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27 de mai. de 2014

Fernando Collor diz não ter relação com o doleiro preso, que depositou 50 mil na sua conta bancária

BRASIL - Operação Lava-Jato
Fernando Collor diz não ter relação com o doleiro
preso, que depositou 50 mil na sua conta bancária
O senador não explicou, da tribuna do Senado, porque o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jata, envolvido no escândalo da Petrobras, fez o deposito na conta dele, e por que ele não estranhou a oferenda. Teria sido pelos seus belos olhos?

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Collor, indignação contida para evitar mentir da tribuna

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, Epoca, Agência Brasil, Veja, Senado - Portal de Notícias

O ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL) negou nesta segunda-feira (26/05) ter qualquer relação com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal.

O juiz da 13ª Vara Criminal Federal do Paraná, Sérgio Fernando Moro, informou na quinta-feira passada ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que a Polícia Federal encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssf oito comprovantes de depósitos bancários em espécie no valor total de R$ 50 mil, em nome do senador Fernando Collor de Mello.

Os comprovantes foram encontrados durante busca e apreensão da Operação Lava-Jato feita em março no escritório do doleiro. O juiz informa ao ministro Zavascki que Collor de Mello não é investigado e apenas comunica a existência dos depósitos em nome do ex-presidente da República.

"Posso afirmar de forma e de modo categórico que não o conheço e jamais mantive com ele qualquer relacionamento de forma pessoal ou político", afirmou.

Durante o pronunciamento de 18 minutos da tribuna do Senado assistido por apenas três senadores, Collor não negou ter recebido os depósitos, mas não esclareceu os motivos para o recebimento do dinheiro em sua conta. O ex-presidente anunciou que vai pedir à Polícia Federal, ao juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, e ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, acesso aos documentos da operação Lava Jato que mencionam os repasses.

O senador do PTB disse que não conhece o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que estava preso e foi solto na semana passada por ordem do Supremo. Afirmou conhecer Pedro Paulo Leoni Ramos, que foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos durante seu mandato presidencial. "Mantenho com ele e a família relação há mais de 30 anos de amizade e de respeito", declarou.

Uma empresa de PP, como Pedro Paulo é conhecido, havia feito um pagamento de R$ 4,3 milhões para uma consultoria de Paulo Roberto Costa e a suspeita da PF é de que Collor seria um dos beneficiários do esquema de distribuição de propina a políticos a partir do desvio de recursos da Petrobrás.

No pronunciamento, o ex-presidente fez questão de citar a manifestação do juiz Sérgio Moro, que, ao enviar toda a operação Lava Jato para o Supremo semana passada, isentou-o de envolvimento com a operação. "Observo que não há qualquer indício do envolvimento do referido parlamentar nos crimes que já foram objeto das aludidas oito ações penais propostas", destacou.

Collor atacou a revista Veja por ter, segundo ele, feito uma publicação seletiva de informações com o intuito de atingi-lo.

"Desde a primeira reportagem da Veja, ficou clara a tentativa de vincular o meu nome à chamada Operação Lava Jato da Polícia Federal. É isso que eles querem, estão loucos. E mais uma vez eles vão levar uma tunda e vão se arrepender pelo resto da vida", afirmou. "Não convém de forma prematura alimentar uma contenda contra um veículo cujo único objetivo é me acusar, condenar e me denegrir perante a opinião pública", completou.

Collor foi seletivo e cauteloso nas suas declarações, pois se for pego mentindo na tribuna do senado, pode ter o mandato cassado. Sua indignação foi contida, pois, sem acesso ao processo, ainda não sabe o que de verdade existe contra ele nos autos. Sua “inocência e indignação” ao que parece serão diretamente proporcional ao tamanho das provas existentes.

11 de mai. de 2013

Absolvidos seguranças acusados de envolvimento nos assassinatos de PC Farias e Suzana Marcolino

BRASIL – Justiça - Alagoas
Absolvidos seguranças acusados de envolvimento
nos assassinatos de PC Farias e Suzana Marcolino
Os seguranças de PC Farias, foram inocentados de participação da morte do mafioso tesoureiro da campanha de Fernando Collor e sua namorada. Os jurados avaliaram, porém, que os dois foram assassinados, não acatando a tese da defesa de que Suzana teria matado PC e suicidado em seguida. O promotor Marcos Mousinho havia comentado na sua treplica: "Só quem sabe [quem matou PC Farias e Suzana] são eles (os seguranças). Não vamos ter ilusões: nós nunca saberemos", disse. A sentença foi lida após cinco dias de julgamento.

Foto: Jonathan Lins/G1

Réus se emocionam durante leitura da sentença

Postado por Toinho de Passira
Fontes: UOL, Agência Brasil, G1, Primeira Edição, Tribuna Hoje, Gazeta de Alagoas,
Alagoas 24 horas

O júri popular do Tribunal do Júri do Fórum de Maceió decidiu absolver os quatro seguranças acusados pela morte de Paulo César Farias, o PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, crime ocorrido em 1996. A sentença foi lida em plenário nesta sexta-feira (10), após cinco dias de julgamento.

A plateia aplaudiu o resultado, e os familiares agradeceram a Deus. O juiz Maurício Breda pediu que o irmão de PC Farias, Augusto, seja denunciado por corrupção ativa. Devido a provas exibidas durante o julgamento.

PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos em uma casa de Praia de Guaxuma, Alagoas, em junho de 1996.

O veredicto foi por maioria, 3x4. Os jurados entenderam que houve o crime de duplo homicídio, e não de suicídio, como queria a defesa.

Os jurados entenderam também que três dos seguranças tinham o dever legal de impedir o crime, e podiam tê-lo feito, mas não deveriam ser condenados por omissão. "Eles foram absolvidos por clemência", afirmou o juiz.

Os policiais Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, então seguranças de PC Farias, foram acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por não terem impedido as mortes.

Durante a leitura da palavra "absolvidos", os familiares dos réus comemoraram no plenário, e José Geraldo ajoelhou-se em frente ao banco dos réus. Ao final, muitos aplausos.

Os réus se abraçaram e choraram no plenário. Reinaldo disse que esperava o resultado. "Estou aliviado e dever cumprido. Estava com a consciência tranquila", disse.

Foto: Itawi Albuquerque/ TNH1
Augusto Farias, irmão de PC Farias, será denunciado por corrupção ativa. Apontado como mandante dos crimes teria oferecido propina aos delegados do caso
A sentença foi lida no plenário do Fórum de Maceió às 21h pelo juiz Maurício Breda, que decidiu pedir que o irmão de PC Farias, Augusto César Farias, seja denunciado pelo crime de corrupção ativa.

