TRANSNORDESTINA: Ser ou não ser eis a questão
TRANSNORDESTINA: Ser ou não ser eis a questão A verdade absoluta é que desde novembro de 2005 quando se anunciou o inicio da transnordestina, não foi colocado nenhum um metro novo de trilho. Um bilhão de reais a mais, no orçamento original da obra foi à única coisa que foi acrescentou
Foto: Ricardo Stuckert/PR Fontes: Folha de Pernambuco Na sua coluna Painel da Folha de São Paulo, deste domingo 14, Renata Lo Prete, falou que em reunião com Lula na quarta-feira, um grupo de ministros manifestou alarme com o ritmo devagar quase parando da Transnordestina, uma das grandes obras do PAC. Orçada em R$ 5,4 bilhões, a ferrovia comprometeu quase todo o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, inviabilizando outros projetos. A história agora é que o dono da Companhia Siderúrgica Nacional, concessionária da Transnordestina, Benjamin Steinbruch alega dificuldades de fluxo financeiro e pede adiantamento para cobrir gastos de instalação das empreiteiras. Quer dinheiro antecipado, antes de começar a obra. Lula vai dar? A transnordestina é uma das mais incríveis ficções cientifica do governo Lula. Quem estivesse distraído, ao ver esse debate levaria um susto pensando que a obra já estaria pronta, ou em vias de ser inaugurada, definitivamente, e constata que o projeto ainda não saiu do papel. Isso não impediu, que apesar de não ter nenhum metro de trilho assentado, a Transnordestina foi motivo de vários eventos políticos do presidente Lula. Lançou várias pedras fundamentais, visitou canteiros de obras fictícios, andou de trem que não tinha nada a ver, prometeu a criação de milhares de empregos e até tocou um alarme determinando o início das obras, era mais uma ficção científica do PAC. Foto: Ricardo Stuckert/PR No site da presidência da República podem-se ver muitos momentos da construção da ferrovia, o primeiro deles é o momento em que o presidente Lula, em 25 de novembro de 2005, assinava em Fortaleza, junto com o então Ministro da Integração Nacional Ciro Gomes, contratos e convênios para construção da Transnordestina. Parecia até que era verdade. O Colunista do Diário de Pernambuco Aldo Paes Barreto revela, uma conversa paralela, na tal reunião ministerial, quando o ministro baiano da Integração Nacional, Geddel Viera, a pretexto das impossibilidades da Trasnordestina, propôs à Casa Civil a utilização de parte dos recursos para viabilizar a Ferrovia Oeste Leste que liga as cidades de Ilhéus a Luís Eduardo Magalhães. Em resumo, o ministro insinua nas entrelinhas, que a Transnordestina é um caso perdido, que não poderá ser usada como material de propaganda política no próximo ano, pois não passa de um amontoado de placas e eventos inventado pelo marketing palaciano. O colunista Aldo Paes Barreto comenta adiante que “caso os recursos da Transnordestina, ou parte deles, sejam transferidos para a estrada baiana, a ferrovia da integração nordestina, que se arrasta a mais de cem anos, vai mesmo se transformar numa Obra de Santa Engrácia A verdade é que a ferrovia só não é totalmente ficcional, devido à trilha de placas enormes postas em todo trecho por onde a estrada passaria. Mas “não há um só metro de novos trilhos colocados ao longo dos 1,7 mil quilômetros da projetada ferrovia.” Foto: Ricardo Stuckert/PR Em junho de 2006 o presidente Lula esteve em Missão Velha, no Ceará para acionar o alarme que simboliza o início das obras da Nova Transnordestina, (Lua inaugura cada coisa), pois o primeiro o trecho que seria construído teria 110 km e ligaria Missão Velha (CE) a Salgueiro (PE). Na foto o então vice Governador de Pernambuco, Mendonça Filho, nos tempos em que Jarbas ainda governava o estado. Foto: Ricardo Stuckert/PR Dá para acreditar, que essa trupe saiu de Brasília, para o sertão de Pernambuco, em comitiva festiva apenas para participar de uma encenação? Na ocasião Lula anunciou que só em Pernambuco, a estrada de ferro aplicaria mais de R$ 2 bilhões e criaria 4 mil empregos, “uma espinha dorsal ligando duas regiões em pleno desenvolvimento: o Porto de Suape com as fronteiras agrícolas do São Francisco.” Por fim, há de se questionar, como uma obra que nem começou, teve o orçamento, inicialmente previsto de R$ 4,5 bilhões, aumentado para R$ 5,4 bilhões. A única explicação plausível são as despesas decorrentes, de tantas assinaturas, inaugurações, visitas a canteiros, confecções de placas, toques de alarmes e solenidades. Essa coisa de marketing é muito dispendiosa. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário