18 de ago. de 2012

“Se Collor pagar divida com mundo espiritual voltará à presidência!” – diz Pai Ralf

BRASIL - Pernambuco
“Se Collor pagar divida com mundo espiritual voltará à presidência!” – diz Pai Ralf
Em entrevista ao Diário de Pernambuco, o babalorixá, Pai Ralf, guru do casal Fernando e Roseane Collor, revela que Roseane, hoje evangélica, ao contrário do que disse no Fantástico, participava dos rituais de magia negra para proteger o ex-presidente; Collor, não voltou ainda à presidência, pois possui dívidas como o mundo espiritual; os réus do mensalão estão sendo castigados, por terem participado do impeachment de Collor.

Foto: Facebook

Pai Ralf ladeado pelos ilustres clientes, Fernando e Roseane Collor

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Diário de Pernambuco, Facebook - Pai Ralf

Pai Ralf, nome usado por Ralf Gerany Muniz De Melo, 54 anos, nas sessões de atendimento espiritual, diz que o casal Fernando e Rosane Collor, agora separado foram antigos clientes do terreiro Pena Branca.

O babalorixá, alagoano radicado em Olinda, diz que procurou o Diário para atender ordens da entidade espiritual Maria Padilha, a quem incorpora, para desmentir Roseane Collor, hoje evangélica, que afirmou no programa Fantástico da Globo, que era apenas uma espectadora de sessões de “macumba”, obrigada pelo ex-marido.

Pai Ralf garante, que por muitos anos, ela o procurava pessoalmente para pedira que fossem feitos trabalhos em busca de poder e para se livrar de problemas com a Justiça. Os rituais, que ocorreram entre 1993 e 1997, envolviam inclusive sacrifício de animais.

Foto: Facebook

Pai Ralf (Maria Padilha) com Rosane Collor durante uma das consultas da primeira dama ao Guru

Suzana Marcolino que foi assassinada junto com o seu namorado PC Farias, 1996
Pai Ralf afirma ter sido procurado por Rosane para livrá-la de um processo de desvio de verba da antiga Legião Brasileira de Assistência (LBA), órgão do governo federal de caráter filantrópico presidido pelas primeiras-damas e extinto em 1995.

Após esta primeira consulta, o Pai de Santo diz ter se encontrado pessoalmente com Fernando Collor, levado por Roseane, para livrá-lo do processo penal por corrupção passiva que respondia na época.

Pai Ralf decidiu tornar essa história pública após a entrevista dada por Rosane no Fantástico, no mês de julho, quando ela detalhou os rituais e afirmou não ter envolvimento direto com as práticas de feitiçaria. (Rosane briga na Justiça pelo aumento da pensão, de R$ 16 mil para R$ 40 mil).

Pai Ralf diz ter conhecido Rosane por intermédio de Suzana Marcolino, namorada de Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Collor à presidência e um dos pivôs do escândalo que levou o ex-presidente ao impeachment.

“Na época em que Collor foi afastado, eu tive uma visão dele deixando a presidência e sendo atingido por ovos podres. No mesmo período, fui atender em um salão de beleza de Maceió e conheci Suzana Marcolino, aquela que morreu com PC Farias.

Ela disse que era amiga de Rosane gostaria que eu fizesse uns trabalhos e então descobri que era a própria Rosane que queria meus serviços para absolvê-la no processo da LBA. Como pagamento, eu pedi para ajudar Fernando Collor, que estava na lama”, disse o pai de santo.


Fernando Color, a foto Oficial da Presidência
De acordo com Pai Ralf, a entidade Maria Padilha, que através dele atendia o casal, ficou indignada depois da entrevista de Rosane, por ela não ter falado sobre o tempo em que se envolvia em práticas ocultistas após o afastamento de Collor da presidência. “Estou dizendo apenas o que Maria Padilha está passando. Ela ficou revoltada por Collor não cumprir as dívidas espirituais. Rosane provocou a minha separação de Collor e Maria Padilha separou o casal. Acho que agora ela é evangélica para tirar dinheiro dele ou se promover. Uma pessoa cristã não pode agir como ela agiu, desprezando a entidade depois de tanto trabalho negro que fiz”, afirmou.

O umbandista também disse que caso Fernando Collor pague as dívidas que possui com o mundo espiritual, ele estará apto para voltar à Presidência da República. “Ele não pagou a dívida com as entidades. Collor tem que ir para a Igreja de São Jorge, no Rio de Janeiro, e no Recife ele deve subir as escadarias do Morro da Conceição e visitar o túmulo da “menina sem nome” (criança brutalmente assassinada e enterrada como indigente no Cemitério de Santo Amaro). Se fizer isso, voltará a ser presidente”, disse.

Para Pai Ralf, o julgamento do Mensalão também foi obra da entidade Maria Padilha. “Todos os que estão aí (no banco dos réus) lutaram pelo impeachment. Maria Padilha me disse que iria mostrar todos os inimigos dele na televisão e está aí. Até o presidente Lula era contra ele”.

Foto: Facebook

Pai Ralf, glorioso, incorporando a entidade espiritual Maria Padilha


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