Breda informou que vai encaminhar ao Ministério Público uma gravação de dois delegados que, no júri, acusaram Augusto de ter oferecido propina para que ele não fosse investigado, por meio de um jornalista, em 1999.

Augusto chegou a ser apontado como mandante das mortes, mas o inquérito foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas. Ele tinha foro privilegiado.

"Não há como ter operado a prescrição pela prática do crime de corrupção ativa", afirmou o magistrado.

O advogado José Fragoso Cavalcante afirmou estar "satisfeitíssimo" com o veredicto, e o promotor Marcos Mousinho anunciou que vai recorrer. "Os réus reconheceram que houve um duplo homicídio.

Tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, PC Farias era apontado como uma das pessoas mais próximas do então presidente. Ele foi denunciado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. No dia 23 de de junho ambos foram mortos a tiros em um crime que permanece não esclarecido.

O promotor do caso tem cinco dias para decidir se vai recorrer da decisão.

6 de mai. de 2013

Quem matou PC Farias, o tesoureiro de Collor? No banco dos réus os culpados ou bodes expiatórios?

BRASIL - Justiça
Quem matou PC Farias, o tesoureiro de Collor?
No banco dos réus os culpados ou bodes expiatórios?
Quatro PMs que na condição de seguranças particulares faziam a segurança da casa de praia do empresário Paulo César Farias, O tesoureiro das campanhas eleitorais o ex-presidente Fernando Collor, estão sentados no banco dos réus num tribunal em Maceió. Quer eles sejam condenados ou não, ninguém jamais saberá a verdade sobre o crime que aconteceu há 17 anos e só agora está sendo julgado.

Foto: Arquivo

O poderoso PC Farias, o homem de confiança do ex-presidente Fernando Collor, tesoureiro na sua campanha para Governador de Alagoas e de Presidente do Brasil.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Agência Brasil, G1 - Alagoas, Estadão, Veja, Gazeta de Alagoas, Extra - Alagoas

Quase 17 anos após a morte do empresário Paulo César Farias, o PC, e de sua namorada, Suzana Marcolino, começa nesta segunda-feira o julgamento de quatro acusados de envolvimento no caso. O casal foi encontrado morto a tiros em 23 de junho de 1996, na casa de praia do empresário, em Maceió. As circunstâncias do crime nunca foram esclarecidas.

Inicialmente, a polícia defendeu a tese de que Suzana matou o namorado e, então, tirou a própria vida. Mas após a elaboração de novos laudos, cresceu a suspeita que a morte do casal teria sido um duplo homicídio. Em 1999, quatro seguranças do empresário e o irmão de PC, Augusto Farias, foram indiciados pelo crime. Augusto foi apontado como o mandante.

À época deputado federal pelo PPB (hoje PP), Augusto contou com foro privilegiado e seu caso foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal, que acabou decidindo pelo arquivamento em 2005, após um parecer favorável do Ministério Público Federal.

Foto: Itawi Albuquerque/Futura Press/Estadão

CULPADOS? - Estão no banco dos réus os policiais militares que atuavam como seguranças do empresário, vivos ainda, porque preferem assumir a culpa e ir para cadeia, do que falar o que sabem e morrer.

Já os quatro seguranças, Adeildo dos Santos, Josemar dos Santos, José Geraldo da Silva e Reinaldo Correia de Lima Filho, não conseguiram que seus processos fossem arquivados. Segundo a promotoria, eles são acusados de participação ou terem sido omissos, uma vez que deveriam zelar pela segurança de PC. No momento do crime, eles eram, além de Suzana, as únicas pessoas presentes na mansão do empresário. Já que o Ministério Público não crê na tese de crime passional, a suspeita recaiu sobre os seguranças.

O julgamento começou na tarde desta segunda-feira, a sentença só deve ser proferida pelo juiz Maurício Breda, da 8ª Vara Criminal, daqui a quatro ou cinco dias. No total, serão ouvidas mais de 25 testemunhas entre acusação e defesa.

PC Farias foi a cabeça do esquema corrupto instaurado no governo Collor no início dos anos 90. Em troca de dinheiro, facilitava a vida de empresários interessados em tocar obras públicas, aproveitando-se da influência que exercia sobre o então presidente. PC nomeou, demitiu e influenciou as decisões do governo. Comandando um esquema de poder paralelo, traficou influência e desviou recursos públicos.

O ex-presidente Fernando Collor, beneficiado com o silêncio eterno de PC Farias?
Em 1993, ao ter sua prisão preventiva decretada, PC fugiu do país para a Tailândia - e voltou algemado. No ano seguinte, foi condenado a sete anos de prisão por falsidade ideológica e sonegação fiscal, mas fugiu do país em seguida. Cumpriu um ano e meio de prisão, até obter a liberdade condicional por decisão do Supremo Tribunal Federal. Fora da cadeia, tentou retomar sua vida como empresário, até que foi encontrado morto.

Existem muitos fatos e versões sobre esse misterioso assassinato. Histórias e estórias invadiram Alagoas e o país. Dizia-se que haviam sidos os irmãos de PC Farias, os mandantes dos crimes, para quem o empresário havia disponibilizado a maior parte do dinheiro da corrupção, temendo que a justiça confiscasse sua riqueza.

Agora que estava em liberdade, exigia o dinheiro de volta, com correção monetária, já que eles haviam enriquecido aplicando o dinheiro em negócios e no mercado de capitais. Sem querer devolver o recebido eles teriam eliminado o irmão mafioso.

Falou-se também, que a polícia e a justiça alagoana contribuíram para manter o caso insolúvel. Os irmãos, antes que fosse feitas perícias mais detalhadas na cena do crime, autorizaram que o cômodo fosse lavado, desmontassem a cena do crime e inclusive que o colchão, onde os dois haviam morrido fosse queimado, apagando, o máximo possível, as prováveis evidências.

Noutra teoria conspiratória, imaginou-se que a morte de Paulo César fosse uma queima de arquivo, por saber demais e está ameaçando abrir a boca, revoltado por ter sido ele, o único penalizado e preso. Fernando Collor, no caso, era o mais reluzente suspeito e beneficiário do desaparecimento de PC.

Por fim, comentou-se que a maior parte da fortuna que Paulo César conseguiu através da corrupção, inclusive o quinhão do butim que seria dividido com o ex-presidente, hoje senador Fernando Collor, estaria perdida, depositada numa conta numerada, na Suíça, cujo número e instituição só ele sabia.

