20 de mar. de 2009

Orçamento do Senado: maior que da cidade do Recife

Orçamento do Senado: maior que da cidade do Recife
"O Senado é melhor do que o céu, porque nem é preciso morrer para estar nele". - Do ex-senador Darcy Ribeiro, citado pelo Blog do Noblat

Foto: José Cruz/Abr

Foto logo após a eleição do Presidente Sarney, a sujeira já se espalhava pelo plenário.

Fontes: Orçamento Recife , Correio Braziliense , ,Jornal Nacional,

O orçamento atual do Senado Federal é de 2,7 bilhões o orçamento da cidade do Recife, a quarta maior rede urbana do país, é de 2,3 bilhões.

Para pagar e dar estrutura aos 81 senadores cumprirem as obrigações previstas no artigo 52 da Constituição Federal de 1988, gasta-se mais que o destinado a atender a uma população de 1,55 milhões de recifenses, postos numa área de 217 mil k², no que se refere a todos as necessidades: educação, saúde, segurança, urbanização, etc.

No Correio Braziliense de hoje, uma matéria de Leandro Colon fala de um mundo de fantástico que se tornou o senado da republica brasileira, com “uma frota de 165 veículos, dezenas de diretores sem uma função determinada, e gastos milionários com telefonia, despesas médicas, passagem aérea, consultoria, combustíveis, além de uma bilionária folha de pagamento e um número guardado até hoje sob sigilo: 1,8 mil funcionários terceirizados.”

“Cerca de R$ 200 mil, por exemplo, foram depositados no ano passado nas contas dos buffets mais caros da cidade enquanto se gastava no mesmo período, R$ 369 mil de dinheiro público com “festividades e homenagens”, quase o dobro do ano anterior.

O Senado guarda a sete chaves, sob o discurso do sigilo pessoal, as despesas médicas de senadores, familiares e servidores: em 2008, R$ 60 milhões caíram na conta de hospitais privados e clínicas famosas de Brasília e São Paulo.

A pedido do jornal, O site Contas Abertas levantou a pedido do jornal Correio Braziliense que além da folha de pagamento a nos últimos dois anos, incluindo não só folha de pagamento, mas também custeio e investimento. As diárias de viagens ao exterior de servidores e parlamentares também quase dobraram: saltaram de R$ 481 mil em 2007 para R$ 700 mil no ano passado.

Foto: José Cruz/Abr

O presidente do Senado José Sarney, toma providências de fachadas e de efeitos tentando tirar o Senado do noticiário de escândalos.

A polêmica das passagens aéreas a amigos envolvendo a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) trouxe à tona esse tipo de despesa. Em dois anos, R$ 40 milhões foram liberados para a agência de turismo responsável pelas viagens dos gabinetes dos senadores.

A garagem do Senado é famosa pelo brilho dos carros luxuosos expostos no local. A reportagem teve acesso à frota completa da Casa, relação que provavelmente deve cair nas mãos dos auditores da FGV. São 165 veículos no total, sendo 88 usado pelos senadores. O restante pertence à estrutura administrativa e boa parte, luxuosas camionetes e picapes 4 x 4, é usada pela polícia legislativa, diretores e servidores influentes, alguns inclusive com motoristas de empresas terceirizadas. São carros comprados entre 2005 e 2008, mais novos do que os dos próprios senadores, adquiridos em 2003.

Comparando com a tabela Fipe, a frota do Senado beira os R$ 6 milhões. Os dados mostram que R$ 2 milhões saíram dos cofres do Senado para encher os tanques desses veículos em 2008.

Foto: Arquivo

Senado brasileiro tem inacreditáveis 181 diretores – Manchete do Jornal Nacional
O Senado pagou em janeiro, mês em que os senadores estavam em férias, R$ 6,2 milhões em horas extras aos funcionários da casa.

