Banda Pussy Riot, no banco dos réus, por desafiar Putin
RÚSSIA Banda Pussy Riot, no banco dos réus, por desafiar Vladimir Putin Por terem feito um protesto contra Putin, num igreja Ortodoxa, durante a campanha eleitoral da Rússia, três jovens artista integrantes de uma banda punk correm o risco de serem condenadas a 7 anos de cadeia. Artistas, intelectuais e a Anistia Internacional defendem que não houve crime e que as moças seja libertadas Foto: Associated Press Postado por Texto de Toinho de Passira Três jovens russas, Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Yekaterina Samutsevish, de 29, e Maria Alejina, de 24, integrantes da banda punk “Pussy Riot” (vagina amotinada), estão sendo julgadas num tribunal de Moscou sob a acusação de "vandalismo motivados por ódio religioso", crime que pelo Código Penal russo pode acarretar uma pena de até sete anos. O “ato criminoso” praticado pelas meninas, ocorreu em 21 de fevereiro e durou pouco mais de um minuto: encapuzadas, realizaram uma performance, no interior da catedral da Igreja Ortodoxa, Cristo Salvador, em Moscou. Com guitarras e alto-falantes, cantaram uma "oração punk" intitulada "Maria, mãe de Deus, tire Putin."
A oração contra Vladimir Putin, dentro de uma igreja era um protesto contra o apoio do patriarca Cirilo I, o líder da Igreja Ortodoxa russa, (o equivalente ao Papa da Igreja Católica), a Vladimir Putin durante a campanha eleitoral. Em março Putin acabou se elegendo Presidente da Republica pela terceira vez, numa eleição cheia de irregularidades praticadas em favor de Putin, que já era primeiro ministro, segundo monitores internacionais, que acompanharam a votação. O caso das jovens chamou a atenção do mundo, até a Anistia Internacional se pôs ao lado delas, pela desproporcionalidade da ação pública. Em qualquer lugar do mundo, uma irregularidade como essa, não seria tratado como um crime tão ofensivo. Na Rússia a Promotoria elaborou uma acusação que possui 3.000 páginas. A advogada pediu o prazo de 30 dias para tomar conhecimento detalhado da acusação, mas teve o seu pedido rejeitado. As três meninas estão presas desde fevereiro e tiveram todos os pedidos de habeas corpus negados. Há uma determinação judicial, torando elas submetidas a uma espécie de prisão preventiva com validade até janeiro de 2013. Há algo acontecendo na Rússia que preocupa inclusive o governo americano que já demonstrou preocupação como o julgamento das meninas do “Pussy Riot”. Foram aprovadas leis que castigam com severidade e anos de prisão atos de protestos, enquanto líderes oposicionistas são perseguidos e acusados de crimes, sem as necessárias provas legais, o que faz lembrar a velha Rússia da KGB, onde Putin trabalhou. Foto: Sergey Ponomarev/Associated Press A advogada das meninas, Violetta Volkova, afirma que o julgamento, está sendo conduzido de maneira "escandalosa" pelas autoridades judiciárias russas. Veja o vídeo da oração da banda “Pussy Riot” e sua polêmica oração punk contra Putin
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