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22 de mai. de 2010

ESTADOS UNIDOS: Freira excomungada permitiu aborto para salvar mãe

ESTADOS UNIDOS
Freira excomungada permitiu aborto para salvar mãe
A Igreja Católica Romana está determinada a realinhar as freiras americanas, cada vez mais poderosas e distanciadas da ortodoxia religiosa. Por exemplo, são freiras executivas que controlam 16% dos leitos hospitalares dos Estados Unidos, que para tanto recebem US $ 45 bilhões em financiamentos públicos e decidem o destino de milhares de norte americanos

Foto: J.D. Long-Garcia/www.catholicsun.org

A irmã Margaret McBride, mesmo depois de excomungada, diz que agiu corretamente e não dá mostras de arrependimento


Fontes: The Daily Beast , The New York Times, CBS News, Blogs Babble, NPR, Hospital St. Joseph Medical Center

A coluna de Michelle Goldberg, para o "The Daily Beast", comenta por que Roma, tão generosa e parcimoniosa com os abusos sexuais e os padres pedófilos, usa de celeridade e rigor contra as freiras americanas.

Nesta semana, o bispo Thomas J. Olmsted do Phoenix anunciou a excomunhão da irmã Margaret McBride pelo crime de ter aprovado o aborto necessário para salvar a vida de uma mulher.

A paciente, de 27 anos de idade, com 11 semanas de gravidez, tinha hipertensão pulmonar, o que interfere com o funcionamento do coração e pulmões.

Como a gravidez agrava a condição, os médicos do Hospital St. Joseph Medical Center que haviam diagnosticado que ela morreria se não fosse feito um aborto, convocaram uma reunião da comissão de ética, da qual a irmã McBride, fazia parte e optou pela retirada do feto para salvar a vida da paciente.

Por isso foi aplicada a irmã Margaret McBride a excomunhão, uma dos mais severos castigos que se pode aplicar a um cristão, depois de ter sido publicamente repreendida, transferida do hospital, que é uma instituição católica e finalmente impedida de participar na vida católica.

A história foi apenas o último exemplo da tensão entre freiras e hierarquia masculina da Igreja Católica Romana, nos Estados Unidos. Ano passado, The New York Times, reportou que temendo que as freiras estejam se afastar da ortodoxia da Igreja, o Vaticano determinou dois inquéritos que realizam uma verdadeira devassa investigativa sobre as freiras americanas. Assustadas e consternadas, as Irmãs denunciam que estão sendo alvos de uma inquisição doutrinária.

Essa tensão não é particularmente surpreendente. Freiras há muito tempo trabalham na educação, enfermagem e outras profissões que lhes acabou dando uma perspectiva muito mais rica do mundo real do que os bispos e cardeais, que se movem num rarefeito ambiente masculino.

Desde que as reformas liberais do Concílio Vaticano II, as freiras tiveram nova liberdade para participar de vida pública, muitos pararam de vestir hábitos, assumiram profissões e se mudaram para apartamentos, abandonando os conventos.


As super-freiras Carol Keehan e Mary Jean Ryan, administrando bilhões de dólares

A presidente da Associação Católica de Saúde, o que representa cerca de 600 hospitais católicos, é uma freira, a Irmã Carol Keehan. A Irmã Mary Jean Ryan é o chefe da SSM Health Care, que emprega 22.000 pessoas e possui 15 hospitais e dois lares de idosos em quatro estados americanos.

Estas freiras estão muito mais enraizadas na sociedade e na realidade mundial, com toda a sua diversificação e ambigüidades, que a hierarquia masculina.

A tentativa da Igreja de trazer as freiras para as antigas posturas tem repercussões para os não-católicos, assim como os católicos.

Afinal, a igreja, que controla 16 por cento dos leitos hospitalares dos Estados Unidos, desempenha um grande papel no sistema de saúde.

