25 de ago. de 2013

Greepeace protesta, no GP de Spa-Francochamps, contra a Shell por explorar petróleo no Ártico

BÉLGICA – Meio Ambiente
Greepeace protesta, no GP de Spa-Francochamps,
contra a Shell por explorar petróleo no Ártico
Vária intervenções foram implementadas pelos ativistas do Greenpeace, durante a realização do grande premio de Formula 1, na Bélgica. Escalaram teto da arquibancada, saltaram de parapente e fizeram rapel sobre o pódio. Queriam chamar a atenção sobre a exploração de petróleo no Ártico, feito pela Shell, uma das maiores patrocinadoreas do evento.

Foto: Francois Lenoir/Reuters

O banner de 20 metros na frente da área VIP

Postado por Toinho de Passira <
Fontes: Greenpeace, Reuters, Terra, Daily Mail, Eurosport

Ativistas do Greenpeace Bélgica driblaram a segurança do Grande Prêmio de Fórmula 1 e escalaram o teto da principal arquibancada frontal a área VIP, depois desenrolaram um banner de 20 metros com a mensagem: “ARCTIC OIL? SHELL NO!” (Petróleo do Ártico? Não Shell!). A petrolífera anglo-holandesa é a principal patrocinadora do evento, parceira da escuderia da Ferrari e paga milhões pra ter seu logotipo estampado ao longo do circuito de Spa-Francochamps.

Antes da largada, dois parapentes do Greepeace voaram sobre o circuito exibindo um banner que alertava sobre os planos da Shell de explorar petróleo no Ártico, esse ecossistema frágil e único. Um terceiro grupo de ativistas chegou a estender outro banner sobre o logo da Shell exposto na curva Raidillon, mas a mensagem foi removida pela polícia.

Um dos alpinistas que alcançou o telhado da arquibancada, Tony Martin, de Bruxelas declarou: “Esse Grand Prix é o principal dia do ano para a Shell. Eles gastaram milhões de euros para ter sua marca estampada por todos os lados e para receber seus convidados VIPs, mas eles não estão dispostos a dialogar sobre seus planos de perfurar o Ártico. É por isso que estamos aqui, para fazer com que o público e os fãs da Fórmula 1 saibam o que esta companhia realmente pretende”, declarou Martin antes de partir para a ação. A Shell já investiu US$ 5 bilhões em seu programa de exploração de petróleo no Ártico, mas depois de uma série de fracassos vergonhosos – incluindo uma plataforma encalhada e o incêndio em um navio plataforma, no Alasca – a empresa foi forçada a abandonar os planos para explorar petróleo na costa do Alasca nesse verão. Mas não desistiu e assinou um acordo com a gigante estatal russa Gazprom para perfurar o Ártico na Rússia, onde as leis são frouxas e os acidentes comuns.

Fotos: Associated Press



Um helicóptero da polícia voa próximo a uma das duas manifestantes do Greenpeace antes Grande Prêmio deste domingo

O Serviço Geológico dos EUA estima que o Ártico pode deter 13 por cento do petróleo não descoberto do mundo e 30 por cento de seu gás.

Vanessa Hall, um ex-vereadora da Câmara Municipal de Manchester, um dos escaladores do telhado, disse:

Mais de 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo aderiram à campanha Salve o Ártico, do Greenpeace. Uma delas é Vanessa Hall, escaladora inglesa que esteve sobre o telhado da arquibancada do circuito, desenrolando o banner.

“Esse esporte tem tudo a ver com inovação tecnológica em engenharia e segurança. Porém, no Ártico, a Shell utiliza métodos e equipamentos desenvolvidos antes mesmo de os pilotos nascerem”, disse Hall. “O único motivo pela qual a Shell pode explorar aquela região é devido ao derretimento da camada de gelo, que está sendo causada pelo uso em excesso do combustível fóssil que eles estão indo procurar – isso é loucura.”

Foto: Francois Lenoir/Reuters

A alpinista com a mensagem em cima do pódio

Foto:James Moi/AP

O banner do pódio, acionado por controle remoto, no momento em que é retirado por um segurança

>O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, que está acompanhando a corrida de Amsterdam, declarou que é fã de Fórmula 1 há muito tempo, mas não consegue tolerar o que ocorre no Ártico.

“Exatamente agora estamos em uma corrida pelas nossas vidas contra a Shell, uma companhia que vê no derretimento da calota polar uma oportunidade de lucro, em vez de um claro alerta. Todos os pilotos e fãs de F1 sabem que um vazamento de óleo na pista significa desastre. Mas um vazamento de petróleo no Ártico seria catastrófico. Nós esperamos que eles nos escutem e se juntem a Greenpeace o movimento que já conta com três milhões e meio de pessoas para salvar o Ártico”.

Ilustração Greenpeace

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