EGITO - ISRAEL: Manifestantes ocupam a embaixada de Israel no Cairo
09/09/2011
EGITO - ISRAEL Manifestantes ocupam a embaixada de Israel no Cairo Uma turba descontrolada derrubou o muro de proteção e invadiu a embaixada de Israel no Cairo. Lançaram milhares de documentos das janelas da representação diplomática, entraram em conflito com as forças de segurança, queimaram viaturas e substituiram a bandeira de Israel pela do egito. O embaixador, familiares e funcionários da embaixada conseguiram fugir para o aeroporto. O governo do Egito declarou estado de emergência no país. Foto: Khaled Elfiqi/European Pressphoto Agency e Mohamed Abd El-Ghany /Reuters Postado por Toinho de Passira Manifestantes jogaram documentos pelas janelas e queimaram três veículo da polícia O governo do Egito declarou estado de emergência no país em virtude da invasão da embaixada de Israel no Cairo, nesta sexta-feira, por centenas de manifestantes. Segundo a agência de notícias estatal do Egito, o primeiro-ministro do país, Essam Sharaf, convocou um gabinete de emergência para discutir a situação. Agências de notícias informam que o embaixador de Israel no Egito, assim como sua família e os funcionários da missão diplomática, foram fortemente escoltados por forças egípcias e até o aeroporto do Cairo, de onde deixaram o país. As agências de notícias dizem que cerca de 1.000 manifestantes destruíram parcialmente um muro, com dois metros de altura, composto por placas de cimento pré-fabricados, recém-construído ao redor do prédio que abriga a embaixada. Enquanto a agência de notícias Reuters citando uma autoridade israelense em Jerusalém, dizia que os documentos aparentemente eram "panfletos e formulários que eram mantidos no hall de entrada" a mídia estatal egípcia diz, no entanto, que alguns dos documentos eram identificados como confidenciais. A ocupação continuou durante a madrugada com confrontos entre manifestantes e policiais, incluindo bombas de gás lacrimogêneo e disparos para o alto procurando dominar os manifestantes. Noticia-se que já há 450 feridos e pelo menos uma pessoa veio a falecer, aparentemente vítima de um ataque cardíaco. Desde o mês passado, os egípcios realizaram grandes protestos em frente à embaixada. Observadores internacionais já esperavam desde o início daPrimavera Árabe, com a queda do presidente Muhammad Hosni Mubarak, que estava há quase 30 anos no poder e mantinha relações amistosas com os visinhos judeus, depois de uma história de conflitos. Mas diante da nova situação não tardou e as velhas feridas de guerras passadas foram reabertas. O estopim foi a morte de cinco policiais egípcios, no dia 18 de agosto, por forças israelenses, que perseguia extremistas palestinos na fronteira entre os dois países. No mesmo dia, atiradores haviam atacado ônibus civis israelenses perto do resort israelense de Eilat, localizado no Mar Vermelho, matando oito pessoas. Foto: Associated Press/The New York Times Até agora Israel não admitiu responsabilidade no caso, mas lamentou as mortes e sugeriu que fosse feita uma investigação do grave incidente, com a participação de integrantes do exército de Israel e do Egito, conjuntamente. Diante dos atuais incidentes o Presidente dos EUA, Barack Obama reagiu imediatamente chamando a responsabilidade sobre o governo do Egito para proteger a embaixada e "honrar as suas obrigações internacionais para salvaguardar a segurança da Embaixada de Israel. O presidente expressou sua grande preocupação com a situação na embaixada, e com a segurança dos funcionários da embaixada e familiares, num comunicado da Casa Branca na sexta-feira. A nota dizia que Obama falara por telefone ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e os dois concordaram em "manter um contacto estreito até que a situação seja resolvida." Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters |
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