Um estudo constatou que os serviços e hospitais católicos recebem mais de US $ 45 bilhões em financiamentos públicos a cada ano.

Foto: Divulgação

Muitas vezes, como em St. Joseph's, em Phoenix,(foto) o hospital Católica é o maior da cidade. E ainda, se a mulher termina em um com uma emergência obstétrica com risco de vida, os médicos terão de aguardar os resultados de uma audiência do comitê de ética antes de decidir para salvar sua vida. E esse comitê de ética poderia muito bem votar não.

No ato de punição da irmã McBride, Bispo Olmsted afirma nunca hesitar em sua convicção de que o aborto não pode ser justificado, mesmo quando a mãe vai morrer de outra forma.

"Primeiro, temos que lembrar que um médico não pode ser 100 por cento de certeza que uma mãe iria morrer se continuasse a gravidez", disse ele em um documento publicado pela diocese. "Em segundo lugar, a vida da mãe não pode ser privilegiado em relação à criança... Não é melhor salvar uma vida, enquanto outra pessoa é assassinada."

As implicações reais dessa visão vai além de casos extremos como o de Phoenix. Os investigadores documentaram uma série de situações em que as mulheres que sofrem abortos espontâneos receberam tratamento inadequado em hospitais católicos por causa de uma ênfase excessiva a vida do feto.

Um artigo de 2008 no “American Journal of Public Health” descobriu que, ao tratar de mulheres que abortam, "comitês de ética católica de propriedade do hospital negou a aprovação de esvaziamento uterino, enquanto batimentos cardíacos fetais ainda estavam presentes, forçando os médicos retardarem atendimento, ou sugerirem transferência para instalações hospitalares não católicas.

Alguns médicos intencionalmente violaram o protocolo porque sentiram a segurança do paciente estava comprometida e entraram em conflito com seus empregadores sobre as restrições religiosas no cuidado do paciente.

A Igreja Católica em geral, permite intervenções que terão o efeito colateral de matar um feto ou embrião, mas não um procedimento que tem o aborto como a sua intenção.

Foto: Ilustração

“No entanto, como mostra o caso do hospital St. Joseph, a linha entre essas duas situações podem ser tênues e as pessoas que trabalham em hospitais católicos têm muitas vezes de fazer julgamentos distintos”.

“Suas disputas teológicas sobre minúcias acabam tendo um efeito profundo sobre a vida dos pacientes, sejam elas católicas ou não. A pressão sobre as freiras como irmã McBride tem repercussões para todos nós” – conclui a jornalista Michelle Goldberg.


13 de abr. de 2010

Papa ameaçado de prisão quando visitar Londres

IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
Papa ameaçado de prisão quando visitar Londres
Dois intelectuais britânicos ateus vão pedir a prisão do Sumo Pontifice da Igreja Católica, quando da sua proxima visita a capital inglesa, sob a acusação de crimes contra a humanidade, devido a conivência do prelado com os religiosos pedófilos.

Foto: Getty Images

Em um outdoor, que anuncia a visita do Papa em Bahar ic-Caghaq na ilha de Malta, no próximo dia 17 de abril, pichadores acrescentaram um bigode ao estilo de Adolfo Hilter e a inscrição “PEDOFILIIA”. . O papa vai visitar a ilha predominantemente católica em sua primeira viagem ao exterior desde o escândalo dos padres pedófilos explodiu recentemente.

Toinho de Passira
Fonte: BBC Brasil

Dois renomados intelectuais britânicos expressaram sua intenção de processar o papa Bento 16 pelo seu papel nos casos de abusos sexuais envolvendo padres da Igreja Católica em diversas partes do mundo.

Os escritores Richard Dawkins e Christopher Hitchens são defensores conhecidos do ateísmo e críticos ferrenhos da religião. Os dois disseram que moverão um processo contra o papa tanto na Justiça da Grã-Bretanha, país que o pontífice visitará em setembro, quanto na Corte Penal Internacional.

