20 de jun. de 2009

Pagamos também o mordomo dos Sarneys

Pagamos também o mordomo dos Sarneys
Descobriram que Roseana Sarney, ex-senadora e atual governadora do Maranhão, tem um mordomo pago pelo Senado, um personagem suspeito e secreto, como manda a tradição

Fotomontagem Toinho de Passira

Se aparecer um punhal cravado, quem será o suspeito?

Fontes: Estadão, Entre Nós

Parem as sindicâncias, as investigações, as averiguações, o culpado apareceu. O mordomo, o último personagem desse romance burlesco que vem sendo escrito no senado federal, apareceu em grande estilo, atraindo para si todas as suspeitas.

Tem o cognome de “Secreta”, e trabalha sob o disfarce de assessor de gabinete do Senado, mas atua como mordomo, na mansão do Lago, da ex-senadora e atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que coicidentemente é filha do desinformado Presidente do Senado, José Sarney de Araújo Costa.

Estamos falando de Amaury de Jesus Machado, de 51 anos, conhecido como "Secreta", funcionário efetivo do senado da republica, que deveria trabalhar no Senado, mas na verdade, desde 2003, trabalha a cabalísticos sete quilometros do legislativo, mordomisando a filha do homem. Para tanto ganha em torno de R$ 12 mil, da folha de pagamento do Senado.

O mordomo "Secreta" é quase um integrante agregado da família. Cuida dos serviços de copa e cozinha, distribui ordens aos funcionários e organiza as recepções que Roseana promove quando está na cidade.

Nos últimos dez dias esteve em São Paulo, acompanhando Roseana, que passou por cirurgia para retirada de aneurisma. Mesmo que ainda fosse senadora, a filha de Sarney não podia ter um serviçal doméstico pago pelo senado, fica mais estranho porém, que o tenha quando governadora.

Amaury de Jesus Machado, o "Secreta", está com os Sarneys desde os tempos que Zé Sarney morava no Palácio da Alvorada quando Sarney era presidente.

A lotação mais recente data de fevereiro de 2003. Logo após tomar posse como senadora, em 2003, Roseana Sarney puxou Machado para seu gabinete. O ato foi assinado pelo então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, em 21 de fevereiro.

Fotomontagem Toinho de Passira

No frigir dos bigodes, todo mundo do senado, ou é Sarney, ou já foi Sarney um dia, ou esconde o nome Sarney para não dá na vista, são os Sarneys sem sobrenome.

Quem suspeitaria que uma moça chamada Vera Portela Macieira Borges, era sobrinha de Sarney? Que outra chamada Shirley Duarte Pinto de Araújo, era sua cunhada, irmã de dona Marly Sarney?

Quando entrou a turma de sobrinhas do Murad, marido de Roseana, a coisa fica mais difícil ainda: Isabella Murad Cabral Alves dos Santos, por exemplo, não mora nem no Brasil, está em Barcelona, e “por um lapso’, continuou recebendo como se estivesse trabalhando no senado. A outra sobrinha do Murad é Virgínia Murad de Araújo, que está lotada no gabinete do senador Mauro Fecury, suplente de Roseana e também não freqüenta o Congresso, nos horários de expediente.

Por fim vem o caso da misteriosa e secreta nora do presidente do senado, Rosangela Terezinha Michels Goncalves, miss Acre 1982, que ocupou a vaga que antes pertencia ao neto de Sarney João Fernando Michels Gonçalves Sarney, neto de Sarney.

Diante dessa listagem parcial, vê-se claramente que o único, suspeito de verdade é o mordomo “Secreta”, por enquanto.


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