Fontes: Agência Brasil, Revista Época
Collor escolheu a presidência da Comissão de Infraestrutura, para a qual foi eleito, para dar inicio a arrancada de sua nova carreira política de âmbito nacional. Desde que tomou posse como senador alagoano em 2007 que tem se mantido discreto e fora dos holofotes propositadamente.
Abriu mão do seu mandato para o seu suplente e primo Euclydes Mello (PTB-AL, em várias ocasiões e em períodos de até 04 meses, ficando longe dos debates e das querelas do senado.
Segundo a sua assessoria de imprensa, quando do seu primeiro pedido de licença, Collor usaria o período de licença para fazer palestras e promover encontros em todo o país para discutir a sua proposta de emenda à Constituição (PEC) que muda o regime de governo de presidencialista para parlamentarista.
Ficou distante, de todas as polêmicas ocorridas na casa desde sua posse até hoje, pelo menos aparente e legalmente, como das votações que julgavam as possibilidades de cassação de Renan Calheiros.
Foto: José Cruz/ABr
Elaboração do plano: “Vingança é um prato que se come frio”.
Renan Calheiros e Fernando Collor são parceiro de longas datas, era o primeiro o líder da base governista do governo Collor. A amizade só foi estremecida quando o presidente Collor preteriu Renan em benefício de Geraldo Bulhões, para governador de Alagoas, o velho sonho de Renan.
Os dois superaram as diferenças e estão unidos de novo, pelo menos até a definição dos próximos candidatos ao governo de Alagoas, dependendo do encaminhamento das ambições políticas de cada um.
No novo cargo no Senado Collor vai poder colaborar com o governo Lula, para facilitar as aprovações de dotações para tocar as obras do PAC, entre outras. Como em política nada vem de graça e provável que o PTB acabe ganhando mais espaço no governo Lula o que dará mais respaldo a Fernando e suas pretensões futuras.
Comprovando que Fernando Collor não está para brincadeira, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), aliado de Ideli, quando qualificou de “aliança espúria" o acordo firmado entre Renan e Collor, foi a primeira vítima da nova faceta impoluta, do caçador de Marajás.
"Relação espúria, não – rebateu Collor imediatamente, foi um acordo inteiramente aberto que todo mundo participou, todo mundo soube. O senador Aloizio Mercadante precisa medir um pouco suas palavras para respeitar seus companheiros aqui do Senado", disse reagindo de forma contundente como ainda não havia feito como senador da republica.
Adiante porém, por pura provocação, no seu discurso de posse, Collor afirmou que tem o maior respeito por sua adversária na disputa e que Ideli é uma senadora que “cisca para frente”.
Foto: Geraldo Magela - Agência Senado
”- Não cisco nem para frente nem, para trás.”
As palavras de Collor causaram mal-estar na sessão e irritação ao senador Aloizio Mercadante, que afirmou que “ciscar” não faz parte do histórico de Ideli.
Diante dos protestos, o ex-presidente da República disse que não teve a intenção de ofender a senadora e que a expressão “cisca para frente” é muito comum no Nordeste. Mesmo assim, ele resolveu retirar a expressão.
A senadora Ideli Salvati irritada com a citação ficou cacarejando que não era uma galinha, enquanto batia as asas em vias de parir um “ovo” em plena sessão.
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