Iraque em festa com retirada das tropas americanas
Iraque em festa com retirada das tropas americanas Parece mentira, mas os americanos estão saindo de cena das ruas do Iraque a partir de hoje, ainda vão continuar até 2011, mais não executarão missões, ficarão aquartelados como uma tropa de reserva para garantir eventualmente a segurança do país.
Foto: AP Fontes: Notícias Uol Os iraquianos celebram com grande festa em Bagdá a retirada das tropas americanas de suas cidades e povoados. Os festejos para celebrar o "Dia da Soberania Nacional" terá shows de poesia e grupos musicais. Embora em função dos atentados registrados nos últimos dias, a segurança esteja reforçada. Uma multidão juntou-se no gigantesco Parque Zawra, em Bagdad, para assistir a uma mega-festa. Numa atmosfera descontraída, sujeitaram-se a ser revistados por três vezes, antes de acederem ao jardim onde vão escutar os mais célebres cantores e grupos musicais iranianos. Foto: Getty Images O general americano Daniel Bolger, Comandante das forças de ocupação em Bagdá, passa simbolicamente a chave da base da 1ª Divisão de Cavalaria, as mãos do general iraquiano Abud Qambar, a última das 86 posições ocupados por forças USA na capital
Os 131 mil americanos estão se retirando das cidades e vilas do Iraque hoje. A segurança do país passa as mãos dos iraquianos. Pelo pacto de segurança EUA-Iraque gradativamente esse efetivo será reduzido até se tornar zero até 2011. Foto: AP Com todos os problemas internos para resolver, os iraquianos tem motivo de sobra para comemorar. O país está ocupado por uma força estrangeira desde 2003. A invasão dos Estados Unidos transformou-se rapidamente em caos e guerra religiosa, antes que o exército e a polícia iraquianas, apoiados pelos EUA, retomassem o controlo sobre os rebeldes. Foto: AP Os números da violência chocam: mais de 100 mil civis iraquiano morreram por estarem em meio ao fogo cruzado dessa guerra, que visava vingar o ataque sofrido pelos Estados Unidos em 11 de setembro, derrubando o ditadura de Saddam Hussein, que já governava o Iraque por 24 anos, com mão de ferro, em meio a corrupção e sangue dos adversários. Os Estados Unidos atacaram o Iraque, sob o pretexto de que o ditador era uma ameaça para o ocidente, que inclusive estava produzindo armas de destruição em massa e tinha ligações com o grupo terrorista Al Qaeda, que atacara os Estados Unidos, no episódio do World Trade Center.
Foto: AP Os americanos imaginaram que chegariam ao Iraque como um exército de libertação, tirando o povo oprimido das mãos de um terrível ditador, com um poderio militar tão arrazador, que destimularia qualquer resistência. Não foi bem assim, esqueceram de combinar com os rebeldes iraquianos. Foto: arquivos Mariner Mesmo com a prisão, condenação e morte de Saddan Heussein a paz não aconteceu.
Foto: AP Os extremistas Xiitas e Sunitas são se uniam no momento em atacar os americanos. Os americanos desde 2003 tiveram mais de 4.200 soldados mortos em combate no Iraque. Por isso para os americanos a saída do Iraque também é motivo de celebração. Foto: AP Mais nem tudo são flores, nesse momento, a saída americana quase foi adiada pela série de atentados que ocorreram no Iraque nesse mês, mais de 200 pessoas foram mortas e 500 feridas. Os dois ataques mais violentos aconteceram na província de Kirkuk (72 mortos), e no bairro xiita de Sadr City, Bagdá (62 mortos).
Foto: Reuters Soldados e veículos blindados continuarão patrulhando as ruas do Iraque como nos últimos seis anos - mas, a partir de agora, as equipes de segurança serão formadas exclusivamente por efetivos iraquianos.
Foto: Reuters Nuri al Maliki, por sua vez, estimou que os sangrentos atentados da última semana foram uma tentativa da rede terrorista Al Qaeda de minar a confiança da população nas forças nacionais de segurança e reacender as divisões entre os diferentes grupos religiosos do Iraque.
Foto: AP Além de transferir para as forças iraquianas suas bases urbanas, o exército americano prometeu também a doação de 8.500 veículos militares Humvee - 5.000 já foram entregues, segundo o general Ray Odierno, máxima autoridade militar dos EUA no Iraque.
Foto: Getty Images O presidente Obama começa a cumprir um importante item das suas promessas de campanha, de retirar os americanos da guerra do Iraque, apesar de o acordo que retira as tropas das cidades, ter sido assinado pelo seu antecessor George Bush em novembro do ano passado. |
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