7 de ago. de 2013

Usina nuclear de Fukushima, durante os últimos dois anos, vaza 300 toneladas de água radioativa por dia

JAPÃO - Acidente Nuclear
Usina nuclear de Fukushima, durante os últimos dois anos, vaza 300 toneladas de água radioativa por dia
O governo do Japão divulgou que durante nos últimos dois anos água contaminada com radiação tem vazado para o oceano Pacífico a partir da usina nuclear de Fukushima Daiichi, depois do terremoto seguido de tsunami em março de 2011.

Foto: Kyodo, via Reuters

TMembros de comitê da prefeitura de Fukushima, inspecionam o local de construção de barreira no litoral, para impedir que água radioativa vaze para o oceano, em Fushima, 6 de agosto de 2013.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Reuters, The New York Times, O Globo, Veja, The Guardian, Radio France Internationale

O governo do Japão decidiu tomar frente da gestão da crise da Central Nuclear de Fukushima, responsável pelo vazamento de cerca de 300 toneladas de água radioativa por dia no Oceano Pacífico. A usina foi gravemente danificada pelo terremoto e pela tsunami em março de 2011. O primeiro-ministro Shinzo Abe afirmou nesta quarta-feira que o governo atuará diretamente na resolução do problema, em vez de contar unicamente com as ações da operadora da usina - a Tokyo Eletric Power (Tepco) -, cuja gestão tem sido muito criticada.

De acordo com Abe, o vazamento é pior do que se pensava e se trata de uma questão urgente, o que levou o primeiro-ministro a ordenar pela primeira-vez o envolvimento federal para ajudar a Tepco a conter a crise.

Mais cedo, um funcionário do Ministério da Interior explicou que o vazamento tem ocorrido nos últimos dois anos. Mas somente no mês passado a empresa admitiu o escape de água radioativa.

- Não deixaremos nas mãos da Tepco. Prepararemos uma estratégia governamental. Vamos assegurar que haja um plano rápido e polifacético - disse o primeiro-ministro.

Como primeira iniciativa, o premiê ordenou que o ministro da Economia, Comércio e Indústria trate a situação de forma urgente e que assegure que a operadora da usina adote as medidas adequadas para realizar a limpeza, que avalia poderá durar mais de 40 anos e que vá custar US$ 11 bilhões.

O plano prevê, entre outras coisas, o congelamento do solo em torno dos edifícios para desligar o fluxo de contaminação em águas subterrâneas nas proximidades e, assim, acabar com os vazamentos no mar. Fazer isso exigirá uma parede de gelo de quase um quilômetro de comprimento, e uma altura de 30 metros. Especialistas disseram que uma parede de gelo, em tal escala nunca foi tentada antes, o que torna improvável que a Tepco sozinha, possa realizar o feito.

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