23 de mar. de 2009

Marcos Valério quer abrir a boca

Marcos Valério quer abrir a boca
Advogados do empresário mineiro negociam delação premiada com o Ministério Público Federal

Foto: Agência Câmara (imagem alterada)

Se o carequinha abrir a boca, vão ter que costruir uma penitenciária nova...

Fontes: Veja – Folha de São Paulo

O empresário Marcos Valério, o operador do esquema do mensalão, negocia com o Ministério Público Federal um acordo de delação premiada para revelar novos documentos que podem comprovar o esquema de compra de votos descoberto em 2005.

As conversas entre os advogados do empresário e os promotores do MP já estariam em fase final de negociação, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de São Paulo. Ainda assim, os entendimentos estão mantidos sob sigilo.

Em troca das informações sobre seus negócios, o empresário negocia a redução ou isenção de sua pena. Para a Procuradoria, o acordo é interessante porque pode resultar na obtenção de provas substanciais ou até mesmo na ampliação do rol dos acusados. Além disso, os documentos permitiriam a recuperação dos recursos que Valério desviou para o exterior.

Como o processo contra os 39 réus do mensalão tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), cabe ao ministro Joaquim Barbosa, relator do caso, decidir sobre a delação premiada, que será em seguida posta em votação do pleno do Supremo Tribunal Federal e se aprovada pela maioria, passa a valer.

O acordo é uma das últimas tentativas de Valério para se livrar da prisão. As dezenas de laudos periciais em poder do STF, somadas aos interrogatórios dos réus e depoimentos de testemunhas, tornam a condenação do empresário praticamente certa. Valério foi o operador do esquema que pagou ao menos 55 milhões de reais a parlamentares entre 2003 e 2004, para que votassem em projetos do interesse do governo federal.

Muita gente torcendo para essa negociação não dá certo, os indiciados de mensalão e mais gente de todos os partidos, principalmente do PT e o PSDB mineiro, são os maiores interessados no fracasso.


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