CNBB desautoriza Bispo excomungador de excomugar
CNBB desautoriza Bispo excomungador de excomugar
Mandaram o Bispo recolher sua metralhadora excomungadora giratória
Foto: O Globo Fontes: O Globo A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) anunciou que só o estuprador e mais ninguém com certeza seria excomungado no caso da menina vítima de abuso que abortou gêmeos. O presidente da CNBB com todo o cuidado foi desmentindo e pondo o Arcebispo de Olinda em Recife no seu devido lugar, reposicionando finalmente o pensamento da Igreja Católica. Na semana passada, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, com a falta de sensibilidade que lhe é característica, anunciou a excomunhão dos médicos e da mãe devido ao aborto, mas deixou o padrasto da menina, acusado de estuprá-la, de fora da decisão da igreja. “Na verdade, o arcebispo não excomungou ninguém. Ele anunciou que este tipo de ato traz consigo tal possibilidade e fez isso movido por sua sensibilidade. Às vezes a pena da excomunhão é colocada para chamar a atenção não só da pessoa, mas da comunidade eclesial da gravidade do ato”, afirmou o presidente da entidade, Dom Geraldo Lyrio Rocha. Segundo o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, só o padrasto, se não tiver um “problema mental” e total consciência do ato, estará automaticamente excomungado. E continua explicando a possibilidade de a mãe e os médicos não terem sido excomungados afirmando que o direito canônico prevê só em raríssimas ocasiões a excomunhão. Segundo ele, a excomunhão depende se o ato aconteceu de forma consciente e livre. Por isso, diz ele, não é possível afirmar que houve a excomunhão da mãe ou mesmo de alguns dos integrantes da equipe médica que realizaram o aborto. “Posso garantir que a menina não foi excomungada. Tenho quase certeza que a mãe ou pai também não, devido à pressão e ao medo de perder a própria filha. Até mesmo na equipe médica, depende do grau de consciência”, explicou o secretário-geral da CNBB.
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