Médico cubano, repetindo o que Raúl Castro mandou: 'Não interessa o salário, trabalhamos por amor!'
BRASIL - Mais Médicos Cubanos Médico cubano, repetindo o que Raúl Castro mandou: 'Não interessa o salário, trabalhamos por amor!' Repasse da remuneração para governo cubano, ao invés de pagar cada medico individualmente é um dos pontos polêmicos do programa Mais Médicos do governo Federal, na questão de importação de médicos de Cuba. No aeroporto do Recife questionado sobre o percentual que vão receber, muito aquém do que vai ser pago pelo governo brasileiro, o médico cubano, Nelson Rodrigues, 45 anos, repetiu a cantilena socialista que lhe mandaram dizer: "somos médicos por vocação, não interessa um salário, fazemos por amor". Não é lindo? Foto: Igo Bione/JC Imagem Postado por Toinho de Passira Os médicos cubanos chegaram ao Recife, às 14h30 destes sábado, pela companhia “Cubana de Aviación”, num voo direto de Havana, fretado pelo governo caribenho, as 14h30. Eram 226, trinta ficaram no Recife e os 176 restantes seguiram para Brasília. Vestidos com jalecos brancos, surgiram no saguão de desembarque acenando festivamente bandeirinhas brasileiras e cubanas. Agradeceram as boas vindas de integrantes de diversos movimentos sociais que os aguardavam no terminal de passageiros - 20 integrantes da União da Juventude Socialista (UJS) e da União de Estudantes Metropolitanos Secundaristas (Ubes) - os mesmos grupos que vieram ao Aeroporto dos Guararapes, em fevereiro, para hostilizar a blogueira cubana Yoani Sanchez. Segundo informação da Ministério da Saúde todos os profissionais cubanos vindos trabalhar no programa Mais Médicos são especialistas em medicina da família e já participaram de outras missões internacionais, inclusive em países de língua portuguesa. "Nós chegamos hoje para trabalhar no Brasil por pedido da Opas, e espero ajudar junto com médicos brasileiros. Queremos garantir à população carente nossa trabalho em atenção básica, como temos feitos em outros países em outros momentos, como Haiti, Venezuela, Paquistão, Guatemala, Honduras. Nossa motivação é a solidariedade", disse a médica Milagrosa Cárdenas Lopez, 61. "Nós somos médicos por vocação, não por dinheiro, não nos interessa o salário, fazemos o trabalho por amor." A afirmação é do médico cubano Nelson Rodriguez, 45 anos, que chegou neste sábado (24), ao Recife, e logo foi questionado sobre o salário que receberá pela atuação no Brasil através do programa Mais Médicos. Claro que o governo Castro mandou um pessoal bem afinado com o regime, com porta vozes escalados e um discurso ensaiado. Foto: Igo Bione/JC Imagem A polêmica é que os profissionais cubanos foram contratados coletivamente por meio de um acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a quem o Brasil vai repassar a remuneração individual mensal de R$ 10 mil. O dinheiro será encaminhado para o governo caribenho, que será responsável por pagá-los, retendo uma parte não informada. Foto: Igo Bione/JC Imagem Luna Markman / G1 Após a aprovação nesta etapa, a partir de 16 de setembro eles serão encaminhados para atender a população em unidades básicas de saúde de diversos municípios carentes selecionados pelo governo brasileiro. A distribuição ainda está sendo estudada, mas sabe-se que são lugares com baixos Índices de Desenvolvimento Humano, cidades que não foram escolhidas por nenhum médico brasileiro e estrangeiro na etapa de chamamento individual do programa.
"Nós não vamos mudar nenhum sistema social, mas contribuir, assim como temos feitos com países pobres na África, Ásia e América. Acho que é um benefício para todos que precisam de atenção médica primária adequada", afirmou Milagros Lopez. "Queremos trabalhar junto com os médicos brasileiros, aprender com eles", complementou Nelson.
A concessão de registro profissional desses profissionais de Cuba segue a regra fixada para os demais estrangeiros que trabalharão no Mais Médicos: eles terão autorização especial para trabalhar por três anos, exclusivamente nos serviços de atenção básica em que forem lotados no âmbito do programa. Em Pernambuco, o Conselho de Medicina afirmou que, sem a revalidação do diploma, não emitirá registro profissional nem para médicos estrangeirou ou para brasileiros formados no exterior. O acordo prevê, até o final do ano, a chegada de 4 mil médicos cubanos. Segundo Mozart Sales, o programa recebeu 400 pedidos por médicos em Pernambuco e, até o momento, só 74 vagas foram preenchidas. Neste domingo (25), outro grupo de 194 médicos cubanos chega em voo que fará escalas em Fortaleza e Recife antes de chegar a Salvador. Em Fortaleza, os profissionais desembarcam no Aeroporto Internacional Pinto Martins às 13h20. No Recife, eles chegam às 16h05 no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre. E em Salvador, os médicos desembarcam às 18h50, no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães. |
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