19 de mar. de 2009

Perpetua para o monstro incestuoso austríaco

Perpetua para o monstro incestuoso austríaco
O austríaco Josef Fritzl manteve sua filha num porão por 24 anos, teve sete filhos com ela e deixou morrer sem socorro uma das sete crianças

Foto: AP

O olhar gelado de Josef Fritzl

Fontes: BBC Brasil

O júri do caso considerou Josef Fritzl culpado de todas as acusações incluindo estupro, incesto, assassinato por negligência e prática de escravidão.

O réu não demonstrou nenhuma emoção durante a leitura do veredicto, afirmou que aceitava a sentença e não entrará com recurso.

O juiz afirmou então que ele poderia conversar com o advogado, mas ele negou movendo a cabeça e foi retirado da corte, ainda sem demonstrar nenhuma emoção.

Foto: AP

Saiu das ala do Tribunal de St. Poelten, Áustria, com o mesmo ar tranqüilo que entrou

A pena de prisão perpétua foi determinada depois que Fritzl foi considerado culpado de assassinato por negligência de um dos filhos que teve com a filha Elisabeth, um bebê que morreu logo depois do parto.

O júri aceitou por unanimidade a alegação da promotoria, de que a criança poderia ter sobrevivido se tivesse recebido cuidados médicos que Fritzl se negou a providenciar.

Inicialmente, Fritzl, de 73 anos, negou as acusações de assassinato e prática de escravidão, mas admitiu todas as acusações depois de ver o depoimento de Elisabeth, gravado em vídeo.

Foto: AP

A casa cena do crime de incesto e abuso em Amstetten, Áustria.

Autoridades da corte afirmaram que Fritzl será inicialmente enviado para um centro de coordenação, onde será determinado o grau de periculosidade do réu e se ele poderá passar por terapia antes de ser encaminhado a um hospital psiquiátrico.

Foto: AP 

Detalhe do cubículo, no subsolo, de 60m², sem janelas, onde a jovem viveu por 24 anos com os filhos do pai insestuoso

Teoricamente ele poderia ser libertado deste hospital caso seja considerado curado e cumpriria o resto de sua sentença em uma prisão normal. Neste caso, ele seria elegível para a libertação em um período de 15 anos.

Quando os primeiros detalhes do caso começaram a surgir em 2008, ninguém conseguia compreender a extensão dos crimes de Fritzl.

No período de 24 anos em que permaneceu presa no porão, Elisabeth (foto) deu à luz sete filhos de Fritzl. Três das crianças cresceram com ela, no porão e outras três foram criadas por Fritzl e sua mulher, na casa dele. Um sétimo filho morreu pouco depois de nascer, após apresentar problemas respiratórios.

Este foi o ponto mais forte da acusação de assassinato por negligência já que, apesar dos pedidos de Elisabeth, Fritzl se negou a buscar ajuda para a criança.


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