Quem quer investigar o senador Jarbas?

Quem quer investigar o senador Jarbas? Quem? Até as notas fiscais frias das prestações de contas do Senado sabem quem quer saber dos deslises de Jarbas Ilustração Toinho de Passira Fontes: Revista Veja, Portal Terra Na semana passada, o senador Jarbas foi procurado por um homem que se identificou como dono de uma agência de detetives em Pernambuco, que contou que, há quinze dias, foi procurado por alguém que se disse a serviço da notória agência Kroll com uma proposta de parceria para um trabalho delicado que envolvia um político da região. A tarefa era grampear os telefones celulares e fixos da casa e do escritório e instalar escutas ambientais. Ao detetive caberia vasculhar as contas bancárias e procurar em cartórios, tribunais e órgãos públicos documentos relativos à vida pessoal do espionado e seus amigos. A parceria só não foi fechada, segundo relatou o detetive do Recife, porque ele se recusou a espionar Jarbas Vasconcelos. Jarbas vai dizer no plenário hoje, que o detetive exibiu sua identidade funcional identificou e apresentou anotações que recebeu do homem que seria da Kroll*. Jarbas não vai revelar o nome do detetive e a kroll já disse a veja que não espiona políticos. Quem é a kroll? Tecnicamente a Kroll é a maior empresa de consultoria em gerenciamento de riscos do mundo, especializada em garantir a segurança de empresas que passam por dificuldades financeiras ou estão prestes a fazer uma fusão ou aquisição, analisa relatórios e garante a transparência de todas as partes. Também investiga fraudes internas de grandes corporações, desvios ilegais de orçamentos de empresas, verifica antecedentes criminais de funcionários e na área de tecnologia, recupera dados eletrônicos que foram perdidos ou apagados propositalmente. A Kroll tem mais de 4.500 funcionários em 26 países e é um braço do grupo MMC, com faturamento anual na casa dos US$ 13 bilhões. A Kroll ganhou no Brasil uma fama da qual não conseguiu mais se desvencilhar: a de ser uma empresa de espionagem ilegal, com arapongas em locais estratégicos, que iriam desde as grandes corporações até o governo federal, desde que andou se envolvendo com o banqueiro Daniel Dantas, sempre ele. Mais sobre a kroll, leia a matéria da jornalista Laura Ancona Lopez na Defesa Net. Permalink