geraldo Pereira

Roberta Sá & Roberto Silva cantam "Falsa Bahiana”
de Geraldo Pereira




Charge: SPONHOLZ



SPONHOLZ


ELEIÇÃO 2010: Lula “alto nível” chama Sérgio Guerra de babaca

ELEIÇÕES 2010
Lula “alto nível” chama Sérgio Guerra de babaca
O presidente gastou, parte da sua primeira reunião ministerial do ano, para ofender o presidente do partido da oposição, dando-lhe o título de babaca, para em seguida sugerir que ninguém deve baixar o nível da campanha presidencial, exceto ele, é claro

Fotocharge Toinho de Passira

Fonte: Blog do Noblat, Radar Online

No blog Radar de Lauro Jardim o registro de que na reunião ministerial de ontem, Lula fez um discurso curto, de quinze minutos, mas cheio de ruídos eleitorais. Disse palavrão, nada de novo, mandou recados e falou muito sobre eleições. Em determinado momento, sem ter nem prá que, disse:

-Esse babaca do Sérgio Guerra (presidente do PSDB) não sabe o que está falando quando diz que nada acontece de bom no Brasil.

Respirou e prosseguiu:

- Espero que a eleição não seja de baixo nível. Mas pode ser que seja, porque a oposição está sem discurso. E eu sei o que é ser candidato sem discurso.

Como é impossível supor que Lula tenha feito um discurso diante de 40 ministros imaginando que não vazasse, fica claro que o presidente queria que essa frase fosse publicada.

Em relação o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, nada justifica um tratamento deste nível por parte de um presidente da República a um dirigente do maior partido da Oposição em plena reunião ministerial - não era um botequim, afinal.

Lula que já falou “merda” num palanque, agora manda um “babaca” numa reunião com seus ministros. Mais contraditório ainda foi clamar em seguida por uma eleição “que não seja de baixo nível”. – comenta Jardim.

Até agora Sérgio Guerra não soube responder Lula, disse ao Blog do Noblat que "Em respeito ao presidente da República do Brasil não darei a resposta que ele merece, e que eu gostaria de dar”.

Para Lauro Jardim, do Radar, disse: 

- "O presidente é conhecido por não controlar seu vocabulário e pela enorme capacidade de não refletir sobre o que diz. O melhor que ele tem a fazer é respeitar a lei e parar com a campanha antecipada".

É por respostas assim que Lula ousa chamar o presidente tucano de “babaca”.

Se os tucanos e Democratas vão entrar para jogar com Lula com luvas de pelica e cair nessa de campanha cheios de nível e educação, sem responder a altura "o boca suja de Garanhuns", o título de babaca vai ser estendido a toda oposição.

Com se diz por aqui por Pernambuco: “Formiga sabe que roça come”.

Cadê que Lula chama Jarbas Vasconcelos de feio? E olha que seria uma verdade.


21 de jan. de 2010

BRASIL - HAITI: Homenagens aos heróis brasileiros da Força de Paz

BRASIL - HAITI
Homenagens aos heróis brasileiros da Força de Paz
O governo homenageou os militares mortos no terremoto do Haiti

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Fontes: Agência Brasil, G1, R7, Agência Brasil

Em clima de comoção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou nesta quinta-feira (21) na homenagem aos soldados brasileiros mortos no Haiti pelo terremoto que atingiu o país no último dia 12. Ele lembrou a coragem dos militares que fizeram parte da Missão de Estabilização das Nações Unidas no país, chamando-os de "bravos soldados do Exército Brasileiro". Durante a cerimônia de honras fúnebres, na Base Aérea de Brasília, o presidente citou e agradeceu a cada um dos 18 mortos.

O presidente conferiu a Medalha do Pacificador com Palma, aos militares mortos, que é a comenda que distingue aqueles que mesmo em tempo de paz, pratica atos de bravura e agradeceu nominalmente a cada um deles.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O caixões permaneceram no centro de um hangar na base aérea, cobertos com a bandeira do Brasil e com as fotos dos militares sobre eles. Os familiares receberam as condolências do presidente Lula e da primeira-dama Marisa Letícia.

