1 de ago. de 2013

General brasileiro prepara ação inédita de tropas da ONU no Congo

CONGO - BRASIL - ONU
General brasileiro prepara ação inédita
de tropas da ONU no Congo
O general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz está autorizado a combater os grupos armados congoleses como inimigos. No momento, as tropas sob o seu comando defende militarmente uma das principais cidades do leste da República Democrática do Congo, Goma, de grupos armados.

Foto: Sylvain Liechti/ONU

O novo comandante das tropas da ONU no Congo, o general brasileiro Santos Cruz, em uma colina perto da capital provincial de Goma, diz que proteção de civis e de pessoal da ONU é prioridade da tropa internacional

Postado por Toinho de Passira
Fontes: BBC Brasil, ONU, BBC UK

O general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz está usando tropas da ONU para isolar uma das principais cidades do leste da República Democrática do Congo e defendê-la de grupos armados.

O brasileiro foi escolhido recentemente pela ONU para combater os mais de 50 grupos armados que atuam no leste do país.

Santos Cruz chefia uma tropa internacional de 20 mil homens, a maioria de países da África e Ásia, além de uma brigada especial elaborada para lutar contra os rebeldes.

A unidade foi criada a partir de um mandato sem precedentes na história das missões de paz. Ele autoriza os capacetes azuis a lançar missões de ataque com armas pesadas e usar todos os meios necessários para neutralizar os grupos armados do país.

"O mandato é bem claro nas prioridades: a proteção de civis, a proteção do pessoal da ONU, isso é fundamental, e nós vamos utilizar no limite todos os recursos, todos os meios, toda a força disponível para responder a qualquer agressão que se tenha aos civis, à população ou às Nações Unidas", disse o general. "A nossa tolerância é zero, vamos utilizar nossos recursos no limite, sem dúvida nenhuma."

Até agora, não há tropas brasileiras integrando a missão.

Foto: James Akena / Reuters

Uma patrulha de paz da ONU dirige pela cidade congolesa de Goma

Uma das maiores tarefas de Santos Cruz hoje é defender Goma, um dos principais focos de conflito no país, contra os rebeldes do M23. Para isso, ele instalou um cinturão de trincheiras e fortificações nas montanhas que circundam a cidade.

Os militares que fazem guarda nessas posições têm ordem para disparar caso grupos armados se aproximem.

O M23 é formado por ex-militares treinados que desertaram das Forças Armadas levando grande quantidade de armamento pesado. Eles fazem oposição ao governo e teriam recebido, treinamento, financiamento e armas, da vizinha Ruanda, segundo relatórios da ONU.

Quilômetros ao norte da cidade, rebeldes e tropas do governo se enfrentam em uma forte campanha militar iniciada no último dia 14. Enquanto a luta não atinge populações civis ou estruturas da ONU, os capacetes azuis apenas observam o conflito à distância.

Mas estão pronto para intervir a qualquer momento, o que não deve estar distante.

Um comentário:

Iago Lunière disse...

Gente... que tenso, isso.