Uribe tenta terceiro de novo
Depois de Venezuela e Equador, agora a Colômbia está prestes a deixar o atual presidente se candidatar pela terceira vez, nas vezes anteriores não foi possível, agora Alvaro Uribe dá sua última cartada
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LEGENDA
Fontes: IstoÉ , Vermelho, Folha Online
Depois de Venezuela e Equador, agora a Colômbia está prestes a deixar o atual presidente se candidatar pela terceira vez, nas vezes anteriores não foi possível, agora Alvaro Uribe dá sua última cartada O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, garante que não tem apego ao poder. No Senado, no entanto, a atenção da base governista está voltada para um projeto de referendo que pode mudar a Constituição do país, permitindo que Uribe se candidate à Presidência pela terceira vez consecutiva.
"O que está em jogo não é uma ambição pessoal, mas a segurança e a prosperidade dos colombianos", costuma repetir o presidente, quando questionado sobre o projeto já em plena campanha política e sem demonstrar a menor modéstia.
Se a iniciativa for aprovada, será a segunda reforma constitucional realizada por seu governo. A primeira mudança ocorreu em 2004, dois anos depois de ele chegar à Casa de Nariño, com um mandato de quatro anos, sem direito a renovação. Alterada a Constituição, Uribe se reelegeu em 2006.
Agora, tenta abrir caminho para se candidatar de novo em 2010, seguindo um percurso já trilhado por Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Correa, do Equador, e ensaiado por Evo Morales, da Bolívia.
APROVAÇÃO DE OBAMA?
Foto:Getty Images
A eterna vantagem de falar inglês, sem intermediário Uribe dialogou longamente com Obama
A crise econômica internacional, e a mudança de governo nos Estados Unidos, afeta a credibilidade de Uribe dentro do país, até porque até hoje o tratado de livre comércio entre a Colômbia e os Estados Unidos, assinado por Uribe e Bush, em 2006, até hoje não foi aprovado pelo Congresso Americano e dificilmente será aprovado agora em plena crise econômica.
O governo Obama, porém, fez publicar, durante a cúpula das Américas, depois da conversa com Uribe, que havia pedido ao representante de Comércio Exterior, Ron Kirk, para colaborar com as autoridades colombianas e resolver, assim, as pendências envolvendo o Tratado de Livre-Comércio (TLC) bilateral.
Nada de prático aconteceu ou irá acontecer nos próximos meses, o conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Summers, afirmou que, devido ao fragilizado clima econômico atual, "é terrivelmente importante que não haja movimentos em direção a medidas protecionistas".
Mas Uribe pode exibir para os colombianos, pelo menos, que o novo presidente americano, está disposto a dialogar e continuar colaborando com o seu governo, embora não se possa esperar as mesmas facilidades dos tempos de Bush, até porque no momento nenhum cidadão norte americano, encontra-se refém da Farc, como acontecia anteriormente.
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Presidente Uribe da Colômbia mostra repórteres um papel em que ele rabiscou um organograma de sua estratégia econômica: Confiança e investimentos com responsabilidade social, enquanto conversava com o presidente americano. Obama durante a cúpula das Américas. A pedido do colombiano o presidente americano pôs um autografo no papel:
"Para presidente Uribe com admiração.”
Brincando ou não Uribe disse que ia emoldurar a nota. | |
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