30 de mar. de 2009

Ministra inglesa pediu reembolso para aluguel de pornô

Ministra inglesa pediu reembolso para aluguel de pornô
Descoberta pela imprensa a Ministra do Interior da Grã-Bretanha, Jacqui Smith, fez mais que o senador Tião Viana, além de ressarcir o erário pediu desculpas

Foto: Reuters

A imprensa anda querendo saber da Ministra sobre os filmes pornôs do marido e das despesas exageradas pagas pelo erário

Fontes: Estadão , BBC Brasil, Expresso, Daily Mail

Vamos mergulhar nessa história para ver as semelhanças com os políticos brasileiros em ação. Não esperem muita emoção ou grandes escândalos – em comparação aos nossos, os parlamentares e ministros ingleses são primários e ingênuos em matéria de corrupção e gastança do dinheiro público.


Richard Timney,
assistindo filmes pornô pagos pelo contribuinte
Em junho passado, a Ministra do Interior da Grã-Bretanha, Jacqui Smith, foi reembolsada, entre outras despesas, de uma fatura de 67 libras ou R$ 200, por acesso a internet e a televisão a cabo.

O interessante é que a fatura incluía serviços de pay-per-view de filmes visto por seu marido e assistente no Parlamento (0lha o nepotismo inglês!), Sr Richard Timney, incluindo alguns filmes pornôs.

Logo ela que sempre foi dura com a indústria do sexo e tentou, inclusive, fechar clubes de dança erótica e strip-tease em Londres.

Ela se desculpou num comunicado:

"Lamento que, ao solicitar (o pagamento) de minha conexão à internet, tenha pedido erradamente o da televisão. Assim que fui informada, tomei as medidas necessárias, para efetuar o reembolso.

Amigos próximos dizem que Jacqui está furiosa com o Sr Richard que assistiu aos filmes por se sentir solitário, uma vez que a esposa estava ausente, tratando dos negócios do governo britânico.

O caso veio à tona em meio aos debates de uma comissão parlamentar que estuda revisar o sistema pelo qual os deputados prestam suas contas (na Grã-Bretanha, por tradição os ministros são escolhidos entre os membros do Parlamento), onde a ministra já vinha sendo criticada sobre o uso de dinheiro público para fins privados.

A discussão gira em torno de subsídios de custos adicionais, criado para compensar os deputados não-londrinos, por terem de trabalhar na capital, distantes das suas residências e dos redutos eleitorais.

Foto: PA

A casa da irmã da ministra em Londres onde ela mora protegida por seguranças

A maioria usa esse dinheiro - que tem um teto máximo de 23 083 libras (R$ 75 mil) anual, - para manter uma segunda casa na capital, perto do Parlamento. A ministra Smith, espertamente fica na casa de uma irmã, em Londres, e considera "segunda casa" a sua moradia de Redditch, no condado de Worcestershire, onde vivem o marido e os filhos e põe na conta dos contribuintes ingleses todos os gastos relativos a essa residência.

O diário "Daily Mail" revela que essa “segunda” casa da ministra custou aos cofres públicos em torno de 23 000 libras (R$ 74 mil) do lava-louças à rolha da banheira, comentou o jornal nada foi comprado com o salário da ministra (141 866 libras por ano, mais de R$ 450 mil).

O premiê britânico, Gordon Brown, (foto) aquele dos olhos azuis, defendeu Jacqui. "Este é um problema muito pessoal para Jacqui. A ministra do Interior está fazendo um excelente trabalho e não penso que essa questão permita que tudo o que ela tem feito pela segurança da população e da nossa vizinhança seja desacreditado", afirmou.

A primeira providência de vários deputados foi pedir que a polícia averiguasse como a fatura da ministra chegou às mãos dos jornalistas. (Meu Deus, como eles são parecidos.)

O primeiro-ministro defendeu a ministra, argumentando que se trata de um "problema pessoal". Recusou-se a demiti-la e elogiou o seu trabalho.

O austero Primeiro Ministro Gordon Brown, filho de um pastor presbiteriano, tem bons motivos para se preocupar, num momento em que os conservadores lideram as sondagens.

Jacqui Smith é o segundo membro do Governo cujos subsídios são investigado, depois do ministro do Emprego, Tony McNulty, (foto) que recebia milhares de libras para manter uma casa em Harrow East, a sua circunscrição eleitoral, que fica fora de Londres, mas meros oito quilômetros do Parlamento, explica a BBC.

O jornal português Expresso diz que a imprensa inglesa é unânime em apostar que nem a ministra do filme pornô, nem o ministro do trabalho, resistirão, a “escândalo.

Esse pessoal não sabe o que um escândalo de verdade.


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