Entrou pela perna do pinto...

Foto: Dida Sampaio/Estadão

CENA DO CRIME - Os corpos de Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino da Silva, encontrados na casa de praia de PC, em Maceió (AL).


18 de nov. de 2012

Em dez anos, PT dobra o número de ministérios

BRASIL - Política
Em dez anos, PT dobra o número de ministérios
O número de Ministérios do Governo Dilma subira para 39, em poucas semanas, já há planos para o 40º Ministério, inchando ainda mais a máquina administrativa e a folha de pagamento do governo federal. Nos tempos de Fernando Henrique Cardoso eram 22 e no de Fernando Collor, 12. A Alemanha, a quarta maior economia do Mundo, possui apenas 16 ministérios.

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Ministros saindo pelo ladrão - O salão oval não consegue mais suportar o grande número de ministro, nessa reunião no começo do ano, eram 38, em breve serão 40, daqui a pouco haverá uma sala anexa, onde alguns ministros participarão da reunião através de um telão.

Postado por Toinho de Passira
Fonte: O Globo

A reportagem de Maria Lima, para o Globo, mostra que desde que chegou ao poder o Partido dos Trabalhadores quase que dobrou o número de ministérios. É visível que não se trata de uma preocupação de melhorar o gerenciamento do governo, a motivação primordialmente é acomodar políticos dos partidos aliados, uma espécie de mensalão ministerial.

Quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, em 2002, a esplanada dos ministérios abrigava 21 ministérios (aí incluídas as secretarias com status de ministérios). Lembrar que FHC recebia permanentes críticas do PT e de Lula, pelo número excessivo de ministérios.

Durante o governo petista, Lula-Dilma, quase dobrou número de ministros, o ano de 2012 termina com 38 titulares ocupando os ministérios, e com o 39º ministério, o da Pequena e Micro Empresa, prestes a ser ocupado. A presidente Dilma Rousseff ainda pode ampliar esse recorde e chegar a 40ª pasta, se cumprir a promessa de criar o Ministério da Irrigação Nacional, feita aos governadores do Nordeste no início do ano.

Para fazer funcionar esses ministérios, no mesmo período aumentou também o número de servidores ativos do Executivo Federal e, por consequência, o custo da folha de pagamento. O contingente de servidores passou de 809,9 mil para 984,3 mil. Já os salários, que consumiam R$ 59,5 bilhões em 2002 (ou R$ 115,9 bilhões em valores já corrigidos), chegaram a R$ 154,5 bilhões até agosto deste ano.

A ocupação da cadeira de ministro acontece, em quase toda sua totalidade, pelo critério político. Há um indisfarçável loteamento ministerial. Cada partido da base aliada tem proporcionalmente, baseado no número de parlamentares que possuem no congresso, direito a uma fatia ministerial do governo.

Cada um desses ministérios são verdadeiros feudos. A expressão “ministério de porteira fechada” significa que o partido ganhou um ministério para administrar, com todos os poderes para nomear todos os cargos de direção das empresas e órgãos que integram a pasta.

Seguindo a regra presidencial, os ministros escolhem esse presidentes de estatais e diretores de órgãos públicos federais, no mesmo critério político e esses dirigentes, espalham a influência do partido pela empresa, autarquia ou repartição, acomodando os correligionários, dentro dos seus feudos.

Por esse critério é que desde 2008, o advogado Edison Lobão, apadrinhado por José Sarney, ocupa como parte de cota do PMDB e sem o menor conhecimento técnico, o Ministro das Minas e Energias (vide apagões).

Outro exemplo clássico é o Ministério da Pesca, que foi criado no início do Governo Lula, para abrigar o PT de Santa Catarina e hoje hospeda evangélicos do PRB do ministro Marcelo Crivella (RJ), que ao ser nomeado, confessou aos jornalistas que nunca pôs uma minhoca num anzol e nem sabia dados sobre a pasta que iria ocupar, como, por exemplo, a extensão do litoral brasileiro. (O litoral do Brasil tem 7.408 quilômetros de extensão, ou 9.198 se forem computadas todas as reentrâncias).

Essa versão do mensalão, em novo formato, é praticado a luz do dia, sem nenhum pejo ou disfarce, uma espécie de cracolândia presidencial, onde o governo federal loteia o poder e o acesso aos cofres públicos, como se fora o butim de uma ação criminosa.

Nesse momento, por exemplo, a presidenta Dilma está oferecendo, ao PSD do prefeito Gilberto Kassab, como moeda de troca por apoio no Congresso, o Ministério da Pequena e Micro Empresa, que é ainda um feto, pois teve sua criação aprovada pela Câmara. há pouco mais de uma semana, mas só virá ao mundo quando conseguir a concordância do Senado.

Segundo a jornalista Maria Lima, esta fatia ofertada ao PSD, já faz parte do projeto de reeleição de Dilma, em 2014. Kassab já declarou esse apoio, mas seu partido, com 54 deputados, ainda tenta melhorar a proposta presidencial, quem sabe com a criação de mais um ministério?

O estouro do número de ministérios para acomodar novos partidos da base governista, sindicatos e movimentos sociais ocorreu no primeiro governo Lula, que pulou das 21 pastas do último ano do governo Fernando Henrique Cardoso para 34 no primeiro mandato petista, 37 no segundo e 39 com Dilma. Constate-se que no governo Collor existiam apenas 12 ministérios.

Economistas avaliam que a criação de pastas apenas para acertos políticos, sem levar em conta a lógica econômica ou de melhoria dos serviços públicos, compromete as contas públicas, num momento de estouro da meta de superávit primário, descontrole do gasto com custeio e baixo investimento em áreas estratégicas, como infraestrutura.

Foto: Hermínio Oliveira/ABr

ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS, BRASILIA Como nos presídios brasileiros, há uma insuportável superlotação de Ministérios. Só para se ter uma ideia do gigantismo da máquina administrativa brasileira, com 38 ministérios, a vizinha Argentina tem 16 ministérios, o Chile, 22, e a Alemanha, a quarta maior economia do Mundo, também 16.

O gigantismo e o domínio partidário de uma fatia do governo é terreno fértil para a corrupção, desmandos e entrave no funcionamento.

Os ministérios sucessivos são criados para administrar fragmentos antes sob a alçada de outros ministérios, às vezes acabam superpondo atividades e na maioria dos casos, piorando a qualidade do serviço que era prestado anteriormente.

