31 de out. de 2012

Dirceu e Genoino pagam por Lula, diz primeira mulher de ex-ministro

BRASIL – Mensalão
Dirceu e Genoino pagam por Lula,
diz primeira mulher de ex-ministro
Clara Becker, a ex-mulher, afirma que petista, com quem viveu por quatro anos no Paraná, 'não é ladrão' "Se ele fez algum pecado, foi pagar para vagabundo que não aceita mudar o País sem ganhar um dinheiro (...)


Dirceu e Clara Becker, sua primeira mulher

Postado por Toinho de Passira
Texto de Débora Bergamasco para O Estado de S.Paulo
Fontes: Estado de S. Paulo

A família do ex-ministro José Dirceu (Casal Civil) já se prepara para o pior: sua condenação em regime fechado por envolvimento com o mensalão. Enquanto o Supremo Tribunal Federal não decide a pena, parentes já planejam como serão as visitas na cadeia.

A refeição da penitenciária é uma das preocupações, pois ele é reconhecido como um sujeito bom de garfo. "Meu medo é que ele se mate na prisão", chora Clara Becker, 71 anos, sua primeira mulher e mãe de seu filho mais velho, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR).

Casados por apenas quatro anos na época da ditadura militar, ela é amiga próxima do ex-marido há mais de três décadas e tem certeza de que "Dirceu não é ladrão".

"Se ele fez algum pecado, foi pagar para vagabundo que não aceita mudar o País sem ganhar um dinheiro (...) Se ele pagou, foi pelos projetos do Lula, que mudou o Brasil em 12 anos", afirma, referindo-se ao pagamento a parlamentares da base aliada que receberam dinheiro para votar a favor de propostas do governo do ex-presidente Lula, segundo a denúncia do Ministério Público.

Foto: R. Silveira/Folhapress

José Dirceu durante encontro do PT em 1982. Ele foi um dos fundadores do partido, em 1980

Para ela, militantes do PT como Dirceu e José Genoino, ex-presidente do partido, estão sendo sacrificados.

"Eles estão pagando pelo Lula. Ou você acha que o Lula não sabia das coisas, se é que houve alguma coisa errada? Eles assumiram os compromissos e estão se sacrificando", indigna-se.

"Sabe, é muito sofrimento. Uma vez peguei meu filho chorando de preocupação com o pai. E minha neta, Camila, também sente muito."

Desde que começou o julgamento da ação penal 470, Dirceu diminuiu sua exposição pública. Para se poupar de constrangimentos, ele evita circular com desenvoltura, ser visto em Brasília ou jantar fora - seu passeio predileto. Agora, o ex-todo-poderoso do governo Lula lista quem são seus amigos fiéis e os recebe em sua casa de São Paulo ou na de Vinhedo (SP).

No fim de semana do dia 7 de outubro, eleição municipal, ouviu ao telefone uma ordem expressa: "Benhê, limpa a área que eu tô chegando". Era Clara avisando que lhe faria uma visita na casa do interior paulista e deixando claro que não queria dividir a atenção do ex-marido com mais ninguém - nem com a atual namorada dele, Evanise Santos.

Clara saiu de Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná, levando em um isopor uma peça de carneiro temperada no vinho branco e alecrim. Instruiu a empregada a deixar a carne três horas no forno, enquanto aguardava o anfitrião chegar em casa.

Quando ele apontou no portão, ela ouviu também uma voz feminina. Chispou escada acima e se trancou no quarto, alegando enxaqueca. Só desceu quando seu filho bateu na porta e avisou que a "dor de cabeça" já havia ido embora. Depois do fim de semana de comilança e champanhe, Dirceu despediu-se dela, dizendo: "Preciso ir embora mais cedo para São Paulo, tenho que eleger o (Fernando) Haddad".

"Hoje gosto dele como se fosse meu parente, mas já sofri muito. Sabe aquele homem que é tudo o que pediu a Deus? Pois Deus me deu e me tirou", sorri.

Clara, que conta nunca mais ter namorado depois de viver com o ex-ministro, foi casada, na verdade, com Carlos Henrique Gouveia de Mello, um jovem órfão paulistano de origem argentina, pessoa que nunca existiu, a não ser no disfarce adotado pelo então subversivo banido do Brasil e procurado pelo regime militar.

Clara sabia que o marido guardava um segredo. Imaginou que ele tivesse uma família em outra cidade, mas que teria fugido "da bruxa da mulher dele e se ele quer ficar comigo e não com ela, deixe ele aqui, né?", lembra.

Só quando a anistia política foi decretada, em 1979, foi que José Dirceu contou à mulher quem realmente era, apontando uma foto dele e de outros exilados em recorte de jornal.

"Pensei assim: 'Ai, era isso? Grande coisa', porque nem estava por dentro do que aquilo significava."

José Dirceu, com seu filho Zeca, em Cruzeiro do Oeste (PR), em 1978. Zeca Dirceu, filho de Dirceu e Clara Becker, é hoje deputado pelo PT-PR
Sua preocupação foi ter registrado o filho com o nome de um pai fantasma. Mas compreendeu a importância da mentira. Também diz não ter-se magoado quando, assim que voltou a ser Dirceu, mudou-se para São Paulo.

"Ele até quis que eu fosse junto, mas não dava, eu estava com filho pequeno, ajudava minha família e ele nem salário tinha, só queria saber de fundar essa miséria desse PT", conta ela, que é petista roxa, com direito a uma piscina nos fundos de casa decorada com a estrela e a legenda do partido em mini-pastilhas.

Arrependida. Para ela, o único golpe foi ir a São Paulo e encontrar cabelos pretos de mulher no banheiro. Descobriu que era traída. "O Dirceu me disse: 'Se eu tenho outra é um problema, agora se a gente vai se separar é outra questão'. E eu: 'Não, senhor, acabou aqui, cara'. Peguei minhas coisas, o moleque pela mão e fui embora. Hoje, me arrependo, se eu não tivesse deixado o campo limpo, estaria com ele...", imagina.

Ela diz já ter preferido ser viúva a ver Dirceu "cada dia mais bonito" indo em sua casa visitar o filho todo mês. Depois se convenceu de que seria melhor para Zeca ter o pai por perto e sempre cedia sua cama para o ex-marido dormir com mais conforto, mesmo que ele não tenha contribuído com um centavo de pensão.

Clara acha que nunca foi amada por ele. "Dirceu nunca amou nenhuma mulher nessa vida, viu? O que ele amou foi a política e pode ir preso por isso", diz. "Agora que o cartão de crédito acabou, quero ver quem vai lá visitá-lo", provoca.

Em um de seus últimos encontros com o ex-marido, Clara o fez chorar: "Eu disse a ele: 'A nossa ampulheta está acabando, você não se tocou, hein, garoto? Mas se um dia você precisar de mim, eu venho cuidar de você'. Ele ficou todo apaixonado e prometeu que ia me comprar um cordão de ouro igual ao que o ladrão me roubou. Mas não comprou, né, só falou...

Condenado, Marcos Valério propõe delação premiada

BRASIL – Julgamento Mensalão
Condenado, Marcos Valério propõe delação premiada
Com 40 anos de cadeia garantidos o operador do mensalão resolveu falar. Sua delação pode influenciar o andamento dos processos derivados do mensalão, gerar novos processos e indiciar novos réus. Essa noticia faz Lula e muita gente que escapou do processo do mensalão, até agora, perder o sono e sujar as calças. Pena que o bandido demorou tanto para se pronunciar... Antes tarde que nunca.

Foto: Veja

Para o Brasil, Marcos Valério prestaria um grande serviço, se falasse tudo que sabe e provasse

Postado por Toinho de Passira
Fonte: O Globo

e A Procuradoria Geral da República terá que decidir o que fazer com um ofício que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro, assinado por advogados do operador do mensalão, Marcos Valério, sugerindo a delação premiada — quando o réu pode colaborar com a Justiça contando mais detalhes do crime em troca de benefícios.

No documento, a defesa também afirma que Valério está correndo risco de morte e, por isso, deveria ser incluído na lei de proteção a testemunhas. Para o presidente do tribunal, ministro Ayres Britto, uma eventual delação de Valério não mudaria nada no atual processo do mensalão, pois a investigação terminou.

— Na minha opinião, a esta altura, não (influencia). Mas o relator (Joaquim Barbosa) é quem vai se pronunciar — disse Ayres Britto.

Em conversas reservadas, três ministros do STF também afirmaram que, nesta fase do julgamento, um novo depoimento não altera em nada o processo. No entanto, poderia afetar processos derivados do mensalão a que Valério e outros réus respondem em outras instâncias do Judiciário.

Um dos ministros afirmou que eventual decisão concedendo a Valério o benefício da lei de proteção a testemunhas afetaria o cumprimento da pena imposta a ele no mensalão.

Semana passada, os ministros fixaram a pena de Valério em 40 anos, um mês e seis dias de reclusão, mais pagamento de multa. Como o tempo é superior a oito anos, o regime de cumprimento é inicialmente o fechado. Se houver proteção a Valério, o cumprimento poderá ser repensado pelo juiz de execução de Minas Gerais.

Logo que recebeu o pedido, via fax, Ayres Britto determinou sigilo e o encaminhou ao relator. O pedido tramita de forma isolada, sem ligação com o processo principal.

— Chegou um fax. Não posso dizer o conteúdo, porque está sob sigilo, mas é hiperlacônico — disse Ayres Britto.

Marcelo Leonardo, advogado de Valério não negou nem confirmou ser o autor do pedido.

— Nada a declarar — disse.

Semana passada, Leonardo disse ao GLOBO que Valério tem informações para ajudar nos outros processos.

— Em relação a este julgamento, que já está perto do fim, não teria mais nada a acrescentar. O mesmo não pode ser dito em relação a outros processos — disse o advogado, referindo-se às ações a que Valério responde nas instâncias federal e estadual.

No último memorial entregue aos ministros do STF, Leonardo alegou que seu cliente atuou como colaborador no processo ao entregar a lista de beneficiários dos recursos distribuídos por suas empresas. Mas o MP não concorda.

