14 de nov. de 2011

BRASIL: As perigosas construções do “Minha Casa Minha Vida.

08/08/2011

BRASIL
As perigosas construções do “Minha Casa Minha Vida.
O residencial entregue por Dilma na Bahia, semana passada, como outros do programa “Minha Casa, Minha Vida, foi construído com base numa tecnologia de risco, conhecido como edifício caixão. O histórico desse tipo de construção mostra que em poucos anos eles podem ser deteriorar e simplesmente desabar, como um castelo de cartas. Na região metropolitana do Recife, existem seis mil prédios do tipo "caixão", apresentando algum risco estrutural, 340 deles, em estado crítico e esvaziados compulsoriamente, pela defesa civil. Nos últimos anos, houve pelo menos 12 desabamentos, que causaram a morte de 19 pessoas, que simplesmente não tiveram tempo de fugir.

Foto: Roberto Stuckert Filho/-PR

A presidenta Dilma inaugurando o conjunto habitacional São Francisco, do programa “Minha Casa Minha Vida”, composto de edifício “caixão de defunto”, bombas relógios acionadas para desabar no futuro próximo. Será que esse é plano petista de acabar com a pobreza?

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, pe360graus , Pinzon, Os desastres, Diario de Pernambuco, O Nordeste

A reportagem da jornalista pernambucana Letícia Lins, para o jornal O Globo, pôs em evidencia o escândalo dos conjuntos habitacionais construídos pelo Governo Federal, no programa "Minha Casa Minha Vida", um dos rebentos do PAC. A matéria diz que os moradores do Residencial São Francisco, conjunto habitacional do inaugurado nesta sexta-feira, 05, pela presidente Dilma Rousseff em Juazeiro (BA), encontraram na entrada de cada bloco de prédios uma placa advertindo para que não façam reformas, sob risco de "danos à solidez".

É que os prédios foram construídos com a tecnologia "alvenaria estrutural", que os levou a serem conhecidos no Nordeste como "prédios-caixão" - sem pilotis e com alicerces em alvenaria, mas de estabilidade discutível.

O sistema foi muito adotado na Região Metropolitana de Recife, e tornou-se, ao longo dos últimos anos, um problema para os mutuários, para as prefeituras, para o governo do estado e para a Caixa Econômica Federal, que havia financiando alguns deles.

Na região metropolitana do Recife, dos dez mil prédios do tipo "caixão" existentes, 60% deles, seis mil, apresentam algum tipo de risco, segundo estudos do Instituto de Tecnologia de Pernambuco. Destes, 12 já desabaram, causando a morte de pelo menos 19 pessoas.

Está bem viva na memória do povo, os desastres ocorridos em Jardim Fragoso, Olinda. Primeiro foi o edifício Érica, que ao desabar deixou quatro mortos e dez feridos. Cerca de um mês depois, outra tragédia. Desta vez, foi o edifício Enseada de Serrambi, próximo ao terreno onde ficava o Érica, que veio abaixo. Sete moradores morreram e 11 ficaram feridos.

Um diagnóstico recente feito pelo governo de Pernambuco indicou que 340 desses imóveis, entre os, sob suspeição de risco estrutural, estão com alto risco de desabamento, e dezenas foram interditados.

”A Secretaria das Cidades de Pernambuco realiza atualmente um levantamento para saber se é possível recuperar algum desses imóveis. Muitos terão que ser demolidos. Quase todos foram financiados pelo governo, via Caixa Econômica Federal, como ocorre com o "Minha Casa Minha Vida", que está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), diz Letícia, na sua reportagem.

No residencial inaugurado nesta sexta-feira - que, segundo a prefeitura de Juazeiro, é o maior conjunto habitacional do "Minha Casa Minha Vida" -, há vários avisos: "Os edifícios que compõem o empreendimento foram construídos em alvenaria estrutural, não podendo ser feitos nenhuma abertura ou rasgo em qualquer parede do edifício, muito menos remoção de parte ou totalidade de qualquer parede." O descumprimento dessas orientações poderá causar danos na solidez ou segurança do edifício".

Tradução, se um morador irresponsável de um andar inferior abrir uma porta que não existia no projeto original, o prédio pode desabar e matar todo mundo, como já aconteceu no Recife.

Mas o problema não é só esse, esse tipo de edificação, apresenta vários problemas estruturais a ponto do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), ter oficialmente proibido a construção de novas edificações deste tipo na Região Metropolitana do Recife. Na explicação da vedação de novas obras, explicam que a forma de construção deixa a fundação, também feita de tijolos, desprotegida, com possibilidade de degradação e consequente risco de desabamento.

Alguns desses edifícios condenados, a grande maioria deles esvaziados compulsoriamente pela defesa civil, podem ser recuperados, mas o custo da obra salvadora, o envelopamento da parte que está em contato com o solo, ou a colocação de cantoneiras nas paredes contornando toda a edificação, são altíssimos, e custam tanto quanto, ou mais do que se tivessem feito o prédio na técnica correta de pilotis.

A Caixa Econômica Federal, fora do Programa “Minha Casa Minha Vida”, não financia mais, construtoras que desejem fazer edificações desse tipo, nem as companhias de seguros aceitam essas edificações como clientes.

O conjunto inaugurado por Dilma, custou mais de R$ 61 milhões ao governo federal. E nesta sexta-feira a presidente assinou ordem de serviço no valor de R$ 49,78 milhões, para financiar mais 1,2 mil moradias, dentro do novo PAC-2 e dentro da mesma tecnologia de risco para os moradores.

Com a cereja no Martini, Letícia Lins informou também, que os imóveis, inaugurados por Dilma, foram entregues sem infraestrutura, por exemplo, não havia água nas torneiras. Procurado o diretor do Sistema de Abastecimento de Juazeiro, Joaquim Neto, afirmou a jornalista, que os novos moradores precisam requisitar ligações individuais para que tenham o abastecimento regularizado !?

Que São Francisco proteja os moradores do residencial São Francisco, Amém!


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