A criação da pasta da Pequena e Micro Empresa é considerada dispensável, porque já há outros órgãos que cuidam especificamente das políticas do setor: Sebrae (sistema S); a Apex (Agência de Promoção de Exportações), que estimula as pequenas empresas; e um grupo ministerial permanente, com representantes dos ministérios, coordenando os programas desses órgãos.

O economista Mansueto Almeida, do Ipea, alerta para a criação de um emaranhado de estruturas que se misturam, sem resultados satisfatórios. No caso da Irrigação, já há três ministérios que, teoricamente, deveriam resolver esse problema: Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Integração Nacional, além de órgãos como Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco).

O gigantismo é tal, que existe claramente ministros de primeira, segunda e até de terceira classe. Há ministros que jamais despacham com a presidenta Dilma, estiveram com ela, apenas no ato da posse, depois disso só a avistam de longe, em festas de lançamento de programas.

As reuniões ministeriais com a presidência, de parte desses ministros, é terceirizada, são feitas junta a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Hoffmann, porém, não consegue atender toda a demanda e subloca parte desses “desprestigiados” para despachar com outros ministros, terceirizando a terceirização.

São tantos e tão variados os ministros, que por vezes tem a entrada barrada, por subordinados, que não lhe conhecem, na entrada de prédios públicos de órgãos do próprio ministério. Não é raro vê-se no ministério da Casa Civil, uma fila de ministro esperando o elevador.

Em resumo, a politica ministerial é uma torre de babel, os ministros, na grade maioria, não possuem afinidades com a atividade que administram, não se conhecem, agem individualmente, cada um defende apenas sua facção partidária, não conversam entre si, e estão focados apenas nas próximas eleições, dando bananas para o futuro do país.

Não se surpreendam se em breve tivermos os Ministérios das Bananas: Ministério da Banana-nanica, Ministério da Banana-da-terra, Ministério da Banana-prata, Ministério da Banana Banana-maçã, etc.


14 de out. de 2012

Collor paga funcionários particulares com dinheiro do contribuinte

BRASIL – Corrupção
Collor paga funcionários particulares
com dinheiro do contribuinte
Pelo menos três funcionarios nomeados para servirem no Gabinete do Senador alagoano, prestam irregularmente serviços de natureza pessoal ao parlamentar. Um deles cuida dos célebres jardins da Casa da Dinda

Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

HIENA - Senador Fernando Collor, rindo à toa

Postado por Toinho de Passira
Texto de Andrei Meireles para a revista Época
Fontes: Revista Época

Acemilton Gonçalves da Silva não precisa bater ponto, mas é um trabalhador pontual. Todo dia, por volta das 8 da manhã, dá início a sua exaustiva jornada de trabalho. Acemilton é jardineiro, mas, se preciso, quebra uma como encanador e eletricista. Ele detém uma das funções mais delicadas da República: manter a boa aparência dos célebres e exuberantes jardins da Casa da Dinda, residência da família Collor de Mello desde a década de 1960 e atual morada do senador Fernando Collor (PTB-AL) em Brasília. São jardins inesquecíveis – especialmente para os contribuintes.

Durante o curto período de Collor na Presidência da República, entre 1990 e 1992, os jardins da Dinda receberam cascatas e lagos artificiais. A obra foi calculada na ocasião em cerca de US$ 2,5 milhões. Dinheiro não era problema naquele tempo. Os recursos haviam sido fornecidos pelo ex-tesoureiro de campanha de Collor, Paulo César Farias, o PC, que os arrecadara com empresários que dependiam do governo. As fotos do local entraram para a história como um dos indícios de corrupção que, meses depois, derrubariam Collor.

Foto: Igo Estrela/ÉPOCA

SUJEITO OCULTO - O jardineiro Acemilton Gonçalves da Silva, entre as folhagens em frente à Casa da Dinda (acima). Contratado secretamente, Acemilton recebe do Senado para cuidar das plantas na casa de Collor

Há dez dias, Acemilton, como de hábito, chegou à Dinda pontualmente às 8 horas e estacionou seu Golzinho num imóvel em frente à casa. Quando buzinou para que abrissem o portão, foi informado da presença de um fotógrafo de ÉPOCA nas imediações. Acemilton deu meia-volta, parou o carro longe da calçada e entrou às carreiras na Casa da Dinda. Vestia um macacão marrom e calçava botas. Meia hora depois, apareceu atrás de um arbusto, espiando o movimento na rua. Mineiro, de 47 anos, Acemilton é um homem simples. Tem consciência de que sua situação é irregular.

Acemilton trabalha de macacão, mexe na terra com pás e usa tesouras de poda – mas, para o Senado, não é um jardineiro. É assistente parlamentar no gabinete do senador Collor, designado pela sigla burocrática AP08, com salário de R$ 2.200 mensais. Acemilton, portanto, é empregado doméstico de Collor. Mas quem paga seu salário é o Senado. Melhor dizendo, o contribuinte brasileiro lhe paga para cuidar dos jardins da Casa da Dinda. Questionado por telefone sobre sua situação, Acemilton balbuciou algumas palavras sem sentido. “Você não pode falar essas coisas do Acemilton sem a autorização do Acemilton”, disse... Acemilton.

Foto: Agência Globo

A Casa da Dinda, nos áureos tempos, quando Collor era presidente

O cuidado de Collor com a Casa da Dinda parece estar sempre ligado ao acesso a recursos públicos. Logo depois de deixar a Presidência, em 1992, Collor morou lá um curto período. Depois, mudou-se para Miami. A Casa da Dinda passou anos abandonada. Collor foi eleito senador em 2006 e, em 2010, reformou a Casa. Acemilton foi nomeado por Collor em fevereiro de 2007, uma semana depois da posse como senador. Até nesse ponto o tema é envolto em dribles à lei. No procedimento burocrático, a nomeação saiu no ato número 1.343, de 7 de fevereiro de 2007, assinado pelo então diretor adjunto, José Alexandre Gazineo. Esse era um dos famosos atos secretos do Senado – conjunto de mais de 500 medidas baixadas durante anos pela burocracia da Casa, que, ao contrário do que manda a lei, não foram publicadas. A trapaça foi descoberta em 2009 e provocou um dos maiores escândalos da história do Senado. Descobriu-se, na ocasião, que uma série de falcatruas foram cometidas por meio de atos que ficavam escondidos. Entre elas, centenas de cargos de direção foram criados às escondidas para pagar altos salários a apaniguados.