Foto:Arquivo

Richard Dawkins e Christopher Hitchens se tivessem essa idéia nos tempos da inquisição já estariam ardendo em alguma fogueira, como hereges e bruxos

Dawkins, biólogo de formação, é autor de livros que questionam a validade e a veracidade das religiões. Seu trabalho mais conhecido, Deus, um Delírio, vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e virou um best-seller publicado em mais de 30 países.

Hitchens é filósofo e cientista político pela Universidade de Oxford, e colunista de diversas publicações, como Vanity Fair, Harper's e Granta.

Na carta, o então cardeal Ratzinger afirmou que o "bem da Igreja universal" precisava ser levado em conta em um ato como a destituição das funções sacerdotais. O cardeal mostra-se mais preocupado com a “reputação” da Igreja que com o sofrimento das vítimas e a necessidade de justiça
A argumentação jurídica seguiria a mesma lógica da ação que culminou com a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet durante sua visita a Londres em 1998.

Os pensadores alegam que o pontífice "não é imune à prisão no Reino Unido" porque, apesar de ser o chefe do Vaticano, não é um chefe de Estado reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

"Acredito que a Justiça britânica rejeitará (o argumento de imunidade do papa)", disse o advogado especializado em direitos humanos que representará os escritores, Mark Stephens.

"Se o papa viesse em visita de Estado, normalmente um chefe de Estado teria imunidade soberana. O que defendo é que ele não é um soberano, não é chefe de Estado, por isso não pode se valer dessa defesa."

Dawkins e Hitchens e seu advogado crêem que podem acusar o papa de crime contra a humanidade.

Se a Suprema Corte Inglesa considerar que o Papa não é chefe de Estado, Sua Santidade pode passar vexames no Reino Unido. Não se pode imaginar o Papa preso pela mesma justiça que acabou soltando o ditador Pinochet do Chile, sob o argumento de que o general estava doente, e havia ajudado os ingleses na Guerra das Malvinas.

Como há loucos e ateus em todo mundo, a suscitação dessa questão, pode acabar impedindo que o Papa faça viagens internacionais.

Assim ele acabará preso em Roma, uma espécie de prisão domiciliar.

Foto:

Não se tem notícia de uma situação vexatória como essa vivida pelo Papa Bento 16, nesse momento.

Bento 16 tem sido alvo de críticas diante das inúmeras denúncias de abusos de menores que surgiram, porque ele chefiava o braço da Santa Sé responsável pela disciplina.

Em muitos casos o papa, então cardeal Joseph Ratzinger, é acusado de omissão. Mas no fim da semana passada veio a público uma carta de 1985 em que ele resiste à ideia de destituir das funções sacerdotais o padre americano Stephen Kiesle, acusado de abuso sexual.

O então cardeal Ratzinger afirmou na carta que o "bem da Igreja universal" precisava ser levado em conta em um ato como a destituição das funções sacerdotais. O Vaticano confirmou a assinatura do cardeal no documento, revelado pela agência de notícias Associated Press.

Em resposta à divulgação da carta, o porta-voz do Vaticano disse que o documento foi apresentado "fora do contexto".


4 de abr. de 2010

Os crimes dos Papas que protegeram os pedófilos

IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
Os crimes dos Papas que protegeram os pedófilos
Centenas de vítimas, em todo mundo, alguns deles deficientes auditivos, denunciam, a todo instante, que foram molestadas por padres e freiras pedófilos que os atacaram sexualmente enquanto estavam sob os seus cuidados. Agrava-se a atrocidade quando se constata que os criminosos ficaram impunes, debaixo do manto protetor de inúmeras autoridades eclesiásticas. O mais aterrador é que entre os suspeitos pelo acobertamento estão o cardeal alemão Joseph Ratzinger, atual Papa Bento 16, e o seu antecessor o polonês Karol Józef Wojtyła, o respeitadíssimo João Paulo II