Lula chegou ao local acompanhado da primeira-dama e de diversos ministros. Os presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Senado, José Sarney, além do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, também participaram da cerimônia.

Os dois coronéis João Eliseu Souza Zanin e Emílio Carlos Torres dos Santos, mortos no terremoto do Haiti, foram promovidos post mortem a General-de-Brigada Combatente.

O corpo do 18º militar que estava desaparecido, do major Márcio Guimarães Martins, foi localizado na madrugada de ontem, mas continuava no Haiti. O governo tentava junto à Organização das Nações Unidas (ONU) acelerar a liberação do corpo do militar, que era oficial do Comando da Brigada de Infantaria de Paraquedistas, do Rio de Janeiro.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Quando a Banda Militar executou o Hino Nacional, na Base Aérea de Brasília, familiares e amigos das vítimas do tremor de terra foram tomados pela emoção, a exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de Lula, o vice-presidente José Alencar e os presidentes do Congresso Nacional, José Sarney, da Câmara dos Deputados, Michel Temer, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, participaram da cerimônia. A maioria dos ministros também esteve na solenidade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quinta-feira (21) um projeto de lei que autoriza o governo a indenizar as famílias dos militares mortos no terremoto do Haiti em R$ 500 mil. A medida prevê ainda o pagamento de uma bolsa educação de R$ 510 para os dependentes dos soldados, que terão direito ao benefício até completarem 24 anos.

Foto: José Cruz/ABr

Antes da cerimônia oficial, os familiares e amigos tiveram um momento reservado para se despedir das vítimas do terremoto. Depois da cerimônia os corpos foram trasladados por cinco aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para as cidades onde serão sepultados.

Discurso do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Cerimônia de honras fúnebres aos militares mortos no cumprimento do dever na Missão de Paz no Haiti

Foto: Captado da TV

Fontes: Secretaria de Imprensa - Planalto

Há momentos em que as palavras se tornam frágeis diante da brutalidade dos fatos.

A tragédia que se abateu sobre o Haiti, no dia 12 de janeiro de 2010, foi um desses episódios em que o destino cego e implacável parece ter assumido as rédeas da condição humana.

Nosso coração, que já estava partido pelo sofrimento desse povo-irmão, de raízes africanas como as nossas, recobriu-se duplamente de luto e dor nos dias que se seguiram.

Vinte brasileiros que se dedicavam à difícil tarefa da reconstrução haitiana perderam a vida em Porto Príncipe, no derradeiro testemunho do seu compromisso com a redenção do país.

Entre eles, estavam dois civis: nossa querida Zilda Arns, médica, pediatra, criadora da Pastoral da Criança, símbolo da fé brasileira na cooperação para a justiça social; e o diplomata Luiz Carlos da Costa, vice-chefe da Missão de Paz da ONU no Haiti, que já emprestara sua experiência de 40 anos em situações de conflito no Kosovo e na Libéria.

Estavam lá, também, os 18 bravos soldados do Exército Brasileiro que tombaram cumprindo a mais nobre missão humanitária já efetivada pelas nossas Forças Armadas.

Estou falando de destemidos compatriotas que chegaram ao Haiti levando a seguinte mensagem àquela gente sofrida: “Vocês não estão sozinhos. Viemos aqui em nome do Brasil. Trazemos segurança para suas famílias, trazemos paz. Trazemos remédios, solidariedade e, acima de tudo, o respeito do povo brasileiro ao povo haitiano”.

Cada um desses homens reafirmou, durante sua vida, a vocação pacífica e solidária da nação brasileira. Sem nunca perder a firmeza e a coragem necessárias para combater a violência e a criminalidade que tanto assolavam o Haiti, nossos militares sempre souberam conviver harmoniosamente com a população local, e ganhar a sua estima.

O soldado brasileiro nunca foi confundido com invasores estrangeiros. Muito pelo contrário: foi a sua mão amiga que criou a confiança mútua entre a Força de Paz das Nações Unidas e os justos anseios da sociedade haitiana.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Por terem nos representado assim, com o sacrifício da própria vida, quero dizer, em nome do Brasil e dos brasileiros:

Obrigado, General-de-Brigada João Eliseu Souza Zanin.

