BRASIL: PMDB chantageia Dilma e se dá bem
12/08/2011
BRASIL - CORRUPÇÃO PMDB chantageia Dilma e se dá bem Os peemdebistas revoltados com as algemas colocadas nos coleguinhas do Ministério do Turismo, usaram o site “Congresso em Foco”, para mandar um recado a presidenta, deixando vazar para os jornalista Rudolfo Lago e Fábio Góis, que estavam dispostos a constranger presidenta com a aprovação de uma CPI ou com derrota em votação importante
Foto: Evaristo Sa/AFP/Getty Images Postado por Toinho de Passira A matéria publicada no “Congresso em Foco” nesta quinta-feira diz que os caciques do PMDB estão entalados com a história de saberem que a Polícia Federal de Dilma algemou os seus correligionários. Já na terça-feira, em cima dos fatos, quando a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reuniu os pemedebistas para contar a versão governamental do ocorrido: “A minha missão aqui é informar oficialmente aos senhores o que houve”. Ouviu de um senador que de forma ríspida atalhou: “Isso é algo dispensável. Nós já lemos a notícia na internet” – site não identifica o senador, mais esse comportamento é típico de Renan Calheiros, que em seguida apresentou a primeira ameaça: “Não parece prudente a presidenta ficar administrando o país em crise política permanente e ela não pode também achar que pode governar desprezando a classe política”. A coisa, porém, tomou ares da conspiração, quando segundo ainda o site “Congresso em Foco”, na noite desta quarta-feira “reunidos na casa de José Sarney, a cúpula do PMDB avaliou com irritação a prisão dos aliados do partido na operação da PF que investigou irregularidades no Ministério do Turismo. Alguém não identificado pelos jornalistas na matéria, teria dito: “Ela vai descobrir que não governa sozinha”. Segundo a matéria “a frase resume o clima do jantar que reuniu, na noite de terça-feira (9) a cúpula do PMDB na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Irritados com a prisão de apadrinhados que indicaram para o Ministério do Turismo, no jantar os peemedebistas traçaram uma estratégia: "eles pretendem dar um “susto” na presidenta Dilma”. Duas alternativas foram postas na mesa: a mais drástica é dar apoio à criação da CPI da Corrupção, proposta pela oposição; a mais suave, mais capaz de criar embaraços na área econômica, é permitir a votação – e a aprovação – de algum projeto que traga fortes prejuízos ao governo. Dois projetos encabeçam essa lista: a emenda 29 – que aumenta o valor dos repasses orçamentários obrigatórios para a área da saúde – e a PEC 300 – que estabelece um piso nacional para policiais e bombeiros tomando como base o que eles ganham no Distrito Federal. “Isso anda muito ruim. É correto que a presidenta Dilma demonstre preocupação com a corrupção, mas não à custa de nos desmoralizar e nos pintar como corruptos”, disse outro parlamentar peemedebista, na saída do tal jantar, onde ao que parece Dilma foi servida à moda da casa, que também não foi identificado pelos jornalistas. A matéria diz que apoiar a instalação da CPI da Corrupção é uma hipótese apoiada pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo a matéria a essa ideia, para a cúpula do PMDB, em pé de guerra, tem o mérito de passar para a opinião pública que os peemedebistas não temem uma investigação. E não temem mesmo, pois, tem maioria em todo o lugar, e facilmente controlaria a investigação dando realce e prioridade aos atos pouco republicanos praticados pelos petistas e com isso constranger o partido da presidenta e o próprio governo.
Os senadores lembraram, na reunião, casos anteriores de desgaste político provocados por CPIs que investiguem de forma genérica a corrupção, uma vez que elas têm um espectro amplo que permitem que elas se estendam por tempo indefinido. O próprio Sarney lembrou o quanto uma CPI com esse teor ajudou a desgastar sua popularidade quando era presidente. O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) recordou a CPI dos Correios, que investigou o mensalão do PT (na ocasião, Eunício era o ministro das Comunicações do então presidente Lula). Não precisa nem dizer o que eles pretendem com essa conversa mafiosa: “está vendo presidenta, nós podemos criar um embaraço descontrolável, se a senhor não fizer o que nós queremos”. O que eles querem mesmo é que os corruptos do partido pegos em flagrantes sejam poupados. Os peemedebistas não chegaram a acertar o momento em que darão esse “susto”, comenta o “Congresso em Foco” que conclui apresentando mais uma ameaça de um parlamentar não identificado que jogou a ameaça final no ar: “Isso vai acontecer na primeira oportunidade que houver.” Desafiada Dilma fez o que se esperava: amarelou. |
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