14 de mai. de 2009

Escoteiros treinados para combater terroristas

Escoteiros treinados para combater terroristas
Longe de ser um daqueles românticos grupos de escoteiros dos anos 50, “sempre alertas”, os escoteiros americanos da atualidade recebem treinamento de combate ao terrorismo, a ataques escolares, traficantes e até contra imigrantes ilegais

Foto:Todd Krainin/ The New York Times

Escoteiros Exploradores prontos para entrar num prédio tomado por terroristas, em um exercício, cheio de realismo

Fontes: The New York Times, ABC - Espanha

O jornal The New York Times de hoje, publica uma preocupante matéria, que traduz a situação da assustada América de hoje.
Uma Associação de escoteiros que existe há 60 anos, com atividades na maioria dos estados americanos, dedicada também a cursos profissionalizante, ficou mais popular nos últimos tempos, devido a um programa de treinamento conhecido como “exploradores” destinados a jovens em sua maioria com idade não superior a 16 anos, que se torna um verdadeiro guerreiro moderno.

Foto: Todd Krainin/ The New York Times

Os Exploradores invadem uma fábrica de produtos químicos, em um exercício. Os terroristas chegaram primeiro e explodiram um caminhão com uma bomba

Os meninos americanos aprendem na prática, técnicas de combate a terroristas, traficantes, atiradores eventuais em ambiente escolar e combate a imigração ilegal, focado na fronteira mexicana.

As cenas são montadas de forma mais realista possíveis, como nos treinamentos de tropas de elites, ministrada por especialistas com vasta experiência. A única diferença é que as armas utilizadas são quase sempre de ar comprimido, mas o curso inclui o manuseio, e utilização de armas de fogo reais.

Foto: Todd Krainin/ The New York Times

Exploradores respondeu com uma barragem de fogo após uma espingarda de ar comprimido ter “matado” um membro da equipe.

Os responsáveis pelos programas garantem que as sessões de treinamento não se destinam a ser aplicadas fora dos limites do acampamento, onde as cenas criminosas são simuladas e combatidas com grande realismo e muita violência pelos jovens treinados que não vacilam nunca em atirar e aniquilar o inimigo.

Não se pode evidentemente avaliar a repercussão dessa proximidade com a violência para garotos e garotas de tão tenra idade. Não se sabe se eles estão sendo preparados para se defender ou se os novos escoteiros americanos transformar-se-ão em personagens violentos, como parte da educação americana desses novos tempos, após o 11 de setembro.

Foto: Todd Krainin/ The New York Times
 
Cathy Noriega, 16 anos, admite sentir atração por armas. "Gosto do som dos tiros." – diz a adolescente, causando arrepios. Ela disse que pretende no futuro trabalhar com uma carreira que envolva a aplicação da lei.

Os instrutores dos “Exploradores” analisam casos reais ocorridos em território americano e procuram em pormenores reproduzir a situação do ataque a uma sala de aula de universidade, por exemplo, instruindo os alunos a evitar ou saber se defender em tais situações.

Avalia-se que um exército de 135 mil jovens podem estar participando desses cursos no momento.

Foto: Todd Krainin/ The New York Times

Exploradores interrogam um suspeito para identificar se ele era um refém ou um terrorista.

Teoricamente jovens de ambos os sexos, entre 14 a 21 anos, poderiam participar das atividades, mas na prática, há um grande contingente de meninos e meninas na faixa de 13 anos entre os praticantes.

Ressalta o jornal que algumas mães são entusiastas do programa e não perdem um só jogo, e comparecem com fossem torcer num evento esportivo. Na verdade tudo funciona como um gigantesco e quase real vídeo game de guerra.

Deus salve a América de si mesma!


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