Para o ex-ministro do STF Carlos Velloso, a delação de Valério pode alterar a pena já imposta a ele no mensalão:

— Ele certamente quer que a delação influa na dosimetria da pena. Isso pode acontecer, dependendo da informação que ele traz. As informações podem ser objeto de novo inquérito contra pessoas ainda não envolvidas no caso.

Segundo Velloso, a inclusão de Valério na lei de proteção a testemunhas pode alterar o regime de prisão:

— Ele pode ficar numa prisão de segurança, com isolamento. Se ele realmente fizer a delação e ficar junto de outros presos, vai correr perigo.

Ayres Britto também confirmou que o Ministério Público Federal pediu a Barbosa para confiscar o passaporte dos réus no processo. Segundo o presidente da Corte, ainda não houve decisão. O relator está em viagem para tratamento de saúde na Alemanha.

COMENTAMOS: - Há muita gente no PT e fora dele que se borra de medo do que Marcos Valério tem para falar e dos documentos que possui. É notório que o mensalão abrangia bem mais beneficiários que os poucos que viraram réus da ação penal 470, que está sendo julgada pelo Supremo.

Lula é a principal figura que pode ser trazida para a boca de cena, num momento em que o teflon do ex-presidente já apresenta os primeiros sinais de fadiga.

Porém, se o Supremo e as autoridades não protegerem o bandido Marcos Valério ele será assassinado pelos mesmos motivos e pelos mesmos bandidos que eliminaram o prefeito petista Celso Daniel.

PT quer refugiar Genoino em vaga de deputado

BRASIL - Mensalão
PT quer refugiar Genoino em vaga de deputado
Para o PT lugar de bandido é na Câmara Federal. A cúpula do Partido dos Trabalhadores sinaliza, que mesmo condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, o mensaleiro José Genoino, tem o apoio do partido para assumir a vaga de deputado Federal (ele é suplente) aberta com a eleição do deputado Carlinhos Almeida (PT-SP) a prefeito de São José dos Campos. Como se vê a ousadia dos PT não tem limites. O povo precisa ir para a rua para impedir essa atrocidade.

Foto: Rodrigo Paiva/Folhapress

CRIME ELEITORAL - José Genoino e seu bando invadiram a sessão eleitoral, onde ele vota. Bateram nas pessoas, inclusive idosos, espancaram jornalistas e destruiram o patrimônio público, tudo isso num local que de votação, onde deve ser assegurada a paz e a tranquilidade para que os eleitores exerçam livremente o seu sagrado direito de votar. Vai ficar por isso mesmo?

Postado por Toinho de Passira
Texto de Josias de Souza
Fonte: Blog de Josias de Souza

As condenações do mensalão não afetaram a taxa de desfaçatez do PT. Continua nos mesmos 100%. O partido cogita acomodar José Genoino, sentenciado por corrupção ativa e formação de quadrilha, numa cadeira de deputado federal.

Candidato em 2010, Genoino não obteve votos suficientes para se reeleger. Porém, foi à fila como primeiro suplente da coligação petista. Por mal dos pecados, o deputado Carlinhos Almeida (PT-SP) elegeu-se prefeito de São José dos Campos.

Em janeiro, Carlinhos terá de renunciar ao mandato para assumir a prefeitura. É nessa cadeira que o PT deseja alojar o companheiro-condenado. “O Genoino é o suplente e vai assumir. Sem problema nenhum”, disse Rui Falcão, presidente da legenda.

“Genoino precisa recuperar a sua cidadania política”, ecoou Paulo Teixeira (PT-SP), ex-líder da bancada e candidato à vice-presidência da Câmara. Advogado do futuro deputado, o doutor Luiz Fernando Pacheco também não enxerga óbices à posse de Genoino.

Confirmando-se o inacreditável, Genoino engrossará a bancada dos condenados petistas ao lado de João Paulo Cunha (peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro). O passo seguinte será a defesa da tese segundo a qual a decisão do Supremo não implica a cassação automática dos detentores de mandato.

Petista como Genoino e João Paulo, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já avisou: cabe à Câmara, não ao STF, cassar mandatos. Concluído o processo, um partido político teria de requerer a abertura de processo por quebra de decoro. Caberia à Mesa diretora acatar. Ou não.

Em fase de cálculo das penas, o Supremo só retomará a discussão sobre a ‘dosimetria’ em 7 de novembro. Aguarda-se pelo retorno do relator Joaquim Barbosa, que foi à Alemanha para tratar das dores que lhe torturam a coluna. Fechadas as contas, o acórdão vai à publicação.

Abre-se, então, a fase dos embargos. Só depois do julgamento de todos os recursos é que as sentenças serão executadas. Com otimismo, é coisa para maio de 2013. Com pessimismo, a encrenca vai ao segundo semestre do ano que vem. Tempo suficiente para que Genoino vire deputado e comece a receber os salários e todas as facilidades que o dinheiro público puder prover.

Conforme já noticiado aqui, o estatuto do PT prevê destino diferente para os filiados condenados em última instância: expulsão. Ao flertar com o impensável, o petismo deixa claro o que já era límpido como água de bica: o estatuto é de mentirinha. Os mensaleiros não merecem sanções, mas homenagens.

Para não prejudicar a eleição de Fernando Haddad, o plano de converter a Câmara em refúgio para Genoino era urdido nos subterrâneos. Abertas as urnas, o PT sente-se mais à vontade. Nos próximos dias, a legenda divulgará um manifesto criticando o que chama de politização do julgamento do Supremo.

No último domingo (28), Genoino foi votar protegido por uma milícia de cerca de 40 militantes petistas. Gritavam coisas assim: “Partido, partido. É dos trabalhadores…”, “Genoino, Genoino…”, “o povo na rua, a luta continua”. Os repórteres foram contidos aos socos e safanões.

Convertido em deputado federal, o condenado talvez tenha de utilizar parte da verba de seu gabinete para contratar uma equipe de guarda-costas. Ainda aferrados ao lero-lero de que o mensalão é uma ‘farsa’, os petistas comportam-se como o padre que, de tanto dizer a mesma missa, acaba desconfiando de Deus.
*Acrescentamos subtítulo e legenda a publicação original

30 de out. de 2012

Furacão Sandy complica reta final da tensa campanha eleitoral nos EUA

ESTADOS UNIDOS- Eleição Presidencia- 2012
Furacão Sandy complica reta final
da tensa campanha eleitoral nos EUA
Diante de uma das maiores tempestades já vistas nos EUA, não há espaço para ataques políticos, e os dois lados prometeram deixar os interesses eleitorais em segundo plano. Mas, reservadamente, as campanhas se questionam sobre o impacto de Sandy numa semana em que as aparições de candidatos e a mobilização de militantes porta a porta é tão importante para levar os eleitores às urnas.

Foto: Jonathan Ernst / Reuters

O presidente Barack Obama na “Agência Federal de Gestão de Emergências”, em Washington, protagonismo extra que pode dar vantagens sobre Romney se a sua atuação for adequada

Postado por Toinho de Passira
Texto de John Whitesides e Patricia Zengerle
Fonte: Reuters

A tensa e imprevisível disputa pela Presidência dos EUA ganhou contornos ainda mais dramáticos quando a gigantesca tempestade Sandy criou delicados desafios políticos para o presidente Barack Obama e o adversário republicano, Mitt Romney, além de gerar a perspectiva de um processo de votação caótico.

Paralisada, a Costa Leste está sendo castigada pela tempestade e a campanha presidencial foi congelada, justamente quando os dois candidatos preparavam a ofensiva final, a uma semana do dia da votação.

Diante de uma das maiores tempestades já vistas nos EUA, não há espaço para ataques políticos, e os dois lados prometeram deixar os interesses eleitorais em segundo plano. Mas, reservadamente, as campanhas se questionam sobre o impacto de Sandy numa semana em que as aparições de candidatos e a mobilização de militantes porta a porta é tão importante para levar os eleitores às urnas.

Há temores também a respeito do impacto sobre a votação antecipada, que é uma prioridade para as duas campanhas, mas especialmente para Obama. Há também o risco de que milhões de pessoas estejam sem energia nas suas casas e nas suas seções eleitorais na próxima terça-feira, dia oficial da eleição.

Como presidente, Obama é o principal responsável pela reação governamental à tempestade, e terá assim uma chance de demonstrar liderança -- algo que Romney frequentemente cita como um ponto negativo do democrata.

O maior risco para Obama é ser comparado ao antecessor, o republicano George W. Bush, cujo governo teve uma reação desastrada quando o furacão Katrina devastou Nova Orleans, em 2005.

Obama cancelou comícios na segunda e terça-feira em Estados eleitoralmente estratégicos, e voltou da Flórida para a Casa Branca a fim de se reunir com autoridades federais de emergência.

A equipe de Romney, após inicialmente manter os compromissos de campanha, aparentemente reconsiderou e anunciou na segunda-feira que o republicano iria cancelar um comício noturno em Wisconsin e remarcar sua agenda da terça-feira.

Romney se somou a Obama em apelos por doações à Cruz Vermelha, e manifestou solidariedade pelas pessoas que vivem na rota do furacão. Ligeiramente atrás nas pesquisas, Romney precisa da visibilidade da reta final de campanha para dar um clima de virada na disputa.

A situação também o impede de fazer críticas muito agressivas ao presidente, e, caso a resposta das autoridades à crise seja positiva, Romney poderá perder pontos por ter defendido um corte nas verbas para as agências federais de emergência, cujas atribuições ele gostaria de transferir parcialmente para os Estados ou para o setor privado.

Sem atribuições oficiais a desempenhar, Romney pode ficar limitado a visitar centros locais de assistência, tentando não atrapalhar as operações de resgate. Já Obama poderá usar seus poderes presidenciais para dar ordens e fazer anúncios, e também se destacar no papel de "confortador" da nação.

