Sonia Sotomayor, uma latina na Suprema Corte
Sonia Sotomayor, uma latina na Suprema Corte Oriunda de família pobre de porto-riquenhos, órfã de pai aos nove anos, conseguiu brilhar nas melhores universidades americanas e se destacar como uma das mais competentes e experientes juízas dos tribunais dos EUA, a ponto de merecer a indicação do presidente Obama
Foto: Getty Images Fontes: Correio da Manhã O presidente Barack Obama nomeou a juíza de Nova York Sonia Sotomayor para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Caso seja confirmada no posto, Sonia, cujos pais são porto-riquenhos, será a primeira hispânica a ocupar uma cadeira no tribunal de mais alta instância do país e a terceira mulher a ter ingressado no tribunal. Sonia Sotomayor, que poderá se tornar a primeira juíza hispânica na Suprema Corte dos Estados Unidos, traz para a experiência de confirmação o tipo de história pessoal rica que sempre foi profundamente gratificante para os americanos, a jornada de uma origem humilde a uma posição respeitada de grande influência. Foto: Getty Images A juíza Sotomayor, de 54 anos, cresceu em Bronxdale Houses, filha de país que se mudaram de Porto Rico para Nova York durante a 2ª Guerra Mundial. Seu pai, que trabalhava como soldador, morreu quando ela tinha 9 anos, deixando sua mãe para criar ela e um irmão. Em discursos a grupos latinos ao longo dos anos, a juíza Sotomayor falou de como sua mãe trabalhava seis dias por semana como enfermeira para enviar os filhos à igreja católica, comprou a única enciclopédia do bairro e mantinha uma panela com arroz e feijão aquecida no fogão todos os dias para seus amigos. A jovem Sonia adorava os romances policiais de Nancy Drew, ela recordou um dia, e sonhava em ser uma investigadora policial. Mas um médico que diagnosticou sua diabetes na infância sugeriu que isso seria difícil. Sotomayor contou que converteu então sua adoração pela literatura de Nancy numa lealdade à série Perry Mason da televisão e decidiu se tornar advogada. Ela descreveu sua ida à Universidade de Princeton, onde se formou com máximo louvor em 1976, como uma experiência transformadora. Quando chegou ao campus vinda do Bronx, ela disse que se sentiu como "uma visitante pousando num país estrangeiro". Ela nunca levantou a mão em seu primeiro ano ali. "Eu me sentia muito envergonhada e intimidada para fazer perguntas", disse certa vez a juíza Sotomayor. Foto: Arquivo pessoal "Passei meus anos desde Princeton numa faculdade de direito e em meus vários empregos profissionais sem me sentir por completo uma parte do mundo que habito", disse ela, acrescentando que, a despeito de suas realizações, "eu estava sempre olhando por cima do ombro me perguntando se estaria à altura." Foto: AP Algumas de suas decisões mais notáveis vieram em casos de custódia de crianças e comerciais complexos. Seu caso de maior ressonância envolveu a decisão em New Haven para anular testes usados para avaliar candidatos à promoção no Corpo de Bombeiros porque não havia candidatos de minorias no topo da lista. Foto: AP O juiz Martin Glenn, um veterano advogado de apelações que compareceu muitas vezes diante dela, disse que ela amplamente considerada como uma excelente juíza. Ele acrescentou que os advogados geralmente a veem como uma representante do que chamam de "magistratura quente", significando com isso que as perguntas chegam rápidas e veementes, e os advogados devem estar perfeitamente preparados para elas.
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