Obrigado, General-de-Brigada Emílio Carlos Torres dos Santos.

Obrigado, Coronel Marcus Vinicius Macedo Cysneiros.

Obrigado, Tenente-Coronel Francisco Adolfo Vianna Martins Filho.

Obrigado, Tenente-Coronel Márcio Guimarães Martins.

Obrigado, Capitão Bruno Ribeiro Mário.

Obrigado, Segundo-Tenente Raniel Batista de Camargos.

Obrigado, Primeiro-Sargento Davi Ramos de Lima.

Obrigado, Primeiro-Sargento Leonardo de Castro Carvalho.

Obrigado, Segundo-Sargento Rodrigo de Souza Lima.

Obrigado, Terceiro-Sargento Douglas Pedrotti Neckel.

Obrigado, Terceiro-Sargento Washington de Souza Seraphin.

Obrigado, Terceiro-Sargento Arí Dirceu Fernandes Júnior.

Obrigado, Terceiro-Sargento Kleber da Silva Santos.

Obrigado, Terceiro-Sargento Tiago Anaya Detimermani.

Obrigado, Terceiro-Sargento Antônio José Anacleto.

Obrigado, Terceiro-Sargento Felipe Gonçalves Júlio.

Obrigado, Terceiro-Sargento Rodrigo Augusto da Silva.

Minhas senhoras e meus senhores,

Peço a Deus que permita mantermos sempre na memória a lembrança e o exemplo de nossos bravos compatriotas. E que Ele amenize este doloroso momento pelo qual passam todos os seus familiares.

Muito obrigado.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente e a primeira dama, dona Marisa, cumprimentaram os parentes dos militares mortos no Haiti.



SP FASHION: Mulher utilitária

SÃO PAULO FASHION WEEK
Mulher utilitária
Estilista odeia mulher

Fontes: G1, Criativa

Foto: Raul Zito/G1

O estilista Samuel Cirnansck no São Paulo Fashion Week 2009 reinventou a mulher objeto ou a moda utilitária, criando entre outras a mulher escrivaninha, a mulher almofada e abaixo pode ser ver exemplos de mulheres abajures.

Qual é mulherada? Não vão reagir? Se isso fosse idéia da turma do “thePassiranews” iam nos chamar de machista, porco chauvinista e exigir retratação.

Foto: Associated Press - Reuters

Como é Cirnansck vejam o que disse a comentarista Maria Beatriz Gonçalves, da Revista Criativa, sobre esse desfile:

"A inspiração de Samuel Cirnansck para sua coleção inverno 2010 foi o designer de móveis inglês Thomas Chippendale, um dos grandes responsáveis pela popularização dos móveis então criados apenas para reis e rainhas na Londres de 1700.

Na passarela a inspiração se transforma em muita renda, couro falso, tapeçaria, bordados em pedraria e paetês em vestidos e casacos belíssimos.

E vai muito além dos elementos que remetem à estética da época e ao design destes objetos: Samuel decidiu ousar e criar peças como a “mulher-mesa” e a “ mulher-divã”, além de um vestido todo revestido com plástico siliconado e das cúpulas e lustres inteiros no topo da cabeça das modelos que acrescentam um pouco de drama ao desfile."

Onde esses comentaristas de desfiles vão buscar inspiração para essas tiradas surrealistas?


19 de jan. de 2010

Comunicado: Manutenção de Blog

COMUNICADO
Blog em Manutenção


“thePassiranews” entrou em manutenção forçada.

Estamos mudando fisicamente de sede, em caráater emergencial.

O caos de livros, roupas e apetrechos espalhados por centenas de metros quadros de desorganização, impede qualquer ato inteligente.

Desde o final do ano, quando soubemos que o edifício da nossa sede estava sob a ameaça de ruir, nossa criatividadezinha desabou.

Como tratar do terremoto e do soterramento alheio se o nosso telhado ameaça cair?

Tentamos disfarçar funcionando a meio vapor, mas não está dando mais para prosseguir.

Assim que um pouco de ordem se instalar voltaremos com carga total.

Podemos retomar a qualquer momento, sem aviso prévio, mas nossa previsão diz que isso só acontecerá por volta do dia 26 de janeiro, Quizás, Quizás, Quizás!