Foto: Getty Images

“E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma grande pedra de moinho e que fosse lançado no mar” - Jesus, Novo Testamento (Marcos 9:42)

Toinho de Passira
Fontes: Le Monde, BBC BrasilEl Pais, Fratresinunum, Observatório da Imprensa, L’Espresso

O jornal Espanhol El Pais, fala e “Uma bancarrota moral” e o Jornal Alemão Der Spiegel, sugere a renuncia do conterrâneo Joseph Ratzinger, o Papa Bento 16, algo que só aconteceu na Igreja católica há 700 anos, quando o padre Celestino V renunciou , por problemas políticos do Vaticano.

Há quem busque no livro do apocalipse os sinais do fim dos tempos. Pode ser exagero, mas quem poderia imaginar que chegasse o dia, em não mais se confiar em deixar um filho, ou filha, sob os cuidados de um Padre ou freira?

Há muito que aqui e ali, pululam denuncia de pedofilia entre padres e freiras da Igreja Católica. Os casos eram tratados como escândalos passageiros e resolvidos nos subterrâneos das Igrejas, sempre longe dos olhos dos fieis.

De repente, o mundo tomou consciência, que o volume dessas atrocidades era maior do que podia se imaginar. Como uma epidemia as vítimas foram brotando sem controle, denunciando o sofrimento da violação e frustração de verem os seus algozes serem protegidos pelas autoridades eclesiásticas em todo mundo.

Foto: Associated Press/Arquivo familiar

Arthur Budzinski, hoje com 61 anos, é o menino de olhar triste, circulado, que posa com sua turma na escola de São João, para Surdos em São Francisco, foi um dos 200 meninos surdos que foram molestados pelo Padre Lawrence Murphy

Alguns falam pela linguagem dos sinais, pois são surdos-mudos, talvez escolhidos como vítimas ideais, por não poderem verbalizar de imediato o vexame do estupro.

A maioria das vítimas estavam sob a guarda da Igreja, em instituições de apoio e ensino. As famílias entregaram, em confiança, os seus filhos aos seus monstruosos algozes travestidos de religiosos, tranqüilas de que lá eles estariam seguros e seriam encaminhados pelos caminhos da fé cristã.

Não se pode deixar de compreende a indignação e frustração das vítimas e familiares, de após os crimes, não terem tido o apoio mais elementar dos lideres religiosos da Igreja Católica, desde os bispos das suas comunidades até o sucessor de São Pedro, o Bispo de Roma, o Papa, o chefe maior da Igreja Romana.

Por ter atingido o Papa Bento 16, flagrado em contundente postura de prevaricação a crise atual, tomou o caminho do descontrole. Mas se alongarmos os horizontes, veremos que emerge do pântano toda a cadeia hierárquica da Igreja, espalhada pelo mundo.

O lodaçal se espalhou com um rastilho, com centenas de padres praticantes de pedofilia, molestando inocentes em todo planeta e Bispos, Cardeais e Papas dispostos a acobertá-los.

Todos os relatos são cruéis, chocam não só qualquer cristão, mas qualquer humano. Os fatos deixam sem rumos os católicos praticantes descrentes em seguir as orientações dos seus líderes religiosos e espirituais.

Alguns dogmas da Igreja como a infalibilidade do Papa, o celibato dos Padres e Freiras, estão em xeque.

Charge de Riber Hansson, Suiça, Sydsvenskan

A situação da Igreja Católica, na atualidade, fragiliza-se cada vez mais por insistir em manter a mesma postura viciada de fazer “qualquer coisa” para preservar sua imagem pública, mesmo que para isso passe por cima da moralidade, do respeito e do amparo aos desvalidos, um dos mais fundamentais princípios cristãos.

A Igreja culpa a imprensa pelos seus males e tenta abafar o clamor de milhares de molestados em todo mundo dizendo-se vítima de uma terrível conspiração.

