15 de mar. de 2009

O Senado invadido por saqueadores bárbaros

O Senado foi invadido por saqueadores bárbaros
As hordas de Renan e Sarney ocuparam sedentas, vingativas e esfomeadas o parlamento brasileiro

Fotomontagem Toinho de Passira

Fonte: Revista Veja

A revista Veja comentou o que a dupla Sarney-Renan anda fazendo no comando do Senado da República. Os dois estão comandando aquela casa do parlamento como um bando de bárbaros saqueando uma cidadela da idade média. Parece que os senado foi atacado ao mesmo tempo por Gengis Khan e Atila o Huno.

A revista diz que a “eleição de José Sarney (Gengis Khan), para a presidência do Congresso deu novo impulso à, digamos assim, carreira política de Renan Calheiros (Atila o Huno). O senador, que renunciou à presidência da Casa em meio a uma avalanche de denúncias de corrupção, ressurgiu das cinzas – e, juntamente com sua horda do PMDB, está ocupando todos os espaços disponíveis de poder. Até para quem já conhece o padrão moral de Renan, o que está acontecendo no Senado não deixa de espantar.

O Senado brasileiro parece ter sido irremediavelmente contaminado pela notória descompostura do senador alagoano e de seus asseclas peemedebistas.

A volta de Renan ao centro do poder no Senado serve para o alagoano acertar contas do passado. O senador peemedebista Jarbas Vasconcelos foi punido por Renan com seu afastamento da Comissão de Constituição e Justiça. Já a tropa de choque que o defendeu quando suas peripécias amorosas e financeiras vieram a público está sendo recompensada.

O senador Almeida Lima, seu defensor mais barulhento, foi nomeado presidente da Comissão Mista de Orçamento. Lima vai definir o destino dos cerca de 50 bilhões de reais que o governo pretende investir no ano que vem. O senador Wellington Salgado, outro patrono das peripécias de Renan, foi nomeado vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça.

O destino de Gilvam Borges, o terceiro integrante da tropa, ainda não foi anunciado. Mas Renan já decidiu transformar o senador em presidente do Conselho de Ética em abril, quando assume o novo presidente. A indicação é estratégica para um político com o prontuário de Renan.

O presidente Sarney anda preocupado com o desembaraço de Renan. A principal razão é que a notória companhia do alagoano acaba atraindo atenção para seus próprios atos – fato que o tem obrigado a dar explicações diárias. Na semana passada, soube-se que ele despachou quatro funcionários do Senado para o Maranhão a fim de proteger sua casa.

Sarney defendeu o uso dos servidores numa missão particular alegando o risco de vingança dos partidários do governador Jackson Lago, cassado pela Justiça Eleitoral.

Em outro caso parecido, ocorrido durante os dois primeiros,de seus três mandatos como presidente, os Correios cederam uma museóloga para reformular galerias de arte do Senado. A museóloga, porém, acabou indo ao Maranhão para catalogar obras de arte e documentos pessoais de Sarney.

A estatal agora cobra 400 mil reais do Senado. Sarney ainda não autorizou o pagamento. Também não assinou contratos que economizariam em média 30% na contratação de terceirizados. Preferiu assinar aditivos, com data retroativa, e continuar pagando mais caro às antigas concessionárias.

O inusitado é que esses atos são absorvidos por parte da oposição (os democratas apoiaram a eleição de Sarney e ganharam benefícios) e apenas os petistas destronados de alguns privilégios andaram reagindo mais foram emudecidos pelo Planalto.

Atila e Gengis Khan e suas hordas estão à solta e sem cabrestos ou resistência saqueando, violando e incendiando, sem que haja nada que aparentemente os possa deter.

A única esperança do mundo civilizado é que a ambição exagerada faça os dois se desentenderem, mas historicamente isso está muito longe de acontecer.

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