26 de mar. de 2009

A Divisão Executiva de Corrupção da Camargo Correa

A Divisão Executiva de Corrupção da Camargo Correa

Foto: Arquivo Publico DF

A Camargo Correa participou da construção de Brasília, umas das maiores superfaturas do planeta

A Camargo Correa, pelo visto, tinha uma divisão administrativa só para cuidar de “contatos políticos”, posicionada no organograma 2 da empresa. Quatro diretorias, que funcionavam com um número muito enxuto de funcionários, lição para o senado, apenas duas secretarias cuidavam de tudo e eram tão dedicadas ao trabalho que foram presas junto com os diretores.

Não dá para saber com precisão, a denominações dessas diretorias, mas se pode imaginar: Diretoria de Relações Privadas com Corruptos, Diretoria de superfaturamentos, Diretoria de Contribuição Eleitoral, também conhecida como “uma mão lava a outra” e a Diretoria de remessa ilegal de grana para paraíso fiscal.

Todas trabalhando coordenadas e azeitadas como deve ser uma divisão de uma grande empresa. Começam financiando os políticos nas eleições, depois aparecem com uma obra na área de atuação do deputado ou senador beneficiado, pedem ajuda na liberação das verbas, superfaturam o empreendimento, mandam o lucro da tramóia para contas no exterior, parte para o caixa da empresa, parte para o “sócio colaborador” político.

Tudo isso para as construtoras é um negócio com outro qualquer, ninguém pode imaginar que a Camargo Correa, a Odebrecht vai fazer uma doação para a campanha eleitoral de Lula, de Dilma, de Serra, por espírito democrático, por amor a democracia brasileira.

A parte de doações é um investimento a ser compensado, com folga, pelos lucros astronômicos dos futuros empreendimentos.

O superfaturamento é um adicional, dos mais interessantes, pois além de aumentar o lucro da empresa, parte fica com eles, ainda mantém o político sob o cabresto cúmplice e promíscuo, ainda por cima, sem pagar impostos.

Funciona assim desde os tempos bíblicos e só é descoberto através de denuncias da concorrência. Consta que houve superfaturamento na construção da Via Appia em Roma, nas Pirâmides do Egito, no Farol de Alexandria, que de tão mal feito nem existe mais, tal qual, os jardins suspensos da babilônia sem esquecer a cidade de Brasília construída no meio do nada, no planalto central brasileiro. A construção da nossa capital federal foi mãe de todas essas grandes empreiteiras brasileiras e seus métodos de convivência incestuosa com o poder público.

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