Protógenes está engatilhado
Foto: JC imagem
Fonte: Revista Veja
O delegado Protógenes desde setembro havia dito a Procuradoria Federal, oficialmente, que a Operação Satiagraha foi uma missão "determinada pela Presidência da República" e que o juiz e o procurador do caso sabiam da participação da ABIN e com essa informação na mão, o Ministério Público Federal, aparentemente, nada fez.
Protógenes Queiroz pode ser doido, mas não é burro, vê-se que essa declaração espontânea é uma chantagem aos que lhe estão perseguindo e pressionando, avisando que pode realmente abrir o bico e virar uma “lenda” de verdade.
As declarações do delegado fazem muito sentido, levando-se em conta a benevolência e te prestígio que o governo vem dispensando aos outros personagens dessa história:
O delegado Paulo Lacerda foi afastado da ABIN, mas, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ganhou o posto de adido policial na embaixada brasileira em Portugal, por sinal criaram o cargo só para ele ocupar.
O Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República general Jorge Armando Felix, a quem a ABIN é subordinada, nada sofreu e até parece mais prestigiado que nunca.
A impressão que se tem, é que deram a Protógenes uma missão importante e todos os meios de que ele precisava para consegui-la, inclusive as ilegais e a “Lenda” sentindo-se importante demais, passou de todos os limites e não alcançou a contento os objetivos almejados.
O principal desse objetivo era o banqueiro Daniel Dantas. Especula-se que depois de ter comprado ações da empresa de Lulinha via Telemar, o banqueiro quis aumentar a parceria com o filho do presidente da republica, em outros ramos de negócios, inclusive o agropecuário.
Segurando Daniel Dantas com mão forte e pesada o governo silenciaria os que usam sempre a historia de Lulinha para atacá-lo o que é motivo de forte desgosto para a Primeira Dama.
No momento, com o risco de ser indiciado por interceptação telefônica sem autorização judicial e violação de sigilo funcional, com risco de condenação de até seis anos, o delegado Protógenes transformou-e numa imprevisível mina terrestre, bem na frente do Palácio do Planalto.
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