Indios bolivianos protestam contra a transcocaleira
15/08/2011
BOLIVIA Indios bolivianos protestam contra a transcocaleira Lula e Morales acordaram, em 2010, a construção de uma estrada financiada pelo BNDES, US$ 320 milhões, que seria construída pela empreiteira brasileira OAS. Até agora não se compreendeu porque nós estamos investindo num estrada no exterior, quando as nossas estão abandonadas. Agora enquanto os indígenas bolivianos protestam que a rodovia vai causar um impacto ambiental e social de proporções catastróficas, outros dizem que a estrada, só vai servir para aumentar o trafico de coca para o Brasil.
Foto: Associated Press Postado por Toinho de Passira Milhares de indígenas bolivianos marcham pelo terceiro dia em direção a La Paz, uma caminhada de 600 km, desde Trinidad, no centro do país, até a capital La Paz, para protestar contra a construção de uma estrada que deve atravessar um parque indígena. A obra, que já começou, é financiada pelo BNDES e é tocada pela construtora brasileira OAS. Os aborígenes do centro e da Amazônia boliviana se opõem ao traçado da estrada de mais de 300 km financiada pelo Brasil através do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS, sigla em espanhol), uma reserva nacional onde moram cerca de 50 mil pessoas com uma flora e uma fauna abundante e com níveis altos de preservação.
A obra que ainda não chegou em TIPNIS, já começou a ser construída e terá um custo total de US$ 415 milhões, desses US$ 320 milhões sairão do financiamento brasileiro. Os manifestantes reclamam que o projeto do governo de Evo Morales vai promover a colonização de terras ao redor da estrada, destruindo a biodiversidade local e a cultura de três etnias indígenas. O Parque Nacional e Território Indígena Isiboro Sécure, conhecido como Tipnis, tem 1,2 milhões de hectares e possui uma das maiores reservas de água da América do Sul. Ativistas acreditam que a construção da estrada poderá resultar no desmatamento de 600 mil hectares ao longo dos próximos 20 anos. A estrada está sendo construída para facilitar o transporte de mercadorias entre a região de Beni e La Paz. Desde que foi lançado mais de 900 abaixo-assinados foram feitos exigindo que o território seja respeitado e protegido. "O objetivo é que o financiamento brasileiro seja condicionado a um projeto que atenda aos requisitos bolivianos e brasileiros". E acrescentou: ”Não existe atividade humana que não tenha impacto ambiental. Nós acreditamos que isso gera crescimento econômico e prosperidade. Me parece que a questão principal agora é como construir um consenso democrático; não é unanimidade, que não existe na política, mas sim consenso." Foto: Ricardo Stuckert/PR Em junho do ano passado, Veja falou desse projeto: |
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