Greves na refinaria Abreu e Lima causa prejuízo de R$ 44 milhões
BRASIL - PERNAMBUCO – Economia Greve na refinaria causa prejuízo de R$ 44 milhões A construção da refinaria Abreu e Lima envolve mais 40 mil trabalhadores. Essa poderosa força de trabalho, tem se rebelado mais da conta, causando estorvo e prejuízos. A situação é agravada por conta de uma clara disputa por espaços de representatividade entre sindicatos. O Sintepav-PE diz que acredita os tumultos e depredações, ocorridos semana passada, visam apenas desestabilizar a atuação legítima do sindicato. É provável que eles estejam falando, entre outros, do pessoal da “Liga Operária” que apoiou a revolta incendiária. Foto: Guga Matos/JC Images Postado por Toinho de Passira Os operários da refinaria Abreu e Lima estão em greve desde o dia 1º de agosto e apesar de suas reivindicações salariais terem sido conciliatoriamente negociadas com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), que representa os patrões, e com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), representantes dos trabalhadores, desde o dia (08), o movimento continua. O sindicato dos trabalhadores teriam acertado com a classe patronal um aumento salarial de 10,25%, com cesta básica de R$ 260 e equiparação salarial entre os operários das diferentes empresas que atuam em Suape. O Jornal do Comércio publica hoje, matéria, citando especialistas, dizendo que os prejuízos dos dez primeiros dias de paralização o custo dessa mão de obra ociosa, custou R$ 44 milhões. Na terça-feira (7), o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT) decretou a abusividade da greve e o desconto dos dias parados dos 44 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo de Suape, determinando que os operários deveriam retornar ao trabalho já no dia seguinte. Na quarta-feira, (08), segundo o Jornal do Comércio, ao invés de atenderem a determinação judicial, os operários transforam o canteiro de obras em cenário de guerra, quando foram informados pelo sindicato, em assembleia, da decisão da justiça de considerar a greve ilegal. A proposta feita pelo sindicato era de obedecer à ordem judicial, enquanto negociava detalhes das reivindicações com os patrões. Diante disse alguns grevista partiram para a agressão. Representantes do Sintepav e o trio elétrico do sindicato foram apedrejados pelos trabalhadores. Vários ônibus foram queimados. A polícia precisou atirar balas de borracha contra os manifestantes. Algumas pessoas ficaram feridas. Durante a confusão, os representantes do sindicato precisaram se esconder, com medo de serem mortos pelos trabalhadores revoltados. A situação ainda não se normalizou, o clima de tumulto voltou a tomar conta do canteiro de obras de instalação da Refinaria Abreu e Lima, na sexta-feira (10). Os operários que aceitaram o resultado das negociações resolveram voltar às atividades, mas foram impedidos de continuar a jornada, ameaçados por um arrastão da resistência grevistas armados com canos de ferro. A construção da refinaria Abreu e Lima assemelha-se a construção de uma pirâmide, pelo gigantismo. Um monumental formigueiro humano, de 41 mil pessoas, está envolvido no projeto. Essa poderosa força de trabalho está sendo disputada predatoriamente por diversas facções sindicais, que não aceitam o Sintepav-PE, ligado a “Força Sindical”, como único representante dos trabalhadores. Foto: Guga Matos/JC Images O Sintepav-PE está convencido que os tumultos não foram causados pelos operários que representa. Para tanto solicitou por oficio a Polícia Civil a designação de um delegado especial a fim de apurar os crimes ocorridos nos últimos dias na área da Refinaria Abreu e Lima. Foto: Guga Matos/JC Images Por outro lado o site da Liga Operária, subsidiária da “Liga Internacional de Luta dos Povos” tem outra versão para os fatos: dizem que os operários da Refinaria Abreu e Lima e de outras obras do Complexo Industrial Portuário de Suape que estão em greve contra péssimas condições de trabalho e por reajuste salarial, “atropelaram os pelegos do Sintepav-PE – filiado à Força Sindical. Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem |
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