Frise-se: servidores dos gabinetes de senadores, como Acemilton, são pagos pelo Senado para ajudar o senador a desempenhar suas funções legislativas. Desvios de função como o ocorrido com Acemilton são proibidos. Só estão dispensados de ir ao Senado aqueles funcionários contratados sem concurso, que trabalham nos escritórios políticos nos Estados de origem dos senadores. Acemilton não se enquadra nessa condição. Nem está sozinho. Outras duas colegas de gabinete são pagas para trabalhar no Senado e prestam serviços particulares a Collor.

Oficialmente, as arquivistas Carmem Valéria Soares Rocha e Sandra Regina Sasaki são assistentes parlamentares da categoria AP04. É um cargo comissionado, para o qual o senador pode nomear quem quiser. O salário mensal é de R$ 6.400. Mas Carmem e Sandra dão expediente no Centro de Memória do Presidente Fernando Collor – uma ampla casa branca em frente à Casa da Dinda.

A casa tem salas de reunião, uma biblioteca com 30 mil volumes e o acervo sobre a passagem de Collor pela Presidência da República. Não está aberta ao público.

“A Sandra e a Carmem nos ajudaram a organizar o acervo e a biblioteca”, diz o general da reserva Marco Antônio Sávio Costa, ex-assessor de Collor, que chefiou o Centro de Memória de Collor até maio do ano passado. “Elas tinham experiência por ter trabalhado na biblioteca do Palácio da Alvorada.” Como no caso de Acemilton, Carmem e Sandra são pagas com dinheiro público para prestar serviços particulares a Collor. Por decisão de Collor, Acemilton, Carmem e Sandra não precisam bater ponto diariamente, como os outros milhares de servidores do Senado.

Em nota enviada a ÉPOCA, o chefe de gabinete de Collor, Joberto Mattos de Sant’Anna, respondeu que o jardineiro Acemilton não é jardineiro. “Desempenham, os três servidores (Acemilton, Carmem e Sandra), como assistentes parlamentares, as atividades de apoio que lhes são determinadas”, diz o texto.

Além das fotos feitas na Casa da Dinda, Acemilton se identifica como jardineiro numa ficha no Sistema de Identificação do Distrito Federal. Nunca foi visto no gabinete de Collor. Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Senado afirma que é de “responsabilidade de cada gabinete a definição das atividades desenvolvidas pelos seus servidores”. Para o Senado, portanto, Acemilton não precisa ficar na moita.

29 de set. de 2012

Há 20 anos, Fernando Collor de Mello sofria processo de impeachment

BRASIL
Há 20 anos, Fernando Collor de Mello,
sofria processo de impeachment
Collor foi o primeiro presidente do Brasil a sofrer processo de impeachment

Foto: Agência Estado

O presidente Fernando Collor de Melo no dia da posse com a esposa Roseane Collor, no parlatório, Palácio do Planalto, 1990

Postado por Toinho de Passira
Texto de Iolando Lourenço e Mariana Jungmann para a Agência Brasil
Fontes: Época, Agência Brasil

Há exatos 20 anos, o Brasil assistiu à abertura do processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo, aprovado por 441 votos na Câmara dos Deputados. Collor foi o primeiro presidente da República eleito pelo voto direto após o regime militar, ao derrotar em segundo turno o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. As primeiras denúncias contra Collor surgiram após os 100 primeiros dias de mandato e diziam respeito a um esquema de corrupção montado pelo ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias – conhecido como PC Farias. As denúncias, intensamente divulgadas pela imprensa, culminaram com a criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito, a CPI do PC.

Foto: Fernando Maia/Agência O Globo.jpg

Na faixa do protesto dos estudantes, o slogan definitivo do movimento: ‘Fora Collor

As denúncias de corrupção, associadas ao desgaste do então presidente em função da implementação de planos de estabilização da economia, levaram mais tarde à mobilização popular e à aprovação do pedido de impeachment. Os planos econômicos, chamados de Collor I e Collor II, consistiam basicamente em tentar controlar a inflação, que já vinha alta desde o governo anterior de José Sarney. No primeiro momento os planos surtiram efeito, mas o confisco do dinheiro da população nos bancos e a volta da alta da inflação começaram a provocar insatisfação do povo com o presidente.

Muitas empresas e até pessoas físicas faliram quando o governo determinou que todas as contas bancárias poderiam ter saldo máximo de Cr$ 50 mil (cinquenta mil cruzeiros, a moeda da época). Impedidos de arcar com os compromissos financeiros, os empresários foram os primeiros a abandonar o apoio a Collor. Além disso, denúncias como as de desvio de dinheiro público para a construção dos jardins na residência oficial, chamada de Casa da Dinda, e o pagamento de vultosas despesas do casal presidencial, com dinheiro das empresas de PC Farias, levaram o povo às ruas pedindo a saída do presidente.

Duas entrevistas foram determinantes para a mobilização popular. Primeiro o irmão do presidente, Pedro Collor, à revista Veja, denunciando o chamado esquema PC e o desvio de verbas públicas para as empresas do ex-tesoureiro de campanha. Depois, o motorista Francisco Eriberto França confirmou à revista Isto É ter feito pagamentos para Fernando Collor e sua esposa, Rosane Collor, com cheques e valores que buscava nas empresas de PC Farias.

A conclusão dos trabalhos da CPI do PC, com relatório que considerou as denúncias procedentes, foi outro fator que incentivou a mobilização popular. O movimento Fora Collor era formado principalmente por estudantes, os chamados "Caras Pintadas", e por mais pessoas ligadas às universidades, os professores. Diante do clamor da sociedade civil, os presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Lavanère, e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Barbosa Lima Sobrinho, entregaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro, o pedido de impeachment com mais de 20 mil assinaturas.

Pinheiro acolheu o pedido e designou o então deputado Nelson Jobim como relator, que posteriormente apresentou parecer favorável ao impedimento do presidente da República de prosseguir no mandato. No dia 29 de setembro de 1992, Ibsen Pinheiro abriu a sessão de votação pelo impeachment de Fernando Collor de Melo em um Congresso Nacional cercado por milhares de manifestantes Caras Pintadas. Com 441 votos favoráveis, 38 contrários, 23 ausências e 1 abstenção, a Câmara dos Deputados decidiu pelo afastamento imediato do presidente da República de suas funções e autorizou o Senado Federal a abrir processo de cassação de mandato e dos direitos políticos.

Foto: Sérgio Marques/Agência Globo

Abraçados, Collor e Rosane saem do Palácio do Planalto após o Congresso ter determinado o afastamento temporário, do presidente, durante a investigação

No dia 2 de outubro, Collor foi comunicado de seu afastamento temporário pelo período que durasse o processo de impeachment e o então vice-presidente da República, Itamar Franco, assumiu o cargo. Itamar permaneceria na cadeira presidencial até o fim do mandato, em 1994.

