5 de jun. de 2009

Os franceses chamaram Nelson Jobim de "bavard"

Os franceses chamaram Nelson Jobim de "bavard"
"Bavard", em francês significa "indiscreto", "falador", "falastrão", "amostrado" foi assim que a TV TF1, a mais importante rede de TV fracesa se referiu ao nosso ministro, que na ânsia de aparecer na mídia, criou tensão nas famílias e embaraços diplomáticos enquanto inflava o ego. Para os franceses ver o que a gente tem que aguentar por aqui.

Fotomontagem de Toinho de Passirasobre foto de Roosewelt Pinheiro/ABr

DOIS EM UM: O multi-Jobim é um misto de Rolando Lero e Galeão Cumbica, personagens da Escolinha do Professor Raimundo

Fontes: Portal UOL, Estão, Estadão, O Globo

Na emissora de TV TF1, a mais importante rede da França, Jobim foi chamado de "bavard", que em francês significa "indiscreto" ou "falador". As declarações do ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, anteontem, descartando as hipóteses de uma explosão e de um incêndio no Airbus A330-200 foram vistas com ceticismo e críticas, ontem, na França, antes mesmo da Marinha confirmar que os destroços recolhidos não eram do avião da Air France.

Enquanto as autoridades dizem que nenhuma hipótese pode ser descartada, especialistas reiteraram que, mesmo em caso de explosão, o combustível transportado pela aeronave poderia não se pulverizar no oceano.

Quem acabou pulverizada foram as declarações de Jobim, quando os técnicos começam a acreditar que nem o combustivel encontrado no mar, seja do Aibus sinistrado. Em Paris, a princípio as declaração repercutiram na imprensa porque, pela primeira vez, uma autoridade de um dos dois países envolvidos no caso descartou hipóteses relacionadas às causas do acidente com o voo AF 447.

Procurada pelo Estadão, a direção do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA) se recusou a comentar a posição de Jobim. O órgão é o responsável pela investigação, já que o desastre aconteceu em águas internacionais e com avião matriculado na França.

Foto: Olivier Laban-Mattei/AFP

A hipótese terrorista não está excluída para explicar o desaparecimento do Airbus da Air France entre Rio e Paris com 228 pessoas a bordo, declarou nesta sexta-feira o ministro francês da Defesa, Hervé Morin.

Na manhã de quarta-feira, Paul-Louis Arslanidan, diretor da entidade, havia reafirmado que nenhuma hipótese poderia ser descartada no atual momento das investigações, antes da recuperação dos primeiros destroços e das caixas-pretas.

O silêncio também foi adotado pelo porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da França, Patrick Prazuck. Segundo ele, a instituição não se envolverá em questões técnicas, relativas à investigação do acidente, nem se posicionará sobre as declarações do ministro brasileiro.

Entre especialistas, a presteza com que Jobim descartou a possibilidade de uma explosão no Airbus A330 gerou críticas. Para Eric Derivry, porta-voz do Sindicato de Pilotos da França e comandante de um aparelho idêntico ao destruído no acidente, os comentários do ministro podem, mais do que serem precipitados, serem errados.

"Mesmo quando uma aeronave sofre uma explosão em pleno voo, partes importantes de sua fuselagem podem ficar inteiras. Este pode ter sido o caso dos reservatórios de querosene", estimou. "Eles podem não ter sido fragmentados até o choque com o mar, o que explicaria um vazamento posterior e uma mancha."

Foto: Ho/AFP

Os destroços recuperados nesta quinta-feira pela Marinha do Brasil não pertencem ao Airbus da Air France que desapareceu sobre o Atlântico, revelou o brigadeiro Ramon Cardoso, diretor do departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica.

Especialistas do ITA e da USP ouvidos pelo GLOBO e que preferiram não se identificar criticaram o ministro da Defesa, Nelson Jobim, por afirmar peremptoriamente que não houve explosão diante do encontro de um rastro de óleo no oceano. Um cientista do ITA explicou que a informação não afasta completamente a tese, ainda mais com o report do AF 447 de que o Airbus da Air France sofreu uma despressurização antes de cair.

É preciso compreender que cabe ao Governo Frances todas as declarações oficiais do acidente, pois o avião era de uma empresa aérea daquele país, a maioria dos passageiros era de nacionalidade francesa e o acidente ocorreu em águas internacionais.

Ao Brasil cabe apenas o resgate de possíveis sobreviventes, o recolhimento de corpos e destroços, que serão entregues as autoridades e peritos do governo Frances para investigações e providências legais.

Foto: Reuters

Por não conhecer o nosso ministro a imprensa francesa, a pricípio levou a sério suas declarações, mas logo perceberam o engano.

Nelson Jobim, não satisfeito, para piorar as coisas, foi mais adiante e também descartou a possibilidade de sobreviventes no acidente.

Nas difíceis relações com os familiares das vítimas, esse tipo de informação, ausência de sobreviventes, desperta fúria nos parentes, que acreditam que depois disso as autoridades vão abandonar os seus parentes, hipoteticamente sobreviventes a própria sorte. Afora todo o aspecto legal que a questão engloba.

O ministro das Relações Exteriores da França, quando questionado descartou a morte dos passageiros. "Não posso declarar a morte de nenhum passageiro. Quem faz isto é um procurador na França". "Há evidências de que o avião se fragmentou", disse o ministro, sem especificar se foi no ar ou no mar ou na sua cabeça de vento.

Foto: AFP

Alguns familiares em contato com o Ministro das Relações Exteriores, da França, Bernard Kochner (foto) que veio ao Rio representando o Presidente Sarkozy, na cerimônia da Candelaria as vitimas do aciedente, foi questionado por um parente frances de uma das vítimas, porque o governo frances estava sonegando informações importantes da familia?

O Ministro Bernard Kochner limitou-se a responder, que o governo frances só informava o que tinha realmente certeza.

"Nós não estamos escondendo nada e não vou descartar nenhuma hipótese que explique o que derrubou o avião.


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