Lula está com Ahmadinejad e não abre

Lula está com Ahmadinejad e não abre "Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos” Foto: Ricardo Stuckert/PR Lula encontrou com Ahmadinejad em Nova York no ano passado Fontes: Bandnews, BBC Brasil, Blog do Noblat O assessor de Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Top Top Garcia, foi a primeira autoridade brasileira a se pronunciar dizendo que achou "ótimo" os protestos de rua no Irã, pois esse é um "sinal de vida democrática" e deixou claro que não questiona a vitória do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Vimos debates e manifestações de ruas de alguns inconformados com os resultados. Isso é um bom sinal, diz o Garcia sem levar em conta sete pessoas mortas. Ainda por cima o ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que declarou que estava "torcendo" pelos opositores e que já havia declarado que tinha ficado "aliviado" com o cancelamento da viagem de Ahmadinejad ao Brasil. Estranho esse ministério de Lula, que sai por aí falando coisas discordantes, em nome do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pos um ponto final nas dúvidas, nesta segunda-feira em Genebra, afirmando que "não há provas" de que tenha havido fraude nas eleições iranianas e afirmou que pretende definir uma data para visitar o país no ano que vem. "Veja, o presidente (iraniano Mahmoud Ahmadinejad) teve uma votaçao de 61, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude", disse Lula em entrevista coletiva. Ricardo Noblat comenta no seu Blog: O fato de o presidente iraniano ter obtido 61% dos votos não significa que a eleição foi limpa. A oposição diz que não foi. Ditadores africanos são reeleitos com mais de 80% dos votos em eleições que em sua maioria são manipuladas. A opinião do presidente brasileiro sobre a eleição no Irã não faz a menor diferença - nem em Teerã nem em parte alguma. Foi mais uma oportunidade que Lula perdeu de ficar calado.