A cassação de Fernando Collor de Melo foi confirmada por 76 votos favoráveis e dois contrários no Senado Federal, em 29 de dezembro de 1992. O ex-presidente ainda tentou uma manobra para evitar a perda de seus direitos políticos. Depois de aberta a sessão no Senado, o advogado de defesa de Collor, José Moura Rocha, apresentou aos senadores a carta de renúncia dele. A tentativa, no entanto, foi em vão, e a cassação foi confirmada.

Em 1994, o ex-presidente foi absolvido no Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de corrupção passiva por falta de provas. A absolvição na ação penal, entretanto, não o livrou da suspensão dos direitos políticos por oito anos, a contar da data do que seria o término do seu mandato presidencial, em 1994. Collor voltou à cena política do país apenas em 2002, quando tentou se eleger governador de seu estado, Alagoas, mas foi derrotado.

Em 2006, ele se elegeu senador e passou a ocupar uma cadeira no plenário que cassou seus direitos políticos. Em 2010, o senador Collor tentou novamente governar seu estado, mas ficou em terceiro lugar nas eleições. O mandato dele no Senado termina em fevereiro de 2015.


18 de ago. de 2012

“Se Collor pagar divida com mundo espiritual voltará à presidência!” – diz Pai Ralf

BRASIL - Pernambuco
“Se Collor pagar divida com mundo espiritual voltará à presidência!” – diz Pai Ralf
Em entrevista ao Diário de Pernambuco, o babalorixá, Pai Ralf, guru do casal Fernando e Roseane Collor, revela que Roseane, hoje evangélica, ao contrário do que disse no Fantástico, participava dos rituais de magia negra para proteger o ex-presidente; Collor, não voltou ainda à presidência, pois possui dívidas como o mundo espiritual; os réus do mensalão estão sendo castigados, por terem participado do impeachment de Collor.

Foto: Facebook

Pai Ralf ladeado pelos ilustres clientes, Fernando e Roseane Collor

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Diário de Pernambuco, Facebook - Pai Ralf

Pai Ralf, nome usado por Ralf Gerany Muniz De Melo, 54 anos, nas sessões de atendimento espiritual, diz que o casal Fernando e Rosane Collor, agora separado foram antigos clientes do terreiro Pena Branca.

O babalorixá, alagoano radicado em Olinda, diz que procurou o Diário para atender ordens da entidade espiritual Maria Padilha, a quem incorpora, para desmentir Roseane Collor, hoje evangélica, que afirmou no programa Fantástico da Globo, que era apenas uma espectadora de sessões de “macumba”, obrigada pelo ex-marido.

Pai Ralf garante, que por muitos anos, ela o procurava pessoalmente para pedira que fossem feitos trabalhos em busca de poder e para se livrar de problemas com a Justiça. Os rituais, que ocorreram entre 1993 e 1997, envolviam inclusive sacrifício de animais.

Foto: Facebook

Pai Ralf (Maria Padilha) com Rosane Collor durante uma das consultas da primeira dama ao Guru

Suzana Marcolino que foi assassinada junto com o seu namorado PC Farias, 1996
Pai Ralf afirma ter sido procurado por Rosane para livrá-la de um processo de desvio de verba da antiga Legião Brasileira de Assistência (LBA), órgão do governo federal de caráter filantrópico presidido pelas primeiras-damas e extinto em 1995.

Após esta primeira consulta, o Pai de Santo diz ter se encontrado pessoalmente com Fernando Collor, levado por Roseane, para livrá-lo do processo penal por corrupção passiva que respondia na época.

Pai Ralf decidiu tornar essa história pública após a entrevista dada por Rosane no Fantástico, no mês de julho, quando ela detalhou os rituais e afirmou não ter envolvimento direto com as práticas de feitiçaria. (Rosane briga na Justiça pelo aumento da pensão, de R$ 16 mil para R$ 40 mil).

Pai Ralf diz ter conhecido Rosane por intermédio de Suzana Marcolino, namorada de Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Collor à presidência e um dos pivôs do escândalo que levou o ex-presidente ao impeachment.

“Na época em que Collor foi afastado, eu tive uma visão dele deixando a presidência e sendo atingido por ovos podres. No mesmo período, fui atender em um salão de beleza de Maceió e conheci Suzana Marcolino, aquela que morreu com PC Farias.

Ela disse que era amiga de Rosane gostaria que eu fizesse uns trabalhos e então descobri que era a própria Rosane que queria meus serviços para absolvê-la no processo da LBA. Como pagamento, eu pedi para ajudar Fernando Collor, que estava na lama”, disse o pai de santo.


Fernando Color, a foto Oficial da Presidência
De acordo com Pai Ralf, a entidade Maria Padilha, que através dele atendia o casal, ficou indignada depois da entrevista de Rosane, por ela não ter falado sobre o tempo em que se envolvia em práticas ocultistas após o afastamento de Collor da presidência. “Estou dizendo apenas o que Maria Padilha está passando. Ela ficou revoltada por Collor não cumprir as dívidas espirituais. Rosane provocou a minha separação de Collor e Maria Padilha separou o casal. Acho que agora ela é evangélica para tirar dinheiro dele ou se promover. Uma pessoa cristã não pode agir como ela agiu, desprezando a entidade depois de tanto trabalho negro que fiz”, afirmou.

O umbandista também disse que caso Fernando Collor pague as dívidas que possui com o mundo espiritual, ele estará apto para voltar à Presidência da República. “Ele não pagou a dívida com as entidades. Collor tem que ir para a Igreja de São Jorge, no Rio de Janeiro, e no Recife ele deve subir as escadarias do Morro da Conceição e visitar o túmulo da “menina sem nome” (criança brutalmente assassinada e enterrada como indigente no Cemitério de Santo Amaro). Se fizer isso, voltará a ser presidente”, disse.

Para Pai Ralf, o julgamento do Mensalão também foi obra da entidade Maria Padilha. “Todos os que estão aí (no banco dos réus) lutaram pelo impeachment. Maria Padilha me disse que iria mostrar todos os inimigos dele na televisão e está aí. Até o presidente Lula era contra ele”.

