22 de jun. de 2009

Sarney: palavras ao vento...

Sarney: palavras ao vento...
Até a falsa indignação do presidente do Senado está cansando

Fotomontagem de Toinho de Passira sobre foto de Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Fontes: Agência Senado

Depois do discurso de Virgílio o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fez um ligeiro e gosmento pronunciamento:

“Julguei que fosse eleito presidente para presidir politicamente a Casa e não para ficar submetido a cuidar da despensa da Casa ou para limpar as lixeiras da cozinha da Casa”, disse Sarney.

Sarney não sabe mais o que dizer, esgotou-se a sua capacidade de fingir indignação cercado pelos dez parentes fantasmas, a povoar o seu Senado de atos secretos.

Não pode renunciar e ficar esta cada vez mais desconfortável. Não foi boa idéia voltar a ser presidente. Os parentes perderam os empregos e querem agora que ele puna Agaciel Maia, seu sócio, amigo e afilhado.

Disse que mandou apurar tudo, prender culpados, e garantiu que ninguém será “acobertado”. Nem ele? Nem Renan?

Ao discorrer que mandou fazer inúmeras sindicâncias e disse mais uma vez, cinicamente que ficou tão surpreendido com os atos secretos, como todos os outros senadores, esquecendo que foi por meio dos atos secretos foram nomeados 10 dos seus parentes.

Por fim Sarney negou a existência do mordomo de sua filha Roseana Sarney (PMDB-MA), governadora do Maranhão. Disse que o funcionário citado pelo jornal, como mordomo pago com recursos da Casa, não é mordomo, motorista do Senado há 25 anos.

Será que motorista do Senado ganha mesmo $12 mil por mês, como ganha Amaury de Jesus Machado, vulgo “Secreta”?

Não explicou por que ao invés de dirigir, secreta tem como principal tarefa organizar recepções para a senadora e dar ordem a criadagem na sua mansão no Lago Sul.

Concluiu dizendo que a casa de Roseana agora está fechada, como se isso encerrasse a questão. Depois disso foi embora, sem falar que ia ou não demitir Agaciel e seu parceiro Zoghbi, nem precisava, todo mundo sabe que não.

Sarney conta com o recesso do Senado daqui a uma semana. Quando os senadores retornarem em agosto, os escândalos serão outros.


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