17 de jun. de 2009

Sarney: o safado símbolo do Brasil

Sarney: o safado símbolo do Brasil
O insuperável, imbatível, histórico e atual exemplo de safado* perfeito sintético absoluto

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Um dia para os anais do Senado: Sarney dá lições de safado, no plenário repleto de safados senadores de todos os partidos. Só ele tem autoridade, vivência e experiência para tanto.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP)foi ontem à tribuna, tentar se safar argumentando que nunca teve seu nome evolvido em corrupção, que tem uma família bem formada e uma biografia política irretocável.

José Sarney é um perfeito exemplo de safado bem sucedido. Sempre foi capaz de safar-se e de safar os filhos e filhas, mais correligionários e amigos de encrencas com a lei, em especial as de caráter políticos criminais.

Sendo o que é, tem orgulho de sua prole que lhes seguem os passos de safado, provando que a genética influencia também no aspecto da amoralidade familiar.

Quando falou aos excelentíssimos senhores senadores e senadoras, sabia que seria compreendido, pois aquela era uma platéia de safados. A esmagadora maioria dos presentes, ou já se safaram de muitas, ou estão tentado se safar de alguma, junto ao STF, onde sempre todos, de uma maneira ou outra, acabam safados.

O safado Fernando Collor foi cumprimentá-lo e demonstrar apoio, logo após o pronunciamento, solidariedade entre iguais
Alguns senadores apartearam-lhe para tecer-lhe elogios e dizer da importância dos seus safados cinqüenta anos de vida pública. Havia um toque de inveja e até adoração, da parte de alguns desses meros safados rotineiros, diante do grande mestre dos safados brasileiros.

Sarney com, voz embargada, mostrou-se decepcionado em ter que se explicar, pois ao ser eleito presidente do Senado, todos já lhe conheciam a forma secreta e eficiente de governar a casa.

Desde os outros mandatos, facilitou para si e para os companheiros, de todos os partidos, sem limites morais, estatuários ou legais, todos os desejos de aproveitar ao máximo a suprema benesse de ser senador da republica.

Empolgado, declarou mais de uma vez que definitivamente a culpa não era sua, não havia e não há uma crise Sarney, um safado de seu quilate não vai ter a irretocável biografia manchada pela contratação de duas dúzias de parentes fantasmas.

Há uma crise no senado, reconhece, mas nem de longe é de sua responsabilidade. Pelo contrário, tem se empenhado, mais que da conta em debelá-la: só nesse mandato, sem licitação, já contratou duas vezes a Fundação Getúlio Vargas e os incompetentes integrantes da FGV, não conseguiram safar nem o senado, nem o presidente da casa.

Os culpados por essa crise, são aqueles que trouxeram a luz do dia os “atos secretos do senado”, uma forma tão criativa e delicada de esconder nomeações vexatórias e outras falcatruas do dia a dia, longe dos olhos e do coração dos eleitores nacionais, trazidas a tona, de forma irresponsável e inconveniente. Precisavam?

Por causa desses maus brasileiros, que ele, um homem que sempre pautou a vida publica em ser um safado de alto nível, estava agora a lidar com explicações de deslizes de pouca monta, a comprometer a sua reputação de grande deslizador.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Foi uma tarde histórica, comovente e didática para todos os safados congressistas nacionais.

Por fim, chamando a responsabilidade para si, José Sarney, o grande líder dos safados desse e do século passado, pediu a colaboração e o empenho de todos os colegas, para abafar, o mais depressa possível, todos esses casos.

Afinal de contas com esperar que alguém seja punido por ter cometido crimes secretos, se ninguém consegue, cometendo crimes públicos.

Convencido da que Sarney já está safado, "thepassiranews" Sugere que esse dia, 16 de junho, seja comemorado, como o dia nacional dos Safados, com direito a feriado nacional. E que José Sarney seja justamente proclamado com o Patrono Perpetuo dos Safados Brasileiros, que nos perdoem o presidente Lula e o senador Renan Calheiros.


*SAFADO é o particípio de safar-se; livrar-se; escapar; esquivar-se; salvar-se.

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