Foto: Facebook

Pai Ralf, glorioso, incorporando a entidade espiritual Maria Padilha


12 de mai. de 2012

VEJA: Depoimentos à CPI do Cachoeira desmontam ofensiva de mensaleiros contra a imprensa

BRASIL - CORRUPÇÃO
Depoimentos à CPI do Cachoeira desmontam ofensiva de mensaleiros contra a imprensa
Os primeiros testemunhos feitos à comissão que investiga a rede do contraventor fazem ruir o plano de mensaleiros de usar o escândalo para atacar os que contribuíram para revelar e levar à Justiça os responsáveis pelo maior esquema de corrupção do país

Foto:

Fim da mentira: O delegado da PF Raul Marques (à esq.) em sessão secreta na CPI do Cachoeira: a relação entre o redator-chefe de VEJA e o contraventor era de jornalista e sua fonte de informações

Daniel Pereira, Otavio Cabral e Laura Diniz
Fonte: Veja

Há vinte anos Pedro Collor deu uma entrevista a VEJA. As revelações originaram um processo que, sete meses mais tarde, obrigou seu irmão, Fernando Collor, a deixar a Presidência da República. Há sete anos, VEJA flagrou um diretor dos Correios embolsando uma propina. O episódio foi o ponto de partida para a descoberta do escândalo do mensalão, que atingiu em cheio o governo passado e o PT. Agora, Collor e os mensaleiros se unem contra a imprensa num mesmo front, a CPI do Cachoeira.

Criada com o nobre e necessário propósito de investigar os tentáculos de uma organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Cachoeira, ela seria usada, de acordo com o roteiro traçado pelo ex-presidente Lula e pelo deputado cassado José Dirceu, como cortina de fumaça para o julgamento do mensalão.

O plano era lançar no descrédito as instituições que contribuíram para revelar, investigar e levar à Justiça os responsáveis pelo maior esquema de corrupção da história do país. Tamanha era a confiança no sucesso da empreitada que o presidente do partido, Rui Falcão, falou publicamente dela e de sua meta principal: atacar os responsáveis pela "farsa do mensalão". Tudo ia bem - até que os fatos se incumbiram de jogar o projeto petista por terra.

Na semana passada, dois delegados da Polícia Federal prestaram depoimento à CPI do Cachoeira. Eles foram responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, que investigaram a quadrilha do contraventor. A ideia dos radicais petistas e seus aliados era utilizar a fala dos policiais para comprometer o procurador-geral da República, Roberto Gurgel (que defenderá a condenação dos mensaleiros no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal), o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo (transformado em inimigo figadal de Lula desde que declarou que o ex-presidente tinha conhecimento da existência do esquema) e a imprensa, que revelou o escândalo.

Nesse último setor, como deixou clara a performance do ex-presidente Collor, encarnado na triste figura de office boy do partido que ajudou a tirá-lo do poder, o alvo imediato era o jornalista Policarpo Junior, diretor da sucursal de VEJA em Brasília e um dos redatores-chefes da revista. O primeiro depoimento foi do delegado Raul Alexandre Marques, que dirigiu a Operação Vegas. Marques disse aos parlamentares que entregou ao procurador Roberto Gurgel, em setembro de 2009, indícios de envolvimento de três parlamentares - incluindo o senador Demóstenes Torres - com a quadrilha de Cachoeira. Gurgel, conforme o delegado, não teria determinado a abertura do inquérito nem dado prosseguimento à apuração.

Foi a deixa para que petistas dissessem que ele tentou impedir o desmantelamento de uma organização criminosa e, por isso, deveria ser convocado para depor na CPI. O procurador-geral da República reagiu.

Na seara técnica, disse que não abriu inquérito a fim de permitir a realização da Operação Monte Carlo, que desbaratou o esquema de Cachoeira no início deste ano. No campo político, foi ainda mais incisivo.

"O que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão", afirmou. Ao fustigarem o procurador na CPI do Cachoeira e venderem a tese de que ele não mereceria crédito por ter uma atuação política, mensaleiros e aliados levaram procuradores e ministros do STF a sair em sua defesa.


ATAQUE AOS ACUSADORES - Mensaleiros, que têm no petista Vaccarezza o seu porta-voz na CPI, queriam convocar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele defenderá a condenação dos réus do processo do mensalão

Petistas, que chegaram a comemorar o resultado da primeira etapa do plano, agora já não demonstram o mesmo empenho para convocar Gurgel. Em uma conversa recente, o ex-ministro José Dirceu contou ao seu interlocutor o motivo do recuo. "O efeito foi o contrário do imaginado. A única consequência da CPI foi acelerar o processo do mensalão", afirmou. Lula, o idealizador do plano, também já faz leitura semelhante.

Para ele, a CPI do Cachoeira "tem de ficar do tamanho que está" - ou seja, limitar-se a investigar Cachoeira e seus tentáculos no Congresso e em governos estaduais. Da mesma forma, a ofensiva para desqualificar o trabalho da imprensa já não seria uma prioridade.

"Não podemos fazer dessa CPI um debate político ou um acerto de contas entre desafetos", afirmou o deputado Cândido Vaccarezza, do PT de São Paulo, espécie de porta-voz do grupo dos radicais. A declaração é uma guinada de 180 graus no discurso - guinada essa decidida apenas depois que os fatos, com sua persistente impertinência, se sobrepuseram aos interesses do partido.

Desde a prisão de Cachoeira, a falconaria petista seguiu a tática de disseminar mentiras e omitir uma parte, sempre a mais importante, da verdade. Para isso, não hesitou nem mesmo em recorrer a fraudes e manipulações nas redes sociais da internet . O grupo imputou à equipe de VEJA toda sorte de crimes, os quais, esperava, seriam pontuados pelos delegados da PF. E o que disseram os policiais em depoimentos à CPI? Que o jornalista Policarpo Junior aparece lateralmente nas interceptações telefônicas sempre no exercício da profissão, apurando e investigando informações, que não cometeu crime nem trocou favores com a quadrilha e que não trocou "mais de 200 ligações com Cachoeira".

Na Operação Monte Carlo, apenas dois telefonemas aparecem, segundo o delegado Matheus Rodrigues. Outros ingredientes fizeram a estratégia petista fracassar. O primeiro foi a dificuldade para encontrar aliados que se dispusessem a levar adiante os propósitos meramente políticos e revanchistas do partido. Diversas siglas, incluindo o PMDB, se negaram a aderir à trama.

Como disse o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais: "O que está em jogo é a democracia. No momento em que nós tivermos o Ministério Público Federal fragilizado e a imprensa cerceada, teremos a democracia em xeque". Houve ainda a firme condução dos trabalhos da CPI pelo relator Odair Cunha (PT-MG), que não se dobrou às pressões de facções do seu partido, e a oposição contundente de Dilma Rousseff à estratégia dos radicais.