Vamos sentir mais saudades de vocês do que vocês da gente.

Por enquanto curtam o pessoal genial do "Buena Vista Social Club"

Omara Portuondo e Ibrahim Ferrer acompanhados do pianista Roberto Fonseca cantam “Quizás, Quizás, Quizás!” de Osvaldo Farrés


Os americanos são os novos donos do Haiti

HAITI
Os americanos são os novos donos do Haiti
Nesta segunda chegaram 10 mil soldados ianques em Porto Príncipe, mais navios hospitais, milhares de médicos e enfermeiros. Obama quer exibir uma invasão militar americana positiva. Politicamente, porém, a estratégia ainda não apresentou efeitos reais de controle da situação caótica e criou sérios embaraços diplomáticos com as tropas da ONU estacionadas no país, lideradas pelo exército brasileiro há cinco anos

Foto: Arquivos Plano Brasil

Os americanos chegaram aos borbotões

Fontes: Folha Online, AFP, Estadão, Plano Brasil

Ninguém pode rejeitar a ajuda americana, pois tudo que puder melhorar a situação dos haitianos é bem vindo, mas não está pegando bem diplomaticamente a esmagadora intervenção. Como se uma força intervencionista estivesse dominando militarmente outra, pela superioridade numérica e tecnológica.

Não se estar levando em conta a experiência no terreno e os melindres de uma tropa de sete mil homens, 1.200 deles do Brasil, a Minustah” (a missão de paz da ONU), treinados, eficazes e orgulhosos do trabalho de pacificação que realizavam até então no Haiti.

O presidente americano, Barack Obama, assumiu o controle da situação no Haiti, sem entendimentos prévios com o presidente Lula do Brasil, que tem a responsabilidade comando da Força de Paz no país há cinco anos. Apesar do presidente brasileiro, ter feito contato com o americano na primeira hora, demonstrando sua disposição de estar à frente da coordenação das ações no país caribenho, que militarmente estava, por incumbência da ONU, sob o seu controle militar.

O presidente brasileiro sempre ávido pelas luzes dos refletores internacionais, bem que merecia, desta vez, um pouco mais de respeito, por parte do seu colega americano. Obama tem feito um jogo duplo, citando o Brasil como importante na ação do Haiti, enquanto tira o controle da situação do comando brasileiro, numa manobra que em muito se assemelha a atuação da diplomacia americana na Conferencia do clima em Copenhague.

Se na luta em defesa do planeta, a imprensa não registrou que o presidente americano, manobrou conspiratoriamente para não deixar o Brasil liderar o encaminhamento das negociações, mesmo pagando o preço da conferencia fracassar, nessa nova situação, desde sexta-feira, já se fala em uma tensão diplomática entre os EUA e o Brasil.

Foto: Getty Images

Em grosso modo foi uma invasão militar de solidariedade americana

Essa briga de egos presidenciais, onde a razão, nestes últimos acontecimentos, esteja com o governo brasileiro, resulta no prolongamento do sofrimento do povo haitiano, que apesar da inigualável mobilização internacional de ajuda, ainda não recebe de forma adequada alimentos, assistência média e proteção social.

O Brasil não fez nada de errado para sofrer essa intervenção e perder o comando das ações que vem exercendo com eficácia há cinco anos. Se o Haiti não está melhor humanamente, foi devido à falta de atenção internacional ao drama humano vivido naquele país, com os piores índices humanos do planeta.

No primeiro momento do terremoto, até contrastando com a morosidade em intervir em catástrofes dentro do Brasil, o governo Lula, mobilizou-se de forma correta e não se omitiu em continuar com a responsabilidade de manter a segurança social no Haiti.

O Ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim e os comandante do exército, general Enzo Peri e da marinha, Júlio Soares de Moura Neto chegaram ao território haitiano no dia seguinte à ocorrência do terremoto. Um gesto inclusive, temerário, pelos riscos de envolver de uma só vez, três importantes autoridades gestoras da defesa brasileira, numa região com riscos de sofrer novos abalos sísmicos.