"Não estou preocupado a esta altura com o impacto sobre a eleição", disse Obama em resposta a um jornalista que perguntou sobre a campanha. "Estou preocupado com o impacto sobre as famílias, e estou preocupado com nossos socorristas."


Charge: DAVE GRANLUND - USA


Sandy provoca mortes, enchentes e apagões

ESTADOS UNIDOS
Sandy provoca mortes, enchentes e apagões
O furacão Sandy, uma das maiores tempestades da história dos Estados Unidos, tocou o solo com fortes ventos e chuvas torrenciais na noite desta segunda-feira perto de Atlantic City, em Nova Jersey, após paralisar transportes, provocar a desocupação de áreas alagáveis e interromper a campanha para a eleição presidencial da semana que vem.

Foto: Carlo Allegri Foto / Reuters

CÉU DRAMÁTICO - As vésperas da chegada de Sandy, nuvens densas invadiram os céus de Nova Iorque, prenunciando a pior tempestade de sua história

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Reuters, Stern, BBC Brasil, Paris Match, MSNBC, The New York Times

A passagem da tempestade Sandy pela Costa Leste dos Estados Unidos e do Canadá provocou enchentes e apagões em Nova York e matou ao menos 13 pessoas.

Em Nova York, a tempestade, apesar de ter sido rebaixada da categoria de furacão para a de ciclone, alagou estações de metrô, túneis, estacionamentos subterrâneos e até mesmo o chamado Ground Zero, que abrigava as torres gêmeas do World Trade Center, derrubadas em 11 de setembro de 2001.

A supertempestade deixou uma vasta área de Manhattan sem luz elétrica. Pacientes tiveram de ser retirados de um hospital após ele ter ficado sem energia.

O executivo que responde pelo metrô nova-iorquino disse que os danos causados pela Sandy ao sistema de transportes coletivo foi sem precedentes.

''O sistema de metrô de Nova York tem 108 anos de idade, mas ele nunca encarou um desastre tão devastador quanto o que vivemos na noite passada'', afirmou Joseph Lhota, presidente da Autoridade de Transporte Metropolitano da cidade.

Ao longo de todos os 1.290 quilômetros da Costa Leste, mais de 5 milhões de pessoas ficaram sem eletricidade. E 1 milhão de pessoas tiveram de deixar suas residências. Acredita-se que a supertempestade poderá afetar 50 milhões de pessoas no país.

O transporte foi interrompido em diversas cidades no leste do país, escolas foram fechadas e inúmeros voos deixaram de decolar.

O presidente Barack Obama e seu rival na disputa presidencial, o republicano Mitt Romney, suspenderam atividades de campanha faltando pouco mais de uma semana para a eleição.

A supertempestade chegou à Costa Leste americana por volta das 20h da segunda-feira do horário local, atingindo Atlantic City, em Nova Jersey, com ventos de cerca de 129 quilômetros por hora.

Boa parte da cidade ficou debaixo d'água e 30 mil moradores tiveram de ser evacuados.

A mais antiga usina nuclear dos Estados Unidos, Oyster Creek, em Nova Jersey, entrou em estado de alerta, devido à elevação das águas no Estado.

Veja algumas imagens divulgadas pelas principais agências de notícias:

Foto: Dann Cuellar/ Associated Press

Foto: Lucas Jackson / Reuters

A chegada de "Sandy" nesta segunda-feira à tarde, em Atlantic City, na costa leste.

Foto: Stan Honda / AFP

Anunciada como a tempestade do século, Sandy, cumpriu as mais temidas previsões, com ondas gigantes e ventos de 130 quilômetros por hora. Centenas de milhares de pessoas da Nova Inglaterra e Carolina do Norte deixaram suas casas fugindo da tempestade.

Foto: Richard Drew / AP

A tempestade fechou a Bolsa de Nova York, neste 29 de outubro. Raramente Wall Street deixa de funcionar por causa de fenômenos meteorológicos, as ultimas vezes foram por causa de uma nevasca em 8 de janeiro de 1996 e em 27 de setembro de 1985 para o furacão Gloria.

Foto:John Minchillo / AP

Águas do mar inunda a área onde estão sendo construídos os edifícios, que substituirão o World Trade Center, em Manhattan.

Foto: Andrew Kelly / Reuters

A borbulhantes Manhattan era um bairro fantasma nesta segunda feira à noite

Foto: Andrew Kelly / Reuter

O túnel do metrô é invadido pelas águas, em Manhattan.

Foto: Andrew Burton / Getty Images

Estacionamento subterrâneo, inundado, no distrito financeiro de Nova York.

Foto: Tim Kuklewski / Guarda Costeira dos EUA via AP

HMS Bounty, um veleiro de 180 pés, não resistiu à tempestade e naufragou a cerca de 90 km ao sudeste de Cape Hatteras, Carolina do Norte, nesta segunda-feira. A Guarda Costeira resgatou 14 tripulantes, dois estão desaparecidos, entre eles o Capitão da embarcação.

Foto: Andrew Gombert / EPA

Multidão de curiosos observam um guindaste danificado pela ventania que está pendurado precariamente na 157 W. 57th Street

Foto: Michelle Mcloughlin / Reuters

Ondas acidente mais casas ao longo da linha de costa em Milford, Connecticut em Mohday. A tempestade monstro caindo sobre a costa leste dos EUA, reforçada na segunda-feira depois de centenas de milhares de pessoas se mudaram para um lugar mais alto.

Foto: Lenwood Gibson / Reuters

Carros danificados sentar debaixo de uma árvore caída de ventos fortes no bairro de Queens em Nova York na segunda-feira. Furacão Sandy começou a golpear os EUA Costa Leste na segunda-feira com fortes ventos e chuvas torrenciais, como a tempestade monstro desligar de transporte, empresas fechadas e enviou milhares lutando por horas Higher Ground antes que o pior foi devido à greve.

Foto: Cj Gunther / EPA

Um curioso arrisca-se para tentar fotografar as ondas gigantes que atingem o cais, em Lynn, Massachusetts na segunda-feira

Foto: Mandel Ngan / AFP - Getty Images

O presidente Barack Obama chegando na Base Aérea de Andrew, em Maryland. Retorno antecipado a Washington e cancelamento dos atos campanha,para monitorar o socorro as vítimas do Sandy.

Foto: Lucas Jackson / Reuters

Um veículo tenta se manter perigosamente o trajeto, levado pelo vento do furacão Sandy, em Southampton, Nova York, nesta segunda de manhã.


29 de out. de 2012

Luana Piovani com e sem lingerie na GQ de novembro

BRASIL - Mulher
Luana Piovani com e sem lingerie na GQ de novembro
A conta de quantas vezes uma revista masculina especializada já a chamou para posar nua foi perdida. E é tudo uma questão de preço, acredite. “Se tivessem começado a fazer uma poupança quando me chamaram pela primeira vez, aos 18 anos, já teriam conseguido me convencer”, provoca.

Fotos: JR Duran

A capa Reveladora

Postado por Toinho de Passira
Entrevista a Fred Melo Paivapara a GQ
Fonte: Reevista GQ

Peteca. É assim que Luana se refere a essa parte da anatomia que embora perseguida desde os bonobos ainda não se achou o jeito certo de chamar. Luana já é mãe, acaba de fazer 36 anos – mas sua peteca permanece uma incógnita. “Se alguém já viu lá?… Não, não”, diz ela, referindo-se aos ensaios fotográficos que produziu ao longo da carreira, primeiro como modelo, depois como atriz. GQ quase chegou lá e se perdeu em devaneios ao longo do caminho. Ela corrige-se, para não deixar dúvida: “Só viu quem foi sorteado por mim mesma e ganhou o grande prêmio”. A conta de quantas vezes uma revista masculina especializada já a chamou para posar nua foi perdida. E é tudo uma questão de preço, acredite. “Se tivessem começado a fazer uma poupança quando me chamaram pela primeira vez, aos 18 anos, já teriam conseguido me convencer”, provoca.

Foto: JR Duran

Gorda, tem certeza?

A musa mais polêmica – e provavelmente a mais linda – do Brasil é a capa da GQ de novembro, fotografada por JR Duran, e você vê muito mais (papo e imagens) na edição que chega às bancas nesta quinta (1º). Polêmica é a palavra que usamos. “Cada um dá o nome de sei-lá-o-quê, entendeu? Esse negócio de eu ser barraqueira, nada mais é que o seguinte: eu não sou otária, conheço os meus direitos”. Se você é seguidor de Luana Piovani no Twitter, já viu que há controvérsias quanto à eficácia do Simancol que ela diz ter sido vacinada e não sai de casa sem ele. Tente alfinetar nossa musa. “A pessoa me escreve dizendo: ‘Como você está gorda!’. Eu digo: ‘Gorda, mas o seu namorado deve estar no banheiro com a minha revista na mão”. Pronto. Jogo ganho por Luana Piovani. Quer ir pra cima, vá com armas pesadas e realmente se assegure que você tenha muitos anos rodados nessa vidinha. “Se eu fosse jovem em 64, tinha morrido num pau de arara”. Não conseguimos imaginar isso para a mãe do pequeno Dom Piovani Vianna.

Wagner, mande bem, vai…

“As pessoas têm medo de se indispor com as outras, e por isso não são verdadeiras. Eu sou. Por exemplo”, e lá vem Luana com sua transparência, “eu amo o Wagner Moura e amo o Renato Russo. Mais o Renato Russo que o Wagner Moura, né? Então o Wagner fez aquela homenagem para o Renato cantando com o Legião, a intenção foi boa e tal, mas musicalmente estava horrível. Se você resolveu fazer uma coisa dessa na TV, então tem que dar uma preparada, tem que mandar bem. Senão, faz em casa, chama os amigos. Ooooh, a Luana falou mal do Wagner Moura… Pô, é só uma opinião minha também, não é verdade nenhuma, entendeu? Eu amo o Wagner. Não é tudo a ferro e fogo desse jeito”.