A presidente considera que, a continuar na direção em que estava, a CPI poderá virar uma disputa de políticos corruptos contra seus acusadores. Dilma está irritada com o presidente do PT, Rui Falcão, que vem defendendo publicamente o ataque à imprensa. Na terça-feira, disse a um auxiliar: "Se algum ministro falar algo parecido com o que o Rui vem dizendo, vai para a rua na hora".

Fotos: Orlando Brito, Bia Parreiras, Claudio Versiani, Roberto Stuckert/Ag. O Globo e Marcos Rosa

O ANO EM QUE O PRESIDENTE CAIU Pedro Collor deu o pontapé inicial e os fatos fizeram o resto: PC Farias recolhia propina de empresários para cobrir os gastos de Collor, como no caso do famoso Fiat Elba; vinte anos depois do processo que o levou a renunciar ao mandato, o ex-presidente (à dir., com a ex-mulher Rosane, a "madame que gastava demais", nas palavras de PC) quer se vingar de quem o investigou

Que forças aparentemente tão antagônicas quanto Collor e os falcões do PT se juntem na CPI com o mesmo e nefasto propósito de desqualificar a imprensa livre pode parecer assustador, mas não deixa de ser também natural. Na política, as convicções balançam facilmente ao sabor das conveniências - para o bem ou para o mal, sendo que a segunda opção é mais frequente. Já na imprensa livre, os princípios não se sujeitam às circunstâncias. O dever de fiscalizar os governos vale para quaisquer governos. E, no caso de VEJA, ele foi levado a cabo com o mesmo rigor tanto na gestão lulo-petista quanto na cleptocracia de Collor.

Em 2009, no julgamento que derrubou a Lei de Imprensa, o ministro Carlos Ayres Britto, hoje presidente do STF, usou uma frase de Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril e editor da revista VEJA, para descrever a natureza da relação entre jornalistas e homens públicos:

"Contrariar os que estão no poder é a contrapartida quase inevitável do compromisso com a verdade da imprensa responsável".

Foi essa parte da imprensa, a responsável, que, diante do ataque perpetrado contra VEJA, ergueu a voz na semana passada na defesa dos princípios basilares do jornalismo. O jornal O Globo, em um editorial corajoso, criticou o que chamou de "campanha organizada contra a revista VEJA" feita por "blogs e veículos de imprensa chapa-branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT".

Escreveu O Globo:

"A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo".

Fiscalizar os atos de governo foi uma função que surgiu praticamente junto com a imprensa. Durante a revolução inglesa, no século XVII, comerciantes e industriais insurgiram- se contra o poder absolutista dos reis. Defendiam a supremacia das leis em relação à vontade do monarca e o fortalecimento do Parlamento como forma de diminuir a corrupção na corte. Nascia assim o conceito de accountability, ou o dever dos governantes de prestar contas à população. Para divulgarem suas ideias, os insurgentes ingleses usavam papéis impressos em uma máquina inventada dois séculos antes, a prensa tipográfica, que passou a produzir os primeiros jornais.

Fotos: Ailton de Freitas/ Ag. O Globo, Tasso Marcelo/AE, Beto Barata/AE

Os réus: Jefferson, Dirceu, Delúbio e Valério devem ser julgados em breve pelo STF. A denúncia que deu origem ao processo partiu de VEJA, com prova em vídeo

No que se refere às suas instâncias fiscalizatórias, o Brasil já atingiu um patamar seguro. É uma situação diferente da que existia no tempo do processo de impeachment de Collor, quando o país vivia uma espécie de "lacuna fiscalizatória".

A Constituição havia sido promulgada recentemente e o aparato estatal de autodepuração era ainda incipiente. O Ministério Público, por exemplo, estava assimilando seu novo papel de representante da sociedade, e não do estado, e a Polícia Federal apenas começava a se livrar da poeira autoritária que a recobria. Mas, ainda que as instituições tenham amadurecido, elas sozinhas não bastam para assegurar a vigilância constante sobre os governos e os homens públicos. Sua natureza as obriga a se mover vagarosamente.

"Por esse motivo, o papel de precursor das denúncias não costuma ser das instituições públicas, mas da imprensa", diz Alexandre Camanho, presidente da Associação Nacional de Procuradores da República.

O jornalismo brasileiro vem cumprindo com vigor sua missão de revelar os casos de desídia e corrupção na esfera pública. Nos últimos anos, têm sido inúmeros os registros de parlamentares, prefeitos, governadores e ministros obrigados a deixar o cargo em razão de revelações feitas pela imprensa e comprovadas pelas autoridades.

A imprensa livre não é ideológica. Não persegue indivíduos nem empreende cruzadas contra partidos ou administrações. Ela se volta, sim, contra os que, no poder, se dedicam à prática de espoliar o bem público, guiados pela presunção da impunidade e pela convicção de estarem acima do bem e do mal. Se alguma lição pode ser tirada até agora do último escândalo em curso na República, ela pode ser resumida em mais uma frase do ministro Ayres Britto: "À imprensa cabe vigiar o estado - nunca o contrário".


19 de mar. de 2011

OBAMA NO BRASIL: O “Cara” não quis almoçar com Obama

OBAMA NO BRASIL
O “Cara” não quis almoçar com Obama
Dilma mandou convidar todos os ex-presidentes para o almoço que será oferecido no Itamarati, para o presidente americano, Lula foi o único que recusou o convite!?

Foto: Ricardo-Stuckert/PR

No inicio do seu governo, em 2009, Obama elogiou o brasileiro: “Esse é o cara! "Eu adoro esse cara!” “Esse é o político mais popular da Terra”. Surpreendentemente, mesmo depois disso, por escolhas de Lula, a relação, entre os dois, azedou.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Folha de São Paulo

Segundo a Folha de São Paulo, Luiz Inácio Lula da Silva, o “Cara”, foi o único ex-presidente brasileiro que recusou convite para ir ao almoço oferecido hoje por Dilma Rousseff, no Itamaraty, ao colega norte-americano Barack Obama, que iniciou nesta manhã, por Brasília, sua visita ao país.

Todos os ex-presidentes após 1985 foram chamados -José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso irão ao almoço.

Lula informou ao Planalto que não iria. As especulações sobre os motivos são diversas, desde a preocupação do ex-presidente em fazer um esforço para não roubar os holofotes de Dilma até uma mágoa com o americano que não visitou o país durante o seu governo.

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Durante o almoço no Palácio Itamaraty, a Presidenta Dilma Rousseff, apresenta a Michelle Obama, esposa do presidente dos Estados Unidos, os ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso