Há quantos “honestos” no Congresso?
Há quantos “honestos” no Congresso? Fotos: Agência Senado Fontes: Jornal do Comercio Na noite de terça-feira, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) encerrava um discurso contra a impunidade quando, no plenário, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), brincou com a companheira Lúcia Vânia (PSDB-GO): "Vai lá na reunião dos honestos?" Guerra falava do primeiro encontro de trabalho do Movimento pela Transparência (MPT), fundado por deputados e senadores de partidos governistas e oposicionistas. A brincadeira de Guerra, como sintoma de descrença com esses movimentos e de que as denúncias de Jarbas teriam pouco resultado prático, ganhou outros contornos passadas três semanas das primeiras declarações de Jarbas à revista Veja. Pode-se dizer que a reação inicial repetiu dois fenômenos marcantes da política no governo Lula: denúncias de corrupção provocam muito discurso, mas pouca ação, e os ataques muitas vezes vêm de dissidentes dos próprios partidos governistas e não da oposição. A criação do Movimento pela Transparência foi o primeiro - e único, até agora - resultado concreto das declarações de Jarbas sobre a presença de corrupção no PMDB. Jarbas irritou os peemedebistas ao falar em corrupção dentro do partido, os companheiros preferiram guardar os xingamentos para reuniões internas e, em público, desprezaram as acusações. O senador pernambucano colheu apoio na oposição - acuada pela popularidade do presidente Lula enquanto o comando do PMDB aposta no esvaziamento do assunto. O assunto tende mesmo a se esvaziar: a primeira reunião dos “honestos” conseguiu reunir menos de 5% dos 594 congressistas: compareceram 27 deputados e 2 senadores. De qualquer maneira eis a lista dos que acreditaram e compareceram a reunião: PSDB: Bruno Araújo (PE), Gustavo Fruet (PR), João Almeida (BA), Otávio Leite (RJ), Roberto Rocha (MA), Mendes Thame (SP), Vanderlei Macris (SP), Paulo Renato (SP), Emanuel Fernandes (SP) e Carlos Sampaio (SP); PMDB: o senador Jarbas Vasconcelos (PE) e os deputados Raul Henry (PE), Ibsen Pinheiro (RS), Marcelo Almeida (PR), Rita Camata (ES), Marcelo Itagiba (RJ); PPS: os deputados Arnaldo Jardim (SP), Fernando Coruja (SC), Raul Jungmann (PE) e Dimas Ranalho (SP); PSB: o senador Renato Casagrande (ES) e os deputados Rodrigo Rollemberg (DF) e Júlio Delgado (MG); Do DEM: Ronaldo Caiado (GO), Roberto Magalhães (PE) e Índio da Costa (RJ); Do PSC: Régis de Oliveira (SP) e Ratinho Jr. (PR); Do PV: o deputado Fernando Gabeira (RJ) Como se pode ver o Senador Sérgio Guerra e sua companheira consultada Lúcia Vânia não compareceram. Autocritica ou desdem??? Permalink |
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