Foto: JR Duran

Homens querem mulher cheirosa que não dê trabalho

Luana está de volta à Globo, de onde nunca saiu porque jamais entrou, e com a qual tem uma relação de quase duas décadas de trabalhos – desde a minissérie Sex Appeal, de 1993, até a série A Mulher Invisível, que foi ao ar no ano passado. Na nova versão da novela Guerra dos Sexos, ela vive a executiva Wânia Trabuco, personagem da então boazuda Maria Zilda no original de 1983. A novela não tem feito Luana ficar refletindo sobre essas questões de gênero, mas tem feito ela tirar o Simancol para argumentar contra quem acha que essa guerra dos sexos não existe mais. “As mulheres continuam sendo xingadas no trânsito, e os homens continuam desejando uma mulher cheirosa que não lhes dê trabalho e que não tenha opinião”. Você acha mesmo que continuamos assim? “Claaaaro, amoooor, nós temos só 500 anos… Os homens se assustam com as mulheres que são muito picudas”. Picudas? “Sim, aquelas que talvez tenham os paus maiores que os deles. O homem não está em crise, ele está é se dando bem, porque a mulherada hoje se joga. Tudo diminuiu: as roupas, o tempo de conversa. As mulheres se valorizam pouco. E olha que não estou falando para fazer doce na hora de dar. Eu sou a favor de dar. Deu vontade, dá”.

“Homem angustiado, Deeeeus me livre!”

Luana tem seu jeito particular de escolher os homens com quem se relaciona – a começar pela sumária eliminação daquele tipo saído dos filmes de Woody Allen. “Homem angustiado, Deeeeus me livre! Indico um bom terapeuta e passo longe.” Pedro Vianna – o Pedro Scooby, surfista de 24 anos com quem está casada – é o contrário disso, além da “vantagem de ter os braços tatuados” e de ser aparentemente monogâmico, porque Luana não acha que todo homem é poligâmico nem que toda vontade deve ser satisfeita. “Vontade a gente tem de tudo, de comer bolo de chocolate, de comprar a loja inteira de sapato, de matar dez por dia… A gente tem de lidar com os limites, meu Deus do céu. Senão a gente volta não é nem para a pedra polida – é para a lascada mesmo.”

O poder da maternidade

Faz seis meses que Luana e Scooby são os pais de primeira viagem de Dom. Quando ele nasceu, os primeiros 15 dias foram “traumáticos”, embora trauma nenhum tenha decorrido de nada de extraordinário. Depois disso a maternidade operou em Luana aquele efeito que Hugo Chávez deve saber bem qual é: “Poderrrrr, poderrrrr, eu senti poderrrrr. Depois de gerar uma vida, nada mais me destrói, eu tenho meu filho e não preciso mais de nada nem de ninguém. É para lavar louça, eu lavo. É para decorar monólogo, decoro. É para fazer novela, eu faço. Pode vir, que para mim tudo agora é fácil”.

Veja Video do ensaio

Clicada por Cristian Gaul, Luana se mostrou mais nas fotos divulgadas pela TRIP, de janeiro 2012, eis alguns momentos:












PT tentou emparedar Maluf na comemoração de Haddad

BRASIL – Eleição 2012
PT tentou emparedar Maluf na comemoração de Haddad
Depois da vitória do Pestista em São Paulo, Paulo Maluf foi cobrar a fatura. Queria participar da festa da vitória. Os petistas o puseram no fundo do palanque e escalaram companheiros de grande estatura para esconder o aliado incômodo. Maluf ficou se esticando tentando aparecer na foto, por tras da muralha dos ingratos aliados. Eles se merecem.

Foto: Veja

Maluf, tentando ser papagaio de pirata, entre Lapas (esq) e Emídio (dir)

Postado por Toinho de Passira
Texto de Cida Alves, de São Paulo
Fonte: Blog do Maquiavel - Veja

Mesmo tendo tecido elogios a Fernando Haddad na chegada ao hotel onde o PT celebrava a vitória neste domingo, nos Jardins, o deputado federal e apoiador da candidatura Paulo Maluf não era bem-vindo no palco onde o prefeito recém-eleito de São Paulo faria seu discurso.

Dirigentes petistas montaram uma verdadeira força-tarefa para evitar que Maluf aparecesse ao lado de Haddad, mas não teve jeito. Lá estava o ex-prefeito no palco na hora do esperado pronunciamento. Sobrou para o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, a missão de esconder Maluf, ficando na frente dele. Emídio acabou tendo a ajuda de seu sucessor, Jorge Lapas, que é bem mais alto, na “operação tapa Maluf”.

Presidente estadual do PP, Maluf exigiu que Lula e Haddad fossem à sua casa e tirassem uma foto para formalizar a aliança entre os partidos – uma das mais criticadas da campanha petista. Com o apoio, Haddad ganhou 1min35s de tempo de TV e perdeu a candidata a vice Luiza Erundina, que desistiu de formar parte da chapa, afirmando que “não faria campanha ao lado de Maluf”.

Maluf foi muito assediado pela imprensa ao chegar no hotel onde Haddad faria seu pronunciamento. O deputado não quis responder se havia sido convidado para a festa, afirmou que foi importante para a vitória do petista e garantiu que Haddad “entrará para a galeria dos melhores prefeitos que São Paulo já teve.”


Charge: SPONHOLZ - Diario da Manhã (SC)


BALANÇO ELEITORAL: Perdas e ganhos

BRASIL – Eleição 2012
BALANÇO ELEITORAL: Perdas e ganhos
Eduardo Campos e Lula se deram bem nas apostas eleitorais, Kassab se fortaleceu, Dilma, não perdeu nem ganhou, Serra, entrou em processo de extinção e Aécio, não apareceu. O DEM encolheu ainda mais. PDT renasceu. O PT, o PMDB e o PSDB, a partir de 2013, vão governar quase 50% do eleitorado brasileiro.

Foto: Joka Madruga/Futura Press

Sistema biométrico para identificação de eleitores nas eleições 2012 sendo utilizado em Curitiba (PR), na manhã deste domingo

Postado por Toinho de Passira
Texto de Ana Flor e Jeferson Ribeiro
Fonte: Reuters

Lideranças políticas com influência direta nas campanhas, mesmo sem ter os nomes na urnas das disputas municipais deste ano, contabilizam ganhos e perdas com o pleito e a nova configuração política regional no país a partir de janeiro.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campo (PSB), contudo, é quem sai mais fortalecido com os resultados das eleições. Campos nacionalizou seu nome e seu partido, ampliou para o número de capitais comandadas Pela legenda para cinco --superando o PT e PSDB-- e espalhou sua influência para além do Nordeste, afirmaram especialistas ouvidos pela Reuters.

Para o cientista político da Unicamp Roberto Romano, o PSB foi quem mais teve ganhos neste pleito, por conseguir dobrar sua representatividade em termos de prefeitos e vereadores.

"Há uma liderança nacional (Eduardo Campos) que cresce e preocupa tucanos e petistas. Ele tem condições de fazer alianças que preocupam eles (PT e PSDB)", disse Romano.

Em 2008, o PSB conquistou 310 prefeituras. Agora, chegou a 450, considerando os resultados deste domingo. E governará cinco capitais, entre elas Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. E em todas essas disputas teve o PT como adversário.

O ex-presidente Lula, que apostou na renovação e fez o PT reconquistar o comando da capital paulista com um nome neófito nas urnas, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, também colheu dividendos políticos no pleito deste ano.

"Mesmo com erro em Recife, quem saiu consagrado é o Lula", disse o cientista político e diretor do Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais (Inpro), Benedito Tadeu Cesar, argumentando que o ex-presidente bancou a percepção de que o eleitorado queria mudança em São Paulo.

Em Recife, Lula pediu e a cúpula nacional do partido interveio no diretório local e impôs a candidatura do senador Humberto Costa, que acabou em terceiro lugar.

Para Romano, o êxito da estratégia de Lula em São Paulo não revela uma fórmula infalível. "Em São Paulo, pelas condições especialíssimas é que deu certo", analisou.

Já a presidente Dilma Rousseff, que pessoalmente teve modesta participação nas campanhas municipais, viu quatro dos cinco palanques em que subiu (Salvador, Campinas, Manuas, Belo Horizonte e São Paulo) serem derrotados.

Porém, para os analistas, a participação cirúrgica pode ter ajudado a presidente a irritar pouco sua grande base aliada, que se fragmentou nas disputas pelo país, principalmente o PSB e o PMDB.

"Ela conseguiu em parte não se transformar em 'cheerleader' (animadora de torcida) do PT, esteve em Salvador e Campinas e perdeu, mas não comprometeu sua pessoa com essas vitórias ou derrotas", analisou Romano.

Já o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), apesar de ter apoiado José Serra, derrotado na capital paulista, sai desta eleição com um trunfo importante: conseguiu consolidar seu novo partido, o PSD, em apenas um ano.

Além de conquistar 495 prefeituras --entre elas uma capital--, o partido já tem como certa a promessa de um ministério na Esplanada.

RENOVAÇÃO

O PSDB perdeu a prefeitura de São Paulo --a maior cidade e colégio eleitoral do País--, mas manteve número semelhante de prefeituras e capitais em relação à eleição anterior. O partido, que sempre teve tradição no Sudeste, cresceu no Norte e Nordeste do país. A maior derrota pessoal, segundo os especialistas ouvidos, foi do tucano José Serra, que perdeu a prefeitura paulistana para Fernando Haddad.

Foi a sua segunda derrota em dois anos --perdeu a corrida à Presidência da República em 2010 para Dilma. Serra, que já abandonou dois cargos -- de governador e prefeito -- para tentar outras candidaturas, aos 70 anos tem contra si a idade e resistências crescentes em seu partido.

Neste domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que é hora de o PSDB buscar o novo.

"O partido com um todo, o que vai precisar mesmo, é exatamente de renovação. Há um momento em que as gerações mudam, nós estamos num momento de mudança de geração. Isso não quer dizer que os antigos líderes desaparecem, mas quer dizer que eles têm que empurrar os novos para ir à frente", argumentou FHC a jornalistas depois de votar.

