Visita do Papa reacende polêmicas
Visita do Papa reacende polêmicas
Foto: Reuteres O Papa faz seu pronunciamento diante do Milenar Muro das Lamentações, um vestígio do templo de Herodes, no antigo lugar onde era erguido o templo de Jerusalem. Até 1967 os palestinos usavam o local sagrado dos judeus, para incinerar lixo. Na famosa Guerra dos Seis Dias, neste ano, Israel ocupou o espaço, que transformou-se na principal relíquia judaica. Os judeus o visitam para orar, deposita bilhetes com os seus desejos por escrito.
Fontes: O Globo, Los Angeles Times, Mercury News, Blog Benedictin Israel, Portal Terra A visita do Papa a Israel que corria riscos de segurança física e diplomáticas, acabou e ninguém atentou contra Bento 16, mas depois de fazer 46 discursos nessa viagem, suas palavras começam a ser vista, como frias, distantes e alheias ao sofrimento dos judeus no Holocausto nazista. Na descrição de um colunista israelense, ele se mostrou "contido, quase frio".
Citando o fato de Bento 16 ter pertencido quando adolescente à Juventude Hitlerista e de ter servido ao Exército alemão, o presidente do Knesset, o Congresso Judeu, Reuven Rivlin, repreendeu o papa por seu pronunciamento de segunda-feira no Yad Vashem, memorial que homenageia os 6 milhões de judeus mortos pelos nazistas. "Ele veio até nós e nos disse como se fosse um historiador, alguém olhando de fora, sobre coisas que não deveriam ter acontecido. E o que se poderia fazer? Ele era parte (dessas coisas)", disse Rivlin à Rádio Israel. Na cerimônia no memorial, o papa falou da "horrível tragédia da 'shoah' (Holocausto, em hebraico)", mas frustrou alguns líderes religiosos judaicos que esperavam um pedido de desculpas - como alemão e como cristão - pelo genocídio. Foto:Reuters Numa aparente defesa do papa, o rabino-chefe de Israel, Yona Metzger, disse ter certeza de que Bento 16 subscreveria a oração deixada no Muro das Lamentações há nove anos por seu antecessor, João Paulo II, em que ele pedia perdão pelo sofrimento provocado aos judeus durante séculos. Foto: Reuters - AP Na oração deixada num nicho entre as pedras, o atual papa citou em termos gerais "o sofrimento e a dor de todos os povos pelo mundo" e pediu a paz no Oriente Médio.
Rivlin disse que "com o devido respeito à Santa Sé, não podemos ignorar o ônus que ele carrega, como um jovem alemão (foto) que aderiu à Juventude Hitlerista e como uma pessoa que aderiu ao Exército de Hitler, que foi um instrumento de extermínio." Foto:Reuters No Domo da Rocha, o papa encontrou o grão-múfti, principal clérigo islâmico palestino, e lembrou as raízes comuns do Judaísmo, do Cristianismo e do Islã O Domo fica no local onde as três religiões monoteístas acreditam que Abraão preparou o sacrifício do seu filho a Deus, antes de ser contido por um anjo. Foto:Reuters Após encontro com os rabinos-chefes de Israel, o papa rezou no local da Última Ceia de Cristo. E hoje, no último dia celebrou missa campal no Jardim de Getsêmani.
Ataque do vento de Israel Foto: AP |
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