28 de jun. de 2009

Brasil de virada vence Copa das Confederações

Brasil de virada vence Copa das Confederações
3x2 sobre os Estados Unidos, que fizeram dois gols no primeiro tempo, o Brasil só marcou no segundo tempo, Luis Fabiano, duas vezes, 1 minuto e aos 29, e Lúcio, aos 39 minutos

Juca Kfouri no seu Blog, comentou assim a partida:

O primeiro tempo de Brasil e Estados Unidos em Johanesburgo, na final da Copa das Confederações, foi um pesadelo.

Que começou em ritmo morno, de estudos, até que, aos 10 minutos, André Santos não apertou o cruzamento ianque, Lúcio não encurtou o espaço de Dempsey e ele fez 1 a 0, para surpresa brasileira.

As coisas não funcionavam.

Ramires não era Ramires, Robinho era Robinho, muita posse de bola e pouca eficácia, Kaká era uma caricatura dele mesmo e, para piorar, nas poucas vezes em que a Seleção Brasileira chegava , como numa com André Santos, o goleiro Howard se transformava numa barreira.

Foi então que, aos 27, num contra-ataque perfeito, Donovan, recebeu na área, deu um corte perfeito em Ramires, e fez 2 a 0.

Difícil dizer quem se beliscava mais.

Se os americanos, por estarem na frente com toda essa vantagem, se os brasileiros, pelo tamanho da desvantagem.

Quando o segundo tempo começou, sem modificações nos dois times, aos 39 segundos, Maicon deu para Luis Fabiano girar na área e diminuir, como se para fazer o time acordar do pesadelo.

Um novo jogo iria começar, de 45, um pouco mais, minutos.

O conjunto norte-americano conseguia jogar de igual para igual com o time brasileiro em noite pouco inspirada individualmente, o que sempre faz diferença.

Por duas vezes, os ianques exigiram que Júlio César se virasse.

E quando a bola ia no gol de Tio Sam, Howard se dava bem, como numa cabeçada de Lúcio.

Foto: Getty Images

Aos 14, Kaká cabeceou para dentro do gol, Howard defendeu lá dentro e mandou a bola no travessão, mas o bandeirinha não deu o empate.

Uma lástima para realçar a burrice da Fifa em não aceitar auxílio tecnológico.

O jogo já estava por apenas 30 minutos.

Os EUA que interromperam uma séria invicta de 35 jogos da Espanha e de 15 vitórias seguidas, estavam impedindo a oitava vitória consecutiva do time brasileiro, graças, também, ao bandeirinha.

Aos 21, Dunga pôs Daniel Alves no lugar de André Santos e Elano no de Ramires.

Aos 25 Luis Fabiano perdeu um gol imperdível, na saída de Howard.

O empate seria justo.

Foto: Reuters

E aconteceu, chorado, sofrido, depois que Kaká foi à linha de fundo, Robinho mandou no travessão e Luis Fabiano pegou o rebote de cabeça, aos 74. 

Era para estar 3 a 2 para o Brasil, mas, paciência, embora dê raiva.

Foto: Reuters

Mas, aos 39, Elano bateu escanteio na cabeça de Lúcio que fez o merecido 3 a 2.

Afinal, respeito é bom e a gente gosta.

Deu até para ouvir alguns rojões em São Paulo, poucos, é verdade, mas sinceros, é possível imaginar.

O Brasil é o primeiro tricampeão da Copa das Confederações e, não tenha dúvida, com Dunga não se investirá na condição de favorito como aconteceu em 2005, na Alemanha.

O que permite sonhar com o hexacampeonato.

Sem, ou com, novos pesadelos, porque o futebol anda assim mesmo.


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