Na ocasião, fugindo da nossa característica, até elogiamos o gesto do ministro Jobim, que como Chefe da Defesa foi prestar solidariedade aos militares brasileiros, e erguer a moral da tropa que perderá 17 companheiros na catástrofe.

Foto: Reuters

Americanos residents no Haiti ou de origem haitiana sendo evacudados de volta aos Estados Unidos, nos aviões da Força Aérea que haviam trazidos doações

O terremoto destruiu a torre de controle do aeroporto de Porto Príncipe, mas a tropa de paz da ONU, mesmo de forma precária, assumiu o controle da situação, apoiando técnicos haitianos e até a quinta-feira, conseguiram controlar a intensa movimentação aérea que passou a acontecer com a chegada de ajuda humanitária de inúmeras partes do mundo.


C 130 Hércules da FAB, como esses, com suprimentos e equipes de resgates, foram impedidos de pousar
Sem a ninguém consultar, nem o presidente do Haiti, que está instalado, nas dependências do próprio aeroporto, por ter sido o palácio do governo, destruído, nem os comandantes militares brasileiros, inclusive o ministro da defesa, os americanos chegaram com equipamentos e assumiram o controle absoluto do aeroporto de Porto Príncipe.

O vexame tornou-se mais evidente, quando cinco aeronaves da FAB que fariam transporte de mantimentos, equipes de resgate e autoridades, três tiveram que pousar, na quinta-feira, em Santo Domingo (República Dominicana), o país vizinho, porque ao se aproximar do Haiti, não receberam autorização para pouso em Porto Príncipe, apesar de estarem levando equipes de apoio, suprimentos para a tropa e doações de medicamentos aos haitianos,

No caso, as Forças Armadas Brasileiras, estavam sendo impedidas de apoiar suas tropas que tinham a responsabilidade de manter a ordem social no Haiti, por determinação da ONU.

A situação ficou tão crítica, que a FAB mandou dois aviões regressarem ao Brasil (estavam a meio caminho do Haiti) e aguardassem em Boa Vista, Roraima, a permissão americana, para só então dirigir-se a capital haitiana.

Foto:Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Ao desembarcar na sexta-feira no Brasil o ministro de Defesa, Nelson Jobim (foto) chegou criticando asperamente o controle dos EUA sobre o aeroporto de Porto Príncipe. Jobim disse que a decisão foi "unilateral" dos norte-americanos, sem que outros países fossem consultados. Afinal, até o vôo que lhe trouxe ao Brasil, teve que ficar esperando permissão dos americanos, para sair de Porto Príncipe. O ministro das relações exteriores do Brasil, Celso Amorim, teve que fazer uma ligação para a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, tentando destravar a situação. “Hillary prometeu que ia reforçar a instrução ao comando militar americano para se coordenar com a Minustah” (a missão de paz da ONU).

Depois disso, Amorim falou à imprensa, tentando amenizar os incidentes, afirmando que a secretária de Estado dos EUA esclareceu que as forças americanas vão cumprir funções essencialmente humanitárias, sem interferir na segurança pública do país, já que isso é a função da Minustah. O ministro disse que Hillary reconheceu a liderança do Brasil na recuperação do Haiti, blá, blá, blá.

Foto: Associated Press

Hillary no Haiti com René Préval, fechando acordo para controlar o país

Demonstrando que a intenção é mesmo de controle total, neste mesmo sábado, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegou a Porto Príncipe, de surpresa, em um avião de carga da Guarda Costeira dos EUA, que transportava ajuda humanitária e reuniu-se com o presidente haitiano, René Préval.

Após proclamações diplomáticas de ajuda humanitária, a secretaria assinou um memorando de entendimento "entre os dois países, dando a Força Aérea americana a autonomia para dirigir o tráfego aéreo no aeroporto internacional de Porto Príncipe e a marinha americana de controlar as principais docas da cidade.

Agora é oficial, só entra e sai do Haiti quem os americanos quiserem “e priu”!


17 de jan. de 2010

CHILE - ELEIÇÃO: Oposição vence no Chile com Sebastián Piñera

CHILE - ELEIÇÃO
Oposição vence no Chile com Sebastián Piñera
O candidato da super popular presidente Michelle Bachelet, perde as eleições, apesar do seu empenho em alavancar a candidatura do apadrinhado, o ex-presidente, Eduardo Frei

Foto: Reuters

O novo presidente eleito do chile, o bilionário Sebastián Piñera, acompanhado de sua esposa Cecilia e seu filho Sebastian, comemora a vitória.

Fontes: Estadão, BBC Brasil, Emol, La Nacion

O empresário Sebastián Piñera, venceu as eleições no Chile, para Eduardo Frei, o candidato governista e ex-presidente do Chile, solucionando a dúvida das pesquisas dos últimos dias que apresentava os candidatos como tecnicamente empatados.

O resultado final favoreceu Piñera 51,6% e Frei 48,38%, uma diferença de apenas 3 pontos percentuais. No primeiro turno Sebastián Piñera saiu com 14 pontos a frente de todos os candidatos.

A candidatura de Freire ganhou oxigênio depois que a presidente Michelle Bachelet que conta com 80% de apoio popular, dedicou-se intensamente a campanha e o candidato independente, terceiro colocado no primeiro turno, Marco Enríquez-Ominami, apresentou o seu apoio, mas não foi suficiente.

Foto: Reuters

Festa em Santiago do Chile, para os partidários de Piñera

Esta é a primeira derrota da Concertación, a esquerda chilena, em vinte anos e também após quatro governos consecutivos, incluído os quatro últimos da presidente Michelle Bachelet.

A vitória de Piñera, da Coalición por el Cambio (Frente para a Mudança), marcara o retorno da direita para ocupar a cadeira no Palácio presidencial La Moneda.

Foto: La Nacion

O jornal La Nacion usou do pretexto de explicar que alguns eleitores depois de votar teriam ido à praia, para exibir essa moça de biquíni no litoral de Santiago. Algo completamente fora de contexto numa cobertura político eleitoral.

HONDURAS: A difícil volta à normalidade

HONDURAS
A difícil volta à normalidade
O Congresso negou-se a debater Lei de Anistia, uma tentativa de resolver a crise que se arrasta desde junho, o presidente Roberto Micheletti, vira "primeiro herói nacional do século 21" e os militares que mandaram Zelaya de pijama para fora do país, estão sendo julgados pela Suprema Corte e Zelaya continua hospedado na embaixada do Brasil, dizendo que está tudo errado

Foto: Reuters

O povo protestou diante do Congresso de Honduras, para que não fosse aprovada a lei de anistia, querem que Zelaya seja julgado pelos crimes de que é acusado. O Congresso deixou para os novos parlamentares

Fontes: Revista Época, La Prensa, O Globo, La Tribuna, Folha Online

Depois de seis meses de uma crise política e institucional que afetou a economia e deixou o país isolado da comunidade internacional, esperava-se que Honduras desse um passo importante a caminho da normalidade, com a aprovação da Lei de Anistia, que poderia perdoar todos os crimes cometidos desde a deposição de Manuel Zelaya, em junho, e ajudar a estabilizar o país para o início do governo do novo presidente, Porfírio “Pepe” Lobo, que assume o cargo no dia 27.

Foto: El Heraldo

O Congresso de Honduras, porém, achou que não havia tempo, para discutir o assunto antes do final de seus mandatos e deixou para os novos congressistas, que tomam posse em 25 de janeiro essa tarefa.

O vice-líder da bancada do oposicionista Partido Nacional, Antonio Rivera, cujo partido terá a maioria do próximo Congresso, disse que "não se chegou a um acordo" sobre a iniciativa dos setores organizados, que ele atribuiu à existência de "confusão" sobre os efeitos da anistia política.

"Acho que se manejou mal desde o início, não se deixou claro, confundiu-se anistia com impunidade e corrupção, e ao final a percepção foi que estávamos a preparando um perdão para tudo", disse o deputado do partido de Porfirio "Pepe" Lobo, o novo presidente eleito que toma posse no dia 27 de janeiro.

Foto: El Heraldo

O presidente Roberto Micheletti recebeu a placa de reconhecimento por serviços prestados a nação, das mãos de Adolfo Facussé, presidente da Associação Nacional da Indústria de Honduras

A "vitória" dos adversários de Zelaya é cada vez mais cristalina. Na noite de segunda-feira (11), o presidente interino do país, Roberto Micheletti, foi homenageado pela Associação Nacional de Industriais de Honduras, que o declarou "o primeiro herói nacional do século XXI" por "defender a democracia e a liberdade em Honduras".

No evento compareceram representantes de vários os setores que apoiaram a saída de Zelaya – congressistas, militares, empresários e outros membros da sociedade civil. Todos prestaram homenagens ao político que, como presidente do Congresso, enfrentou Zelaya, e liderou o movimento para tirá-lo do poder.

Em conjunto, a perda de força de Zelaya ocorrida após a mudança de posição da diplomacia dos Estados Unidos e a consagração do vasto grupo contrário ao ex-presidente – simbolizada pelo prêmio dado a Micheletti – reduziu muito o tamanho da crise, mas não conseguiu encerrá-la por completo.

O debate da lei de anistia estava cercado por polêmicas, onde se afirmava que o Congresso não teria legitimidade para aprová-la, por estarem os congressistas do atual parlamento, dando anistia a si mesmo.

Foto: La Prensa

O procurador-geral hondurenho, Luis Alberto Rubi, (foto) pediu a prisão dos seis membros do Estado Maior por quatro anos por violação da Constituição local, que veta a deportação de cidadãos hondurenhos (o que foi feito com Zelaya, mandado para a Costa Rica).

O presidente da Suprema Corte, Jorge Alberto Rivera, presidiu, no dia 14, a primeira audiência do processo contra os seis chefes militares: o subchefe do Estado-Maior Conjunto, generais Romeo Vásquez e Venancio Cervantes, respectivamente; os chefes do Exército, general Miguel Ángel García Padgett; da Força Aérea, general Luis Javier Prince, e da Força Naval, contra-almirante Juan Pablo Rodríguez; e pelo inspetor-geral das Forças Armadas, general Carlos Cuéllar.

O juiz Jorge Rivera, presidente do Supremo hondurenho, no fim da audiência, emitiu a ordem que impede os réus de deixar Honduras e ordenou que os seis oficiais se apresentassem todo mês para assinar o livro de registro na secretaria do Supremo.

Foto: Reuters

Zealya diz que tem dez dias para decidir se espera a posse do novo governo para sair do país ou se fica pagando para ver a nova situação

Para Zelaya, a anistia seria “a segunda etapa do golpe”. “Eles (o governo Micheletti) querem se livrar das acusações de que cometeram um crime político sem precedentes neste país”, disse Zelaya na segunda-feira (11). Para ele, o julgamento dos militares não passa de uma “farsa” para “dar impressão de legalidade junto à comunidade internacional”. O ex-presidente afirma que, uma vez iniciado o julgamento dos militares, ele seria interrompido com a aprovação da anistia, e nenhum deles seria punido.

Foto: Associated Press

A anistia, não agradava nem Zelaystas, nem Michelettistas, assim entrou em compasso de espera

Ao mesmo tempo em que Zelaya protesta, seus adversários reclamam da mesma Lei de Anistia, como conta o jornal La Tribuna. As organizações civis União Cívica Democrática e Resistência Nacional, favoráveis à destituição de Zelaya, se manifestaram contra a lei na segunda-feira (11). Aos gritos de “castigo aos corruptos”, pediram que Zelaya e membros do seu governo sejam julgados por crimes de corrupção que teriam cometido.

Se a Anistia acontecesse como estava se imaginando, feito as pressas pelo congresso, Zelaya ia sair lucrando, pois no dia que fosse aprovada a anistia, ia poder sair andando pela porta de frente da embaixada do Brasil e começar a atanazar a vida do novo presidente, quando seu destino natural, será o exílio ou a cadeia.

Agora com a decisão do Congresso a situação de presidente hospede do Brasil, voltou para a estaca zero, ou melhor, piorou e muito, pois um congresso de maioria oposicionista, não vai lhe conceder benesses.

O futuro de Zelaya resume-se em passar o resto da vida “preso” na embaixada do Brasil, ou vai acabar pedindo asilo político, possivelmente ao governo Lula e nunca mais vai se ouvir falar dele.


Charge do Jornal El Heraldo