16 de mai. de 2009

Lula das Arábias

Lula das Arábias
O presidente Lula chegou hoje na Arábia Saudita. Uma viagem cheia de riscos, por exemplo, quem for pego roubando, segundo a lei local, tem a mão cortada.

Foto: RicardoStuckert/PR

As primeiras imagens do presidente na Arabia Saudita, mostram Lula preocupado, não é com a CPI da Petrobras, na verdade o presidente está tendo um ataque de síndrome de abstinência alcoólica. Ao lado de Lula o príncipe da região da capital, Satam bin Abdelaziz

Fontes: O Globo, Estadão , BBC Brasil, Arabe News

Lula vai discutir, essencialmente, comércio e investimentos, num país riquíssimo, que detém uma das maiores reservas de petróleo do mundo, estimada em 260 bilhões de barris.

Estará num calor de médio de 36 graus, numa monarquia do Golfo arábico governada pela mesma família (al Saud) há mais de um século, o nosso presidente talvez queira aprender como se faz essa reeleição automática sem precisar consultar o congresso e muito menos o povo.

Na Arábia Saudita, sob a liderança inconteste do rei Abdullah bin Abd al-Aziz Al Saud, pratica-se o islã na sua forma mais radical, o salafismo ou waabismo, que busca praticar o islamismo na sua origem mais pura, original.

A princípio a mensagem do Islã é simples, a salvação é alcançável para acredita num Deus único, reza cinco vezes ao dia, voltado para a Meca, submete-se ao jejum anual no mês do Ramadã, paga dádivas rituais e efetua, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca.

Toda a atividade do homem islamita está associada à religião, quer sejam atos políticos, sociais, financeiros, legais, militares etc.

A mulher é vista como reprodutora, vive separada dos homens boa parte do tempo e só pode ir à rua inteiramente coberta de preto.

Foto: RicardoStuckert/PR

Avisaram ao presidente, além de não beber, não vai poder pegar nada dos outros, "roubar nem pensar". Em resumo uma uma viagem arriscada para o primeiro casal brasileiro: se o presidente disser uma daquelas piadinhas de mau gosto com o King Abdullah bin Abd al-Aziz Al Saud, pode se encrencar seriamente, por outro lado o cabelereiro da primeira dama não vai poder se descontrair, se vacilar numa desmunhencada, acaba enforcado.

Essa viagem foi programada para contrabalançar as relações regionais, naquela área do globo, e aconteceria para compensar a visita que Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã faria a Brasília, no ínicio do mês, e que foi cancelada na véspera, por motivos ainda não esclarecidos.

Os iranianos e os Sauditas não se bicam. O islamismo xiita praticado no Irã não é tolerado na Arábia Saudita, é considerado até um caminho herético pois veneram uma trindade,:Alá, Maomé e Ali, o genro do profeta deserdado pela viúva.

O Irã é de etnia persa e os árabes são semitas, portanto não é correto dizer que os iranianos sejam árabes, como são os saudistas.

Entendeu Lula?

A Arábia Saudita é o maior mercado do Oriente Médio, com 60% do PIB dos países do Conselho de Cooperação do Golfo, com o qual o MERCOSUL negocia Acordo de Livre Comércio. O comércio dos dois países é de US$ 5,5 bilhões. Em 2008, as vendas brasileiras para o mercado saudita cresceram 78%, chegando a US$ 2,5 bilhões.

Lula também vai buscar apoio à candidatura do Brasil a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, essa bobagem que ele vem tentando, sem bem saber porque, incentivado por interesses próprios do Ministro das Relações Exteriores, Celso Tamborim.


Os sauditas são o xodó dos americano 

Foto: Reuters

Os americanos amam de paixão os saudistas, e não se preocupam, por exemplo, o quanto eles podem ferir os direitos humanos. Afinal o poderoso país tem muito petróleo e também amam e apoiam os americanos de paixão. Da última vez que esteve na Casa Branca, ainda no governo Bush o rei Abdullah bin Abd al-Aziz Al Saud foi conduzido pelos corredores, de mãos dadas com o presidente americano, como é de bom tom, entre os Sauditas. Uma gracinha.


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