Na última terça-feira, o Correio revelou que o Senado aumentou em 122% o gasto com mão de obra terceirizada nos últimos 5 anos. A empresa que mais cresceu foi a Steel Serviços Auxiliares Ltda., que conseguiu engordar os repasses em 137% desde 2004, tendo recebido R$ 6 milhões em 2008. O gestor do contrato é o diretor de suprimentos e matérias-primas, Luiz da Paz Júnior, suspeito de empregar parentes em empresas do setor.

Ponto de força do ex-diretor-geral Agaciel Maia na Casa, a gráfica é o exemplo da enxurrada de cargos de chefias: um diretor e cinco subsecretários. Todos com gratificação no salário.

A revelação de que o número de diretores ultrapassa a 180, segundo o último boletim do Senado distribuído ontem à noite, reforça como a estrutura da Casa triplicou em oito anos, engordando os robustos salários de servidores com adicionais nos salários que variam entre R$ 1,3 mil a R$ 2,2 mil.

Nesse jogo de nomes complicados das pastas, não importa a função. Mas a gratificação. Um diretor cuida, por exemplo, da coordenação de rádio em ondas curtas. Outro da Secretaria de Atas, e um colega dele é o responsável pela Secretaria de Expediente. Os salários, em média, chegam a R$ 15 mil, podendo ultrapassar esse valor dependendo do histórico da carreira do servidor.

Foto: José Cruz/Abr

O plenário do senado vazio, uma constante: os senadores só respondem expediente quatro dias por semana, tem dois meses de férias por ano, sempre esticam feriados prolongados, somem em tempos de campanha eleitoral e estão cercados por essa monumental estrutura.

O milagre da multiplicação das secretarias e diretorias , mostra que cada setor criado, em muitos casos, não passa de uma mesa, mas quem o comanda recebe uma gratificação para administrar um serviço que deveria ser desempenhado por uma equipe.

O servidor acaba sendo chefe de si mesmo. O setor de engenharia serve de exemplo. O serviço era executado por uma subsecretaria.

A imprensa não para de dar exemplos de mais secretárias exóticas: Diretoria de Acompanhamento da Opinião Pública, Diretoria de Coordenação de Inativos, Diretoria de Rádio em Frequência de Ondas Curtas, Diretoria de Anais, Diretoria de Contratação Indireta.

É tanta diretoria no Senado, que uma delas funciona no subsolo de um prédio de apartamentos funcionais. No fundo fica o gabinete de Elias Lyra Brandão, diretor de Coordenação Administrativa de Residências, ou Coaro, mais conhecido como “diretor de garagem”.

O Senado também tem uma diretoria no aeroporto de Brasília, a de Coordenação de Apoio Aeroportuário, ocupada por Francisco Carlos Melo Farias, mais conhecido como “diretor de check in”. Essa ajuda senadores e funcionários do senado a embarcar e desembarcar, liberar bagagem e passar pela alfândega.

O descaso com a coisa pública gera esse espetáculo de criatividade que consegue criar mais de duas secretarias para cada senador. Nenhuma empresa multinacional com abrangência mundial possui um número tão exagerado e variado de diretores, com salários tão compensadores e com responsabilidades tão limitadas.

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2 comentários:

Anônimo disse...

O plenário do senado vazio, uma constante: os senadores só respondem expediente quatro dias por semana, tem dois meses de férias por ano, sempre esticam feriados prolongados, somem em tempos de campanha eleitoral e estão cercados por essa monumental estrutura.
gente vê se pode isso,é o nosso dinheiro que estam usando..
o que fazer?como combater esta corrupçaõ???

Anônimo disse...

eu moro em mauá - sp.
minha cidade esta falida,não há remédios e médicos no postos,o único hospital que atende pelo sus,nardini falido(remédio,médico).
ruas cheias de buraco,mato nas ruas,uma cidade sem dono.os rios cheios de mato,cadê o dinheiro da cidade,que bolso está?mas quando chega a eleiçaõ ai sim eles aparecem...