Na verdade, a Igreja afastou-se dos ensinamentos de Jesus, ocupada em gerir os seus bancos, o seu poder político, a vaidade dos seus dirigentes pomposos. Esquecendo-se de proteger e dar sua vida como exemplo, para o rebanho que lhe coube pastorar.


IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
Os crimes dos Papas que protegeram os pedófilos
PARTE II

Foto: Getty Images

“E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma grande pedra de moinho e que fosse lançado no mar” - Jesus, Novo Testamento (Marcos 9:42)

Toinho de Passira
Fontes: Le Monde, BBC Brasil, Sem Fronteiras - Maierovitch, El Pais, Fratresinunum, Observatório da Imprensa, L’Espresso

O italiano João Maria Mastai Ferretti, o Papa Pio IX, através da bula papal "Pastor Aeternus" tornou o Papa infalível, por Medida Provisória. Segundo a teologia católica essa prerrogativa é exercida quando o Papa, como sucessor de Pedro, pronuncia- se, manifesta-se, opina, "ex- cathedra", ou seja, investido do da autoridade Papal, em matéria de fé e moral.

É verdade que as acusações do “The New York Times”, apontam contra Joseph Ratzinger, quando ainda não era Bento 16, portanto sem a infalibilidade, embora já tivesse a responsabilidade de mandar investigar e punir os religiosos que transgredissem contra o Código Canônico.

Mas não precisava ser tão falível. Segundo o jornal americano, que exibiu documentos e cópias de correspondências do Vaticano e de missivas das famílias desesperadas denunciando os fatos ao Papa, que nunca as respondeu.

Ratzinger não respeitou a moralidade, a dignidade humana, os incapazes e os indefesos, quando deu guarida ao padre americano Lawrence Murphy (foto) , que abusou durante anos de 200 meninos surdos em Wisconsin (EUA), apesar de advertido e informado pelo arcebispo de Milwaukee, Rembert Weakland.

Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, explicou recentemente que o Vaticano decidiu não castigar Murphy porque “Padre Murphy era idoso e tinha saúde debilitada”, mas nada disse sobre as vítimas e suas familías. Na quinta-feira (25) algumas vítimas do padre Murphy protestaram contra o papa a poucos metros da Praça de São Pedro, em território italiano.

"Bento 16, como chefe da congregação, ignorou diversos pedidos de três bispos para expulsar do clero o abusador em série Lawrence Murphy", dizia um dos cartazes. Os manifestantes foram presos pela polícia quando falavam com jornalistas. Mais tarde foram libertados.

Não tardou e mais abusos maciços de crianças surdas-mudas, isso precisa ser estudado sociológica e psicologicamente, submergiram, tendo como cenário a Itália, debaixo das barbas papais: entre 1955 e 1984 (por quase 30 anos) nos Institutos Antonio Provolo de Verona (Itália), vários educadores religiosos dessa instituição de caridade católica para crianças com problemas auditivos abusaram de dezenas de vítimas, meninos e meninas, todas surdos-mudos.

Trata-se do escândalo mais grave de pederastia clerical conhecido na Itália, e já havia sido revelado há um ano pela revista "L'Espresso", que documentou dezenas de sevícias, algumas delas cometidas inclusive sob o altar e no confessionário. A denúncia foi assinada por 67 ex-alunos, embora se acredite que as vítimas possam ser muito mais.

Os abusados citaram 25 padres e religiosos como supostos pedófilos: 13 deles ainda vivem e sete continuam alojados no instituto.

O Bispo Dom Giuseppe Carraro, já falecido e atualmente em processo de canonização, é um dos 25 sacerdotes que estão sendo acusados de pedofilia.

Bruno, um dos ex-alunos, do Instituto Antonio Provolo, para surdos-mudos, contou contou à revista L’Espresso:

“Dois sacerdotes levaram-me ao palácio episcopal Provolo e me deixaram sozinho