14 de nov. de 2011

BRASIL: PMDB chantageia Dilma e se dá bem

12/08/2011

BRASIL - CORRUPÇÃO
PMDB chantageia Dilma e se dá bem
Os peemdebistas revoltados com as algemas colocadas nos coleguinhas do Ministério do Turismo, usaram o site “Congresso em Foco”, para mandar um recado a presidenta, deixando vazar para os jornalista Rudolfo Lago e Fábio Góis, que estavam dispostos a constranger presidenta com a aprovação de uma CPI ou com derrota em votação importante

Foto: Evaristo Sa/AFP/Getty Images

Dilma para Temer: - A culpa é da Polícia Federal eu também não sabia de nada...

Postado por Toinho de Passira
Fontes:Congresso em Foco

A matéria publicada no “Congresso em Foco” nesta quinta-feira diz que os caciques do PMDB estão entalados com a história de saberem que a Polícia Federal de Dilma algemou os seus correligionários.

Já na terça-feira, em cima dos fatos, quando a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reuniu os pemedebistas para contar a versão governamental do ocorrido:

“A minha missão aqui é informar oficialmente aos senhores o que houve”.

Ouviu de um senador que de forma ríspida atalhou:

“Isso é algo dispensável. Nós já lemos a notícia na internet” – site não identifica o senador, mais esse comportamento é típico de Renan Calheiros, que em seguida apresentou a primeira ameaça:

“Não parece prudente a presidenta ficar administrando o país em crise política permanente e ela não pode também achar que pode governar desprezando a classe política”.

A coisa, porém, tomou ares da conspiração, quando segundo ainda o site “Congresso em Foco”, na noite desta quarta-feira “reunidos na casa de José Sarney, a cúpula do PMDB avaliou com irritação a prisão dos aliados do partido na operação da PF que investigou irregularidades no Ministério do Turismo.

Alguém não identificado pelos jornalistas na matéria, teria dito:

“Ela vai descobrir que não governa sozinha”.

Segundo a matéria “a frase resume o clima do jantar que reuniu, na noite de terça-feira (9) a cúpula do PMDB na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Irritados com a prisão de apadrinhados que indicaram para o Ministério do Turismo, no jantar os peemedebistas traçaram uma estratégia: "eles pretendem dar um “susto” na presidenta Dilma”.

Duas alternativas foram postas na mesa: a mais drástica é dar apoio à criação da CPI da Corrupção, proposta pela oposição; a mais suave, mais capaz de criar embaraços na área econômica, é permitir a votação – e a aprovação – de algum projeto que traga fortes prejuízos ao governo. Dois projetos encabeçam essa lista: a emenda 29 – que aumenta o valor dos repasses orçamentários obrigatórios para a área da saúde – e a PEC 300 – que estabelece um piso nacional para policiais e bombeiros tomando como base o que eles ganham no Distrito Federal.

“Isso anda muito ruim. É correto que a presidenta Dilma demonstre preocupação com a corrupção, mas não à custa de nos desmoralizar e nos pintar como corruptos”, disse outro parlamentar peemedebista, na saída do tal jantar, onde ao que parece Dilma foi servida à moda da casa, que também não foi identificado pelos jornalistas.

A matéria diz que apoiar a instalação da CPI da Corrupção é uma hipótese apoiada pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Segundo a matéria a essa ideia, para a cúpula do PMDB, em pé de guerra, tem o mérito de passar para a opinião pública que os peemedebistas não temem uma investigação. E não temem mesmo, pois, tem maioria em todo o lugar, e facilmente controlaria a investigação dando realce e prioridade aos atos pouco republicanos praticados pelos petistas e com isso constranger o partido da presidenta e o próprio governo.

Antonio Cruz/ABr
Renan, bem no estilo “papel de enrolar prego”, não disfarçou seu descontentamento pelo estrago causado pela Polícia Federal no Ministério do Turismo, território do PMDB.
Os senadores lembraram, na reunião, casos anteriores de desgaste político provocados por CPIs que investiguem de forma genérica a corrupção, uma vez que elas têm um espectro amplo que permitem que elas se estendam por tempo indefinido. O próprio Sarney lembrou o quanto uma CPI com esse teor ajudou a desgastar sua popularidade quando era presidente. O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) recordou a CPI dos Correios, que investigou o mensalão do PT (na ocasião, Eunício era o ministro das Comunicações do então presidente Lula).

Não precisa nem dizer o que eles pretendem com essa conversa mafiosa: “está vendo presidenta, nós podemos criar um embaraço descontrolável, se a senhor não fizer o que nós queremos”.

O que eles querem mesmo é que os corruptos do partido pegos em flagrantes sejam poupados.

Os peemedebistas não chegaram a acertar o momento em que darão esse “susto”, comenta o “Congresso em Foco” que conclui apresentando mais uma ameaça de um parlamentar não identificado que jogou a ameaça final no ar:

“Isso vai acontecer na primeira oportunidade que houver.”

Desafiada Dilma fez o que se esperava: amarelou.

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