Romano, porém, não acredita que o virtual candidato tucano à presidência em 2014, o senador Aécio Neves (MG), tenha condições de ser o condutor da renovação do tucanato.

"A derrota do Serra é a derrota do Aécio", disse Roberto Romano sobre o senador tucano, que consolidou sua supremacia em Minas Gerais, mas não expandiu seu capital político nacionalmente.

"Ele saiu bem, mas foi muito mineiro. Trabalhou muito em silêncio", disse David Fleischer, cientista político da UnB.

Já o partido que mais contabilizou insucessos foi o DEM --apesar da importante vitória de ACM Neto em Salvador.

"O DEM foi o que mais perdeu. Perdeu mais de metade dos seus deputados para o PSD e perdeu muitos prefeitos... Desde 2004 estão descendo a ladeira", disse Fleischer.

Apesar disso, Fleischer não acredita que a legenda deixe de existir nos próximos meses.

"Acho que tem muitos políticos do DEM com brios e com a fusão perderia liderança no novo partido. É mais provável que o DEM continue", afirmou o cientista político da UnB.

SOBE E DESCE DAS LEGENDAS

Entre os partidos, além de PSB, PSD e PT, os especialistas ressaltam o "renascimento" do PDT, sigla de origem da presidente Dilma.

"Além do crescimento com PSB, continuo insistindo no crescimento do PDT, que conquistou duas capitais do Sul (Porto Alegre e Curitiba)... Partido que renasce depois da morte de (Leonel) Brizola", disse Tadeu César. O PDT conquistou ainda a prefeitura de Natal.
*Acrescentamos subtítulo, fotos e legendas a publicação original

A nada mole vida de mensaleiros e simpatizantes

BRASIL - Mensalão
A nada mole vida de mensaleiros e simpatizantes
Três personagens do mensalão passaram por vexames ao chegar as sessões eleitorais, onde votam em São Paulo. José Dirceu que foi acompanhado de uma tropa de choque petista, ouviu xingamento de “pega ladrão”, a mesma sorte, teve José Genoíno e o Ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, o relator do mensalão

Foto: Ernesto Rodrigues/AE

O POVO CONTRA DIRCEU - Como no primeiro turno, Dirceu chegou ao local de votação cercado de “seguranças” enquanto o povo gritava “pega ladrão!”

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, Extra, Correio 24 horas, O Globo, Jornal da Cidade, Blog Sidney Resende, Estadão, O Globo, Portal Terra

Ex-ministro da Casa Civil e condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do mensalão, José Dirceu votou no fim tarde deste domingo na Escola Estadual Princesa Isabel, no Bosque da Saúde, na Zona Sul de São Paulo. Chegou às 15h40m cercado por seguranças em meio a gritos da militância petista e de eleitores que o chamavam de "ladrão".

Dirceu demorou menos de cinco minutos para votar e reclamou do empurra-empurra envolvendo jornalistas, militantes do PT e eleitores.

Em maior número, apoiadores com adesivos do candidato Fernando Haddad (PT) e camisetas com o rosto de Dirceu gritavam: "Dirceu / guerreiro / do povo brasileiro".

Moradores da região tentavam se aproximar xingando o ex-ministro de "ladrão" e "vergonha da nação". Os dois grupos bateram boca dentro do colégio eleitoral, mas não houve agressão.

Uma equipe do programa humorístico CQC, da TV Bandeirantes, tentou entregar ao ex-ministro uma revista Playboy e um maço de cigarros, numa referência à possibilidade dele vir a ser preso em função das condenações no mensalão. Dirceu olhou para os presentes, mas não os pegou.

Foto: Felipe Rau/AE

Genoino cercado de seguranças petistas, que distribuiam socos, pontapes e causavam tumulto.

Igualmente o ex-deputado José Genoino chegou ao local de votação na Universidade São Judas, no bairro do Butantã (zona oeste), por volta das 16h20, acompanhado de uma truculenta tropa de choque de militantes petistas, cerca de 50, segundo O Globo. A passagem do ex-gurrilheiro, réu do mensalão, condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, provocou tumulto que terminou em pancadaria e cenas de vandalismo.

Os petistas, que xingavam e batiam em jornalistas, além de derrubar eleitores que estavam no local, avançaram pelos corredores da universidade empurrando cadeiras, chutando lixeiras e quebrando vidros de um dos murais da entidade.

Usando bengala, a aposentada Jose Bacarácia, 82 anos, foi derrubada no chão durante a passagem da militância petista.

Genoino carregava uma bandeira do Brasil, vestindo-a como uma capa e usando-a em algumas ocasiões para esconder o rosto e evitar ser fotografado. No tumulto, apenas seguiu em direção à seção de votação. Depois de votar, caminhou agitando o braço esquerdo com o punho cerrado, sempre rodeado pelos militantes, que impediram a aproximação ou perguntas dos jornalistas.

Foto:Tonny Campos/Futura Press

Oscar Filho, humorista e repórter do programa da Band, agredido por “seguranças” de José Genoíno

O humorista Oscar Filho, do CQC foi agredido repetidas vezes pelos petistas. Ele recebeu socos e foi jogado para dentro de uma das salas de votação. Com machucados na boca e pressão alta, o comediante foi atendido na enfermaria do colégio eleitoral e disse que registaria um Boletim de Ocorrência.

Um dos envolvidos na pancadaria foi o advogado Danilo Camargo, da Comissão de Ética do PT paulista e um dos petistas mais ligados a Genoino. Apesar de ter sido visto agredindo Oscar Filho antes de José Genoino votar, Camargo disse que se atracou com o repórter do CQC depois, ao deixar o colégio eleitoral, porque foi provocado.

No primeiro turno, no mesmo colégio, Genoino apareceu para votar dez minutos após a abertura dos portões e mostrou irritação ao ver a imprensa no local, chamando os jornalistas de “urubus e torturadores da alma humana”.

Foto: Mastrangelo Reino/Folhapress

Lewandowski, foi hostilizado por eleitores. Enquanto dava entrevista, uma eleitora se aproximou e disse: "que nojo!" Ao deixar o local de votação um mesário exclamou: "Mande lembranças para o Zé Dirceu"

Mesma sorte teve o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, que foi vaiado e xingado de ‘bandido, corrupto, ladrão e traidor’ na saída da Escola Estadual Mario de Andrade, em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, local onde vota.

Pouco antes de ser reconhecido, ele disse que a reação popular em todo o país tem sido de cumprimentos e pedidos para tirar fotos.

- Votei normalmente. Entrei pela porta da frente e como qualquer cidadão entrei na fila. Tudo na maior tranquilidade. Isso é democracia, liberdade. As reações agora (os xingamentos) são normais. Estou aqui com vocês (jornalistas) e muito exposto — disse, já nervoso com os gritos e sendo puxado pelos assessores.

COMENTAMOS:

Por tudo que eles representam, sempre será insano, incivilizado e até perigoso hostilizar um ministro do Supremo Tribunal Federal. Notadamente agora, quando está sendo julgado o mensalão. Não é bom para o estado democrático de direito, em geral. Registre-se e que incidentes como esses, podem ser usados pelos acusados, como material de defesa e pedidos de anulação, sob o argumento de que os Ministros da Suprema Corte, não estavam se sentindo suficientemente seguros durante o julgamento.

Foto: Darlan Alvarenga/G1

BRIGADA ANTI-POVO- Alguns dos militantes da tropa de choque petista escalada para proteger o mensaleiro José Dirceu, aguardando sua chegada na sessão eleitoral


28 de out. de 2012

Farsa histórica, por Merval Pereira, para O Globo

BRASIL - Opinião
Farsa histórica
“Nada indica que a Guerrilha do Araguaia promovida pelo PCdoB maoista pretendesse instalar no Brasil um governo democrático, nem que José Dirceu, do Molipo (Movimento de Libertação Popular) tenha ido para Cuba aprender democracia”.

Ilustração: Toinho de Passira

Postado por Toinho de Passira
Texto de Merval Pereira , para O Globo
Fonte: Blog do Merval

Querer transformar em heróis os principais líderes condenados pelo mensalão tem o mesmo tom de farsa da afirmativa de que são “prisioneiros políticos condenados por um tribunal de exceção”. A defesa de José Dirceu tenta constranger os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) da mesma maneira que a de José Genoino tentou em vão durante o julgamento, confrontando-os com uma história de vida que teria “alto valor social” pela luta política desenvolvida tanto contra a ditadura militar quanto na democracia, com a fundação do Partido dos Trabalhadores.

Seria realmente patético se, em consequência dessa classificação esdrúxula de "perseguidos políticos", alguns deles pedissem asilo político a “democracias” como a Venezuela ou Cuba, capazes, sim, de compactuar com essa farsa que surge da tentativa de repetir a história. Ou Equador, como fez, desmascarando-se, Julian Assenge do Wikileaks. Cairiam no ridículo se tentassem pedir asilo a uma democracia verdadeira.

Como escreveu Karl Marx, autor que deveria ser conhecido da parte dos réus que tenta dar contornos políticos à roubalheira em que foram apanhados, a História se repete, “a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

Pois o ex-presidente do PT José Genoíno e o ex-ministro do Gabinete Civil, José Dirceu, tentam desde o início do julgamento do mensalão trazer para o presente o passado, que para muitos foi heroico, para tentar justificar os crimes que praticaram contra a democracia a favor da qual dizem ter lutado.

Nada indica que a Guerrilha do Araguaia promovida pelo PCdoB maoista pretendesse instalar no Brasil um governo democrático, nem que José Dirceu, do Molipo (Movimento de Libertação Popular) tenha ido para Cuba aprender democracia.

Mesmo sem entrar na análise dos eventuais méritos que tenham tido na sua luta política, esses “valores sociais” só fariam agravar a atuação dos dois no episódio em julgamento, pois estariam traindo seus “ideais democráticos” agindo contra a própria democracia.

O ex-guerrilheiro José Genoíno já havia se transformado em um perverso formulador da História ao se dizer vítima de novos torturadores da imprensa, que em vez de pau de arara usariam a caneta para lhe infligir sofrimentos. Tal desvirtuamento de ideias, transformando a liberdade de expressão e de informação em instrumentos de tortura, mostra bem a alma tortuosa desse político metido em bandidagens a guisa de impor um projeto político “popular”.

