Guantánamo tira a unanimidade de Obama
Guantánamo tira a unanimidade de Obama A revista Veja dessa semana traz um artigo de Thomas Favaro falando das dificuldades de Obama em resolver ou legalizar a situação do presídio militar d Guantánamo, sob administração das forças Armadas americanas, mas fora do território, no que a revista chamou de “limbo judiciário”.
Foto: Getty Images O presidente Obama saiu em defesa de seu projeto com um discurso pronunciado no Arquivo Nacional, onde estão guardados a Declaração de Independência e o original da Constituição.
Fonte: Revista Veja Foto: Arquivo - AFP A prisão de Guantánamo foi criada para manter os suspeitos de terrorismo numa espécie de limbo judiciário, fora do território americano. A situação esdrúxula e a péssima imagem do governo de George W. Bush converteram o local em foco de constrangimentos para o país. A derrota no Congresso foi o prenúncio de um "duelo de titãs" entre Obama e Dick Cheney, vice-presidente de Bush. Foto: Getty Images O ex-vice presidente Cheney, afirmou que o governo Bush tomou medidas de emergência em momento de crise e que o fato de não terem ocorrido novos ataques terroristas em território americano é a prova de seu sucesso.
Apesar do alarde feito nos palanques, boa parte da política antiterrorista de Bush continua em vigor. Obama autorizou a volta dos julgamentos militares em Guantánamo e recuou na decisão de divulgar fotos de tortura infligida aos prisioneiros.
O tanzaniano, acusado de participar dos atentados contra embaixadas americanas na África, em 1998, será o primeiro a ser julgado nos Estados Unidos. Caso sejam condenados, terroristas como Ghailani podem ir parar nas prisões de segurança máxima – de onde nenhum detento jamais escapou. Mas as pesquisas revelam que a maioria dos americanos não quer ter um terrorista perto de sua casa, nem mesmo na prisão. O principal problema são os terroristas notórios que foram sabidamente torturados, como Abu Zubaydah, um dos líderes da Al Qaeda. A Justiça americana não aceita provas obtidas sob tortura, o que dificultaria a condenação. "É difícil pedir que outros países aceitem esses detentos se nem os americanos os querem por perto", disse a VEJA Carl Tobias, professor de direito da Universidade de Richmond, na Virgínia. |
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