A beleza e a voz lhe trouxeram sucesso e lhe apressaram a morte
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A polícia encontrou o corpo sem vida numa apartamento numa ilha do Dubai. Suzanne Tamim, cantora libanesa famosa em todo o mundo árabe, foi apunhalada e a sua face mutilada. Fãs da estrela da pop recordam as suas músicas, a sua beleza e uma vida cheia de escândalos
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O luxuoso Jumeirah Residence em Dubai, onde encontrada morta.
Há oito meses não se tinha notícias da libanesa dos olhos verdes, mas, quando Suzanne Tamim voltou às manchetes dos jornais, foi pelas piores razões: o corpo da diva da pop libanesa fora encontrado sem vida no seu apartamento secreto, no famoso arquipélago da palmeira, Jumeriah, no Dubai.
A cantora e modelo de 31 anos foi esfaqueada várias vezes e mutilada.
“O rosto de Suzanne Tamim foi desfigurada com um cutelo com ela ainda viva" noticiou um site de noticia libanês El Nashra, que teve acesso a autópsia.
A polícia encontrou o cadáver na manhã seguinte ao homicídio depois de receber um aviso do primo que não a conseguia contatar.
Ao diário do Dubai The National uma camareira do complexo residencial onde vivia disse que viu Suzanne na noite da tragédia a subir para o seu apartamento com uns amigos.
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O funeral de Suzanne Tamim em Beirut
O assassínio de Suzanne Tamim pôs fim a uma vida escrita ao ritmo de polêmicas. Suzanne saltou para o estrelato em 1996, quando ganhou a Operação Triunfo do Líbano, o programa que se chama Fama, no Brasil.
. Segundo a revista Al Shabaka, a voz de Suzanne "permitia-lhe interpretar canções do difícil repertório árabe clássico, mas também cantar temas modernos da pop".
A mídia libaneses diz que esse foi o segredo do seu êxito fulgurante, mas, fugaz. Suzanne cantou algumas canções e foi atriz num musical antes de interromper a sua carreira musical.
A partir daí, a sua popularidade passou a alimentar-se dos escândalos da vida privada, a começar pelos dois casamentos.
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O primeiro casamento da modelo libanesa acabou em divórcio. O segundo, com o produtor Adel Maatouk, proprietário da companhia Arab European Record Company de Beirute, pôs fim à sua carreira. Quando conheceu Suzanne, em 2002, Maatouk apaixonou-se e ofereceu um contrato à cantora por 15 anos, em regime de exclusividade, com o compromisso de relançar a sua carreira.
Oito meses depois começaram os problemas... Maatouk exigiu que Suzanne deixasse a música, mas ela negou-se. Em resposta, o produtor cancelou os discos e todos os concertos agendados. Suzanne ainda procurou outras editoras, mas Maatouk detinha os direitos da agora ex-mulher em exclusivo e impediu-a judicialmente.
O produtor estava decidido a destruir a sua carreira e perseguiu o seu objetivo por todos os meios. Primeiro, conseguiu uma ordem judicial que impedia Suzanne de viajar para fora do Líbano sem o seu consentimento. Depois conseguiu que a ex-mulher fosse proibida de atuar no Eleito e na Síria.
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O casamento desfez-se entre denúncias de ruptura de contrato, ofensas e a acusação de roubo que levaram à detenção de Suzanne em 2004 no Eleito, onde passou dois dias na prisão. Um tribunal libanês chegou mesmo a condenar a cantora a dois anos de prisão - não cumpridos - e a pagar uma multa ao seu marido de 160 mil euros.
Longe da música, Tamim viu-se envolvida num escândalo de droga, entre outras crises de álcool, e desapareceu de cena na ilha de Jumeriah, a famosa ilha artificial da Palmeira em Dubai.
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A sua última canção foi em 2006, uma homenagem dedicada ao primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, morto num atentado.
Veja o video de uma das apresentações de Tamim no programa Operação Triunfo
Um comentário:
Toinho,
Primorosa e impressionante a sua reportagem, meus parabéns!
Lamentável a atitude de poderosos e cruéis como esse egípcio, considerando o teor de sua publicação eu espero que a justiça se cumpra.
Abração e bom domingo!
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