Transformar um bando de delinquentes, na definição do ministro Celso de Mello, em heróis é uma tentativa de vitimizar os condenados, dando conotações políticas elevadas ao que não passou de um assalto aos cofres públicos com o objetivo de perpetuar um partido no Poder através do desvirtuamento da própria democracia.

No julgamento, alguns ministros, mesmo que sugerindo respeito, ressaltaram que não estavam julgando o passado dos réus, mas os fatos relatados nos autos do processo. Autos produzidos em um sistema judiciário democrático, sob a atuação do Ministério Público Federal, um avanço da Constituição cidadã de 1988 (que o PT se recusou a assinar).

Os dois Procuradores que atuaram no processo, Antonio Fernando de Souza e Roberto Gurgel, foram nomeados pelo ex-presidente Lula, e sete dos dez atuais ministros do Supremo Tribunal Federal foram indicados por Lula e Dilma.

Sem falar que o PT está no governo há dez anos, e o processo se desenvolveu nos últimos sete anos. Todos esses pontos tornam ridícula a alegação de que os condenados foram vítimas de um complô “da direita” em conluio com a “mídia golpista”.

Até mesmo Lula, de fora do processo, mas cada vez mais dentro do projeto de Poder beneficiário dos golpes cometidos, saiu-se com a tirada de que já fora “absolvido pelas urnas”, alegando para isso a reeleição em 2006, seus 80% de popularidade e a eleição da presidente Dilma em 2010.

Fora o ato falho de admitir que alguma coisa fizera para ser absolvido, Lula teve que ouvir dos ministros, em diversas ocasiões, que eleição não tem o dom de apagar os crimes cometidos.

Essa tentativa, agora oficial por parte de José Dirceu, de colocar-se como um grande brasileiro com “valor social” tem a ver com a possibilidade de anistia por parte da Presidente da República, hipótese vez por outra aventada para o fim do ano. Seria um acinte ao Supremo Tribunal Federal, um escândalo para a opinião pública e um reforço à percepção de que no Brasil quem tem amigos poderosos não vai para a cadeia.
*Acrescentamos subtítulo e imagem a publicação original

Dilma preside a escuridão que Lula fingiu ter revogado, por Agusto Nunes, para a Veja

BRASIL - Opiniao
Dilma preside a escuridão que Lula fingiu ter revogado
“Um apagão é um problemaço”, escreveu em sua coluna o jornalista Carlos Brickmann. “Três apagões em 34 dias são mais do que três problemaços: são uma indicação de que o sistema brasileiro de energia enfrenta problemas. Pior: o governo sabe dos problemas, tanto que teme falta de luz quando acaba uma novela; e continua brincando de explicar”.

Ilustração Toinho de Passira

Postado por Toinho de Passira
Texto de Augusto Nunes, para a Veja
Fonte: Blog do Augusto Nunes

Nomeado ministro de Minas e Energia em janeiro de 2008, Edison Lobão mostrou já no primeiro apagão que o padrinho José Sarney indicara o homem errado para o cargo errado: em vez de anunciar o que faria para tirar da UTI o sistema de distribuição de energia, o agregado da Famiglia rebaixou o que ocorrera a “interrupção no abastecimento de eletricidade”. Há um mês e meio, quando mais uma pane escureceu as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, foi a vez de Hermes Chipp, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, recorrer a malandragens semânticas para desdenhar do perigo.

“O que aconteceu foi um ‘apaguinho’ e não um apagão, como o de 2001″, fantasiou Chipp. “Esse durou pouco tempo”. Por tal critério, tampouco fora apenas um “apaguinho” o blecaute que, dois meses antes, afetara a região Nordeste. Por ordem de Lula, não existe apagão no Brasil Maravilha que o chefe pariu e Dilma Rousseff amamenta. Esse tipo de escuridão foi inventado por Lula e revogado em 2003 pelo maior dos governantes desde Tomé de Souza.

Alguém esqueceu de avisar o ministro interino Márcio Zimmermann, surpreendido na madrugada desta sexta-feira pelo sumiço da energia elétrica em todos os nove Estados do Nordeste e parte da região Norte. O substituto de Lobão, convém ressalvar, evitou disciplinadamente a palavra proibida: nas entrevistas que concedeu, apagão virou “evento”. Mas pelo menos não fez de conta que a situação é tão boa que, se melhorar, estraga. Já é alguma coisa.

“Há uma diminuição de confiabilidade no sistema elétrico brasileiro”, reconheceu Zimmermann. “O quadro não é normal”. O que o interino qualifica de anormal pode ser a antessala do colapso. Ministra de Minas e Energia entre 2003 e 2007, Dilma Rousseff nunca foi além de remendos. A troca de Dilma por Edison Lobão serviu apenas para reafirmar que, no Brasil, o que está péssimo sempre pode piorar.

Em 2001, Fernando Henrique Cardoso admitiu a existência de carências graves e enfrentou a crise sem malandragens de palanqueiro. Lula e Dilma preferiram varrer o problema para baixo do tapete. Junto com milhões de brasileiros que seguem dormindo o sono dos crédulos profissionais. Dilma pode acordar no meio da escuridão que, embora revogada por Lula, não terá prazo para terminar.

“Um apagão é um problemaço”, escreveu em sua coluna o jornalista Carlos Brickmann. “Três apagões em 34 dias são mais do que três problemaços: são uma indicação de que o sistema brasileiro de energia enfrenta problemas. Pior: o governo sabe dos problemas, tanto que teme falta de luz quando acaba uma novela; e continua brincando de explicar. A última: “não é apagão, é apaguinho”.

Brickmann endossa o alerta do especialista Ildo Sauer, professor da USP: “Uma parte do sistema é cinquentão e deveria ter passado por um processo de manutenção e substituição. A indicação mais óbvia de que isso não ocorreu são os apagões”. E encerra a nota com a localização do paradeiro de Edison Lobão: “O ministro das Minas e Energia está hospitalizado em São Paulo. Ele sabe o que faz: no Hospital Albert Einstein, há ótimos geradores”.

É isso.
*”Os apagões advertem: Dilma pode presidir a escuridão que Lula fingiu ter revogado” - é o título original do texto
**Acrescentamos subtítulo, foto e legenda a publicação original

Humberto querendo ser candidato a Governador, em 2014, propõe independência do PT no Recife

BRASIL – Pernambuco – Eleição 2014
Humberto querendo ser candidato a Governador,
em 2014, propõe independência do PT no Recife
O senador e candidato derrotado na eleição municipal tentou manipular diretório do PT do Recife, propondo, de emergência, uma postura independente na Câmara Municipal. A ação é uma manobra de Humberto rumo a postulação da vaga de candidato ao governo do estado em 2014. Ruim de voto, em todos os escalões, jogando em casa, consegui apenas um empate duvidoso, o que acabou motivando o adiamento da decisão “sine die”

Foto: Tárcio Alves/Flickr

Humberto Costa, raivoso e conspirador, além de teimar em não descer do palanque municipal, tentar armar o de 2014

Postado por Toinho de Passira
Texto de
Fonte: Blog do Jamildo

O senador Humberto Costa, após a monumental derrota na eleição municipal do Recife, líder de rejeição e lanterna entre os líderes, ainda não desceu do palanque, ou melhor, está subindo no palanque outra vez. Desta feita, com a empáfia que lhe é peculiar, começa a tentar cavar a pretenciosa pretensão de ser o candidato a governador de Pernambuco, pelo PT nas eleições de 2014. Pelo visto, gostou da indicação biônica da candidatura a prefeito e quer repetir a dose, para o governo do estado.

Para tanto, inventou neste sábado, mancomunado com o seu atual escudeiro, o deputado federal João Paulo, uma reunião de emergência no Diretório do PT no Recife, tentando aprovar um documento que posiciona o partido como independente na Câmara dos Vereadores do próximo ano. Em uma votação duvidosa, o encontro acabou no empate, 22 a 22.

Apenas um dos 45 membros do diretório não compareceu, Vinícius Carvalho. A contagem dos votos tinha acabado com 22 a 21 pela não aprovação do documento, mas, anunciado o resultado, houve uma pressão para que a contagem fosse feita novamente. Um membro que não havia votado decidiu dar sua opinião e o resultado final terminou em 22 a 22. Uma nova reunião será marcada para desempatar a votação, mas nenhuma data foi definida.

Segundo o Blog do Jamildo, a tropa escalada por Humberto e João Paulo para comandar o movimento em defesa do documento foram os vereadores Jurandir Liberal (presidente da Câmara) e Múcio Magalhães, o ex-secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, o secretário-geral do PT municipal, Rosano Carvalho, além de Dilson Peixoto. Entretanto, o grupo encontrou resistência entre os próprios aliados.

Após o prefeito João da Costa (PT) ter sido rifado pelo próprio partido de tentar a reeleição, o nome de Humberto foi imposto como candidato pela Executiva Nacional petista. O senador esperava o apoio do governador Eduardo Campos (PSB), o que não ocorreu. Pelo contrário, o socialista lançou um postulante próprio, Geraldo Julio (PSB), que venceu o pleito.

Desde então, depois de ter amargado o terceiro lugar no pleito, o senador costura nos bastidores a saída do PT da base socialista, um afastamento radical de Eduardo Campos, mas encontra resistência dentro da própria corrente, a “Construindo um Novo Brasil” (CNB), facção cacifada pelo quadrilheiro corrupto José Dirceu.

Além da saída do PT da Frente Popular, o texto que tentaram aprovar neste sábado (27) ainda colocava a legenda contrária à Parceria Público Privada (PPP) do Saneamento - projeto do Governo do Estado -, atribuía ao PSB a divisão da Frente Popular do Recife e previa que o PT não iria indicar nomes para assumir cargos no governo de Geraldo.

A petistada vacila, não quer entregar os cargos que desfrutam no governo de Eduardo Campos. Atualmente ocupam três secretarias: Transportes, Governo e Cultura, além de centenas de cargos comissionados. Além disso, com o rompimento, perderiam definitivamente a chance de obter alguma pasta na Prefeitura do Recife, sob o comando de Geraldo Júlio.

"O processo eleitoral também representou o ressurgimento dissimulado do antipetismo. Nossos aliados se distanciaram de bandeiras importantes da nossa história, como o combate à privatização de serviços essenciais, como saneamento e esgoto, o equilíbrio necessário entre o desenvolvimento e a sustentabilidade", diz o texto proposto por Humberto.

Adiante o documento usa como argumento para o PT ficar independente na Câmara a necessidade de reflexão interna. "O partido terá a independência e autonomia necessárias para recompor sua organização interna e reanimar a militância com suas energias voltadas para a defesa do projeto democrático e popular", (leia-se o lançamento de Humberto como candidato a governador pelo PT) afirma o documento.

Uma reunião da Executiva Estadual do PT está marcada para esta segunda-feira (29), às 19h, na sede da sigla. Espera-se outra derrota de Humberto e sua turma.

"A confissão e o jornalista", por Miriam Leitão, para O Globo

BRASIL - Opinião
A confissão e o jornalista
"Videla confessou na primeira conversa que de sete mil a oito mil pessoas foram mortas num plano deliberado. O governo descentralizou a decisão. O país foi dividido em regiões. Em cada uma, os chefes militares tinham autonomia para decretar a pena capital e decidir o destino dos corpos. Videla era consultado nos casos mais graves".


General Jorge Rafael Videla, 87 anos, foi o presidente da Argentina entre 1976-1981, após um golpe de Estado que depôs a presidente Isabel Martínez de Perón. Com o retorno da Democracia foi processado por violações dos direitos humanos e crimes contra a humanidade que ocorreram sob seu governo. Acabou condenado à prisão perpétua e mais 50 anos de prisão.

Postado por Toinho de Passira
Texto de Míriam Leitão , para O Globo
Fontes: Blog de Miriam Leitão, Wikipedia

Era apenas uma sigla: D.F. Assim os argentinos eram mandados para a morte no governo do general Jorge Videla, que durou de 1976 a 1981. Significa na gíria militar disposición final, destino que se dá a uniformes e objetos que não servem mais. Os que recebiam essa sentença (D.F.) desapareciam, alguns corpos foram queimados em fornos.

Qualquer dúvida sobre o caráter nazista do que houve na Argentina durante a ditadura militar acaba no relato objetivo do jornalista Ceferino Reato. Ele conseguiu tirar de Videla, na prisão, a confissão de que entre sete mil e oito mil pessoas foram mortas em seu governo.

O feito jornalístico foi conseguido, segundo Reato, por acaso. Ele estava entrevistando militares presos para um livro sobre os anos 1970 e viu Videla no pátio da prisão. Abordou-o e foi o início de uma entrevista, em várias etapas, de 20 horas.

Entrevistei Reato na Globonews. Ele veio ao Rio participar da Quinzena da Travessa, que promove debates sobre os regimes militares da América Latina. Quando terminou a entrevista, Reato me contou que Videla lhe disse que ele fora o primeiro argentino a lhe pedir entrevista. Não foi casualidade, portanto, mas senso de oportunidade que todo jornalista deve ter.

Videla confessou na primeira conversa que de sete mil a oito mil pessoas foram mortas num plano deliberado. O governo descentralizou a decisão. O país foi dividido em regiões. Em cada uma, os chefes militares tinham autonomia para decretar a pena capital e decidir o destino dos corpos. Videla era consultado nos casos mais graves.

“Nós chegamos ao golpe de 1976 com um consenso entre os militares. Havia que se matar um número grande de pessoas para ganhar a guerra”, disse Videla a Reato. O general está convencido de que Deus vai lhe premiar por isso, admitiu que tem uma “dor na alma”, mas que não se arrepende e dorme tranquilo. É proibido levar gravador para dentro do presídio. Reato transcrevia anotações e levava na conversa seguinte para Videla ler. Ele fazia pequenas correções ou acréscimos e assinava.

Perguntei ao jornalista como os corpos desapareciam:

— Havia vários métodos. Atirar os corpos no mar ou nos rios. Arremessá-los de avião ou helicópteros. Enterrá-los em lugares clandestinos, em valas comuns ou individuais. Às vezes, cemitérios. Na província de Córdoba, em lugares descampados, fora das cidades. Outros eram queimados em fornos, como se diz que aconteceu na Esma (Escola Superior de Mecânica da Armada), mas também em outros lugares houve fornos gigantescos. E assim os queimavam. Outra forma de eliminação pelo fogo: juntavam-se pneus velhos de veículos e jogava-se o corpo dentro.

O general tem 87 anos. Deve morrer na prisão. Admitiu o roubo de bebês, mas disse que não era o plano inicial. Segundo ele, o caso saiu do controle.

O jornalista acha que o número de 30 mil mortos, estimativa usada normalmente, é uma cifra não comprovada. A lista feita em 1985, na comissão da verdade do governo Raúl Alfonsín, tinha 9 mil pessoas. Um massacre.

— Quando uma casaca militar ou botas não servem mais, na linguagem militar eles passam à “disposição final”. São descartadas. Essas pessoas eram similares a coisas — diz Reato.

No aconchego da livraria, ouvia essas atrocidades lembrando do dia em que entrei no gabinete de Videla para entrevistá-lo sobre a briga com o Brasil por Itaipu. Ele, no auge da sua glória. Lembrei de um amigo argentino que, passando em frente à Esma, me disse: “Lá dentro, neste momento, alguém está morrendo.” Tempos loucos.
*Acrescentamos subtítulo, foto e legenda a publicação original

27 de out. de 2012

Economist: Eduardo Campos ameaça reeleição de Dilma

BRASIL – Pernambuco – Eleições 2014
Economist: Eduardo Campos ameaça reeleição de Dilma
A importante publicação britânica desta semana traz uma matéria sobre o govenador Eduardo Campos, acentuando que apesar de aliado da presidenta, o socialista, em ascensão um adversário potencial para disputar a presidência em 2014. Diante de mais essa publicação gera-se uma expectativa de como será de agora em diante as relações de Eduardo com o governo Dilma, numa hora em que o estado está precisando de muita ajuda do governo federal, devido a seca prolongada que assola Pernambuco.


Detalhe da página do “The Economist” na internet

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Economist, O Globo, Estadão, Blog do Diário de Pernambuco, Ultimo Segundo, Blog do Mario Flavio, G1

A ascensão do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no cenário político brasileiro, atravessou o Atlântico e desaguou na Europa: “The Economist” traz na edição desta semana um perfil do politico pernambucano, presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro, alardeando para o mundo que ele representa uma "possível ameaça à reeleição" da presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2014.

Entre as razões apontadas pela revista para a ascensão de Campos, estão o "sucesso" de sua administração no governo de Pernambuco e a "falta de novos quadros" nos dois partidos considerados "os mais importantes do Brasil" pela revista: PT e PSDB.

“The Economist” comenta também que Eduardo nasceu na política, pelas mãos do seu avô, Miguel Arraes, que lhe ensinara que é feita para "unir as pessoas, em vez de dividi-los." Cita que os opositores afirmam que ele exagerou em seguir essas lições do avô e o criticam taxando de uma "versão moderna dos antigos coronéis", destacando que ele "não desafiou a antiga ordem rural, troca apoios políticos por cargos conseguindo assim congelar a oposição".

Em uma retrospectiva da gestão de Eduardo Campos, a Economistavalia que a política industrial adotada por ele em seu governo é uma das razões de seu sucesso. "Enquanto o resto do Brasil se preocupa com a desindustrialização, Pernambuco, desde que Eduardo Campos tornou-se governador, em 2007, vem aumentando a participação da indústria na economia do estado, que era de 20% já é de 25%, e vai atingir 30% em 2015, segundo dados do próprio governador", aponta a revista.

"Esse 'boom' trouxe praticamente o emprego pleno a Pernambuco", conclui. Afirma, porém, que o calcanhar de Aquiles nesse momento é a escassez de mão de obra especializada no estado, para atender a demanda do crescimento industrial. Diz que há programas educacionais em curso, para tentar suprir as lacunas, mas provavelmente, por mais eficiente que sejam esses programas haverá um descompasso entre as necessidades das empresas, e a preparação plena do operário, para habilitarem-se as tarefas exigidas pelo mercado de trabalho. A publicação diz que esse é um dos pontos fracos do desenvolvimento pernambucano, que foi nos tempos coloniais, foi umas das Capitanias que mais prosperou, graças à indústria canavieira.

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Presidenta Dilma no sertão pernambucano, quando Eduardo era só um aliado fiel e inofensivo.

A revista comenta que o renascimento da prosperidade atual começou com o porto de Suape, ao sul de Recife, onde se ergue um complexo industrial, dotado de estaleiros e uma grande refinaria de petróleo e petroquímica, cuja construção envolve cerca de 40.000 trabalhadores. Acrescenta que a parceria de Eduardo com o presidente Lula fez o governo federal despejar milhões nos projetos de interesse do estado e de Eduardo.

Ressalta que além do parque industrial ao redor do porto de Suape, o governador conseguiu atrair investimentos privados, graças ao aumento de renda dos brasileiros, distribuindo pelo interior do estado esses empreendimentos como a construção da fábrica da FIAT, e uma série de pequenas fábricas têxteis, de alimentos e calçados (cita o polo de calçados de Timbaúba) que estão sendo instaladas no interior pobre do estado.

De acordo com a publicação britânica o antecessor de Campos no governo, Jarbas Vasconcelos, já teria deixado as bases do "renascimento" de Pernambuco. "Ele teve sorte porque seu antecessor - menos alardeado - lançou as bases do renascimento de Pernambuco. Ele se apoiou nisso para modernizar o Estado", observou a reportagem.

A Economist diz que parlamentares de oposição o criticam afirmando que ele deveria fazer mais para combater a pobreza: na vizinhança de condomínios de luxo, erguidos em “praias com palmeiras”, Recife tem 600 favelas, e suas lagoas são fétidas por receberem esgoto sem tratamento.

Segundo a revista Eduardo responde que seu governo está fazendo o que pode para ajudar a geração marcada pela pobreza “dos cortadores de cana, particularmente na região assolada pelo semiárido no interior do estado. A sua aposta ousada é que utilizar investimentos de privados para melhorar a infraestrutura e a educação, para eliminar as causas da miséria do estado.

A aposta valeu, até agora, diz a revista, Campos ganhou um segundo mandato em 2010, e seu Partido Socialista Brasileiro saiu-se muito bem nas recentes eleições municipais, em Pernambuco e no país. Ele é, nominalmente, um aliado de Dilma Rousseff, sucessora de Lula como presidente. Mas ele também é uma ameaça em potencial para ela conquistar um segundo mandato na eleição de 2014.

Foto: Joel Silva/Folhapress

Carcaça de gado morto no agreste pernambucano, uma das áreas atingidas pela forte seca no Nordeste

Instado a falar sobre a matéria da Economist, enquanto lançava o programa Chapéu de Palha Estiagem em Caruaru, nesta sexta-feira (26), o governador Eduardo Campos (PSB), preferiu não tecer comentários sobre a reportagem.

“Apesar de todo o prestígio que o periódico tenha, não é meu papel comentar sobre notícias que saíram”, disse encerrando o assunto.

O governador sabe que de tudo que foi dito na matéria, apesar de não ser novidade e de já ter sido mencionada milhares de vezes pela imprensa local e nacional, o destaque dele ser uma ameaça à reeleição de Dilma, deve estar sublinhado as olhos do governo e do Partido dos Trabalhadores, principalmente, após a acachapante derrota dos petistas em Recife.

Eduardo Campos, já falou que espera após o encerramento do ciclo eleitoral nesse domingo, com o segundo turno, que “ é preciso "deseleitoralizar" o debate político no Brasil".

Pernambuco está enfrentando no momento uma das piores estiagens da sua história. Mais de um milhão de pessoas, de 212 municípios, sofrem os efeitos da seca prolongada. No Agreste do estado, criadores de gado fogem da seca e de uma praga que ataca as plantações de palma, que é um dos principais alimentos do animal em tempos de estiagem e falta de pasto.

Na região, os rios deixaram de correr e os reservatórios já não possuem nenhuma gota de água.

De acordo com a Secretaria de Agricultura de Pernambuco, 1,15 milhão de pessoas estão sendo atendidas com linhas de créditos emergenciais, programas sociais e a distribuição de água em caminhões-pipa.

Assim que a poeira eleitoral baixar Eduardo vai procurar o palácio do Planalto para pedir ajuda e muito dinheiro para atender essas necessidades emergenciais. Não se sabe, porém, se Dilma estará disposta a atender aos pleitos do ameaçador concorrente.


ITÁLIA: Berlusconi condena a um ano de cadeia

ITÁLIA - Corrupção
Berlusconi condenado a um ano de cadeia
Condenação é a primeira da série de escândalos que envolve o ex-primeiro-ministro italiano

Foto:AFP/Veja

DIZEM-ME COM QUEM ANDAS - Berlusconi, mais um amigo de Lula condenado nos tribunais

Postado por Toinho de Passira
Fontes: BBC Brasil, Veja

A Justiça italiana decidiu nesta sexta-feira condenar ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, de 76 anos, a um ano de prisão por fraude fiscal, o primeiro que chega a uma sentença nos tribunais, na série de escândalos que está envolvido.

A condenação inicial era de quatro anos, mas foi em seguida reduzida para um ano, em razão de uma lei de anistia aprovada em 2006 com o objetivo de reduzir a população carcerária.

No entanto, não se espera que o ex-premiê chegue a ir para a prisão. A sentença permite recurso a cortes superiores, cada uma das instancias costumam levar anos para julgar apelações, e a sentença só pode ser executada após confirmação por dois tribunais.

O caso pelo qual Berlusconi foi condenado se refere à compra de direitos de exibição de filmes americanos por suas várias redes de TV.

Berlusconi e outros réus são acusados de inflar artificialmente os preços dos direitos desses filmes, via duas empresas offshore controladas por ele. Parte do dinheiro seria desviada, em um esquema para pagar menos impostos.

O julgamento foi iniciado em 2006, mas interrompido diversas vezes, em parte devido a uma lei de imunidade que protegia Berlusconi enquanto ocupava o cargo de primeiro-ministro.

Ele também foi condenado nesta sexta a pagar 10 milhões de euros (cerca de R$ 26 milhões) e a ficar afastado de qualquer cargo público por três anos.

Como se fosse um petista brasileiro, ou um Maluf italiano, o cínico ex-primeiro-ministro costuma dizer que as acusações contra ele são motivadas por perseguição política e por um Judiciário com inclinações esquerdistas.

Figura dominante na política italiana há mais de 20 anos, Berlusconi não é o primeiro premiê do país a ser condenado por crimes.

Bettino Craxi, um socialista que ajudou Berlusconi a construir seu império na área de telecomunicações, fugiu do país para evitar a prisão após um julgamento por corrupção e morreu no exílio na Tunísia.

No caso de Berlusconi, apesar dos diversos processos relacionados a suas atividades empresariais, ele sempre conseguiu ser inocentado ou ser beneficiado pelo fato dos processos prescreverem (expirarem o prazo legal de tramitação).

O caso Mediaset é um dos quatro julgamentos que Berlusconi tem abertos em Milão. Berlusconi ainda é réu em três processos na Itália. No caso Ruby (apelido da jovem marroquina Karima el Marough) no qual é acusado de incitação à prostituição de menores e abuso de poder, no caso Mills por corrupção em ato judicial e, finalmente, no caso Unipol por suspeita de revelar segredo profissional.

O ex-Primeiro Ministro chegou a ser condenado três vezes em primeira instância em 1997 e 1998 que somavam um total de seis anos e cinco meses em regime fechado por corrupção, por contas falsas e financiamento ilegal de partido político. Porém, esse foi um dos casos que acabou se safando pela prescrição da pena.

Berlusconi renunciou em novembro do ano passado depois de 17 anos no poder. Ele perdeu maioria no Parlamento e oficializou sua renúncia depois da aprovação de um pacote de austeridade, em meio a crise na União Europeia. Foi sucedido por Mario Monti.

Dois dias antes da condenação, Berlusconi anunciou que não iria mais liderar seu partido nas eleições legislativas de 2013 para substituir o governo Mario Monti. Magnânimo, Silvio disse em discurso floreado que havia chegado a vez dos jovens.

26 de out. de 2012

Apagão atinge estados nordestinos outra vez. Pernambuco ficou 100% as escuras

BRASIL
Apagão atinge estados nordestinos outra vez
Pernambuco ficou 100% as escuras
Nove estados do Nordeste, além de áreas de Tocantins, Pará e DF foram atingidos pelo apagão. Problema foi causado por curto-circuito em linha de transmissão no Maranhão, segundo NOS. Há apenas 35 dias um mini apagão, proporcionalmente inferior, mas, similar a este, atingiu a região. Coincidencia ou não, os blackout acontecem nesta época de calor, quando os nordestinos recolhem-se para dormir e ligam o ar-condicionado, de IPI reduzido, recém comprado

Foto: Guga Matos/JC imagem

Avenida Agamenon Magalhães sob o apagão

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, G1

Um apagão à 23h14m de quinta-feira (0h14m de sexta no horário de Brasília) atingiu os nove estados da região Nordeste. Concessionárias de Ceará, Maranhão, Paraíba, Bahia e Pernambuco confirmaram o blecaute. A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), informou que todas as cidades pernambucanas foram atingidas pelo apagão.

As redes sociais informam ainda sobre a falta de energia no Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Piauí e parte dos estados do Pará, Tocantins, além de parte do Distrito Federal.

Em Belém e em Palmas a energia elétrica voltou pouco depois de 1h30m (horário de Brasília). Na manhã desta sexta-feira, a energia já havia sido restabelecida em todos os locais afetados. A região metropolitana do Recife só teve a energia restabelecida às 4hrs da manhã desta sexta-feira.

Segundo o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, em entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, um curto-circuito provocou o incêndio na linha de transmissão entre as estações de Colinas (MA) e Imperatriz (MA). Por causa disso, o sistema de segurança desligou a conexão entre os sistemas do Norte e do Nordeste ao do Sul e Sudeste.

Segundo Chipp, porém, as causas do curto-circuito serão analisadas em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico no fim da manhã desta sexta-feira. Mas Chipp adiantou, na entrevista, que aquele circuito é relativamente novo e o problema não deve ter sido causado por problemas de manutenção.

De acordo com a assessoria da Companhia de Eletricidade do Estado (Coelba) da Bahia, um problema no sistema interligado nacional, do ONS, afetou a região e atingiu todos os consumidores baianos.

É a segunda vez nos últimos 35 dias que ocorre um apagão na região Nordeste. Em 22 de setembro, segundo o ONS, um problema nas interligações Sudeste/Norte e Sudeste/Nordeste, atingiu o fornecimento de energia elétrica em parte da região Nordeste do país que ficou 30 minutos sem energia. De acordo com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), na ocasião, a interrupção no fornecimento de energia aconteceu em todos os estados da região, devido a um problema nas linhas de transmissão de energia elétrica que interligam as regiões Sudeste e Norte.

O último grande episódio de falta de energia no Nordeste aconteceu em fevereiro de 2011, quando um apagão atingiu sete Estados, afetando cerca de 40 milhões de pessoas.

Quando a chegada do verão no nordeste e a redução do IPI, para ar-condicionados, criam piques de consumo de energia, entre 22 e 23hrs, quando grande parte da população recolhe-se para dormir.

Não adiante ter ar-condicionado novo sem não se tem energia elétrica para fazê-lo funcionar. Está na hora de investir num gerador.