New York Times diz que Ivete é ousada e atrevida, e a compara a Tina Turner, Janis Joplin e Bette Midler
BRASIL - ESTADOS UNIDOS - Entretenimento New York Times diz que Ivete é ousada e atrevida, e a compara a Tina Turner, Janis Joplin e Bette Midler O jornal "The New York Times", publicou no caderno de cultura, na sua edição impressa, deste sábado, 17, depois reproduzida no site, uma extensa reportagem com a cantora baiana Ivete Sangalo. O texto, assinado por Larry Rohter é uma espécie de apresentação de Ivete Sangalo ao público americano. Há até mesmo uma orientação de como pronunciar seu sobrenome ("San-GAHL-oh"). Foto: Detalhe do site do New York Times Postado por Toinho de Passira Se Ivete Sangalo fosse uma cantora americana, ao invés de “A vocalista feminina mais popular no Brasil“, sem dúvida, ela poderia ser descrita como uma belter (expressão americana que significa “marcante”, “inesquecível”). No palco, ela é ousada, atrevida e barulhenta (no bom sentido), e faz parte de uma classe vocal que inclui Tina Turner, Janis Joplin e Bette Midler, e em seus registros ela muitas vezes se favorece de canções que lhe permitem cantar em voz alta e de forma dramática. É uma oportunidade esplêndida para Ivete, que no sábado estará se apresentando no Prudential Center, em Newark. Ela já vendeu mais de 15 milhões de discos como artista solo, é chamada pela imprensa brasileira de a performer ativa mais bem paga do país, ganhando até US $ 500.000 por show, tem 8,5 milhões de seguidores no Twitter e dirige sua própria empresa de produção. “Ser capaz de entreter as pessoas é um triunfo, mas o engraçado é que eu nunca sonhei quando criança em ser uma cantora, nunca me olhei no espelho e brincava de ser uma estrela pop,” Ivete, 41 anos, disse em uma entrevista esta semana em um hotel de Manhattan. “Eu brincava de ser atriz, e não fui, até que eu comecei a ir ao Carnaval quando adolescente e ouvi tudo o que música alta e alegre estridente dos caminhões que eu disse a mim mesma: "Não há nada que eu prefiro fazer do que isso“. Foto: Demetrius Freeman/The New York Times Ivete Sangalo é o principal expoente de um estilo alegre e muitas vezes estridente conhecido como axé music, que combina uma variedade de influências brasileiras e estrangeiras, em uma mistura de alta octanagem, que lembra o que é ouvido no carnaval . Samba e reggae são as fontes mais óbvias, mas rock, soul e do gêneros caribenhos, como salsa e merengue, assim como ritmos regionais locais, também entram na mistura. Foto: G1 Ivete Sangalo nasceu no interior do estado da Bahia, em Juazeiro, também o local de nascimento de João Gilberto, um dos pais da bossa nova. Quando criança, a mais nova de uma ninhada de seis filhos, ela ouviu todos os tipos de música brasileira, mas depois a sua família mudou-se para Salvador, capital da Bahia, o estado mais rico musicalmente em um país obcecado com a música, ampliou seus horizontes para incluir o reggae, pop americano e soul music.
Marco Mazzola é um produtor que, antes de trabalhar com Ivete no início de sua carreira solo, fez registros com grandes cantoras brasileira das últimas décadas, incluindo Elis Regina, Gal Costa, Elba Ramalho e Fafá de Belém. Citando características da baiana, Mazzola listou o poder de sua voz, seu carisma no palco, seu tino comercial e sua integridade. “Há algo em sua voz que é muito quente, que transmite alegria aos ouvintes“, acrescentou. “Ela é uma artista de teatro, atriz e dançarina, tanto como uma cantora, que canta com o coração, e tem unidade e determinação.” Com nada a provar no Brasil, Ivete Sangalo começou a olhar para o mercado global. Ela percorreu primeiro os Estados Unidos em 2010, incluindo um show esgotado no Madison Square Garden, que foi transformado em um DVD de sucesso, e chega para seu show de Newark depois de provar das águas da Costa Oeste e na área de Boston, com chegando em Miami no domingo. Durante a sua primeira turnê, a maior parte do público em seus shows nos Estados Unidos tinha raízes no Brasil ou em Portugal, onde ela também é bastante popular. Mas, em sua estreia em Los Angeles na semana passada, feliz ela registrou, “metade do público era de americanos”, tanto em Inglês e Espanhol. No ano passado, ela ganhou um Grammy Latino por um álbum que fez com Gilberto Gil e Caetano Veloso, a quem ela idolatrava quando era criança. Para facilitar, na arena internacional, ela também já fez dupla com Dave Matthews, Shakira, Juan Luis Guerra e Alejandro Sanz, e quando, em dezembro, gravar seu novo disco ao vivo, em um show em Salvador, para comemorar seus 20 anos de carreira, planeja incluir canções em Inglês de Bob Marley e Stevie Wonder. Mas não está claro, nem mesmo para ela, se ela quer seguir os passos de alguém como Shakira, a cantora colombiana, que alterna entre projetos em Inglês e em espanhol. Isso exigiria um compromisso com a ausentar-se de sua terra natal, que tem desfrutado de um boom econômico. “É uma carta na manga, para deixar meu país e vir aqui por um ano para me dedicar a isso e aproveitar o que está aqui, o que é realmente bom e maravilhoso“, disse ela. “Mas o que eu tenho lá, no Brasil, também é maravilhoso, mas diferente. O que não podemos fazer é parar de cantar.” Foto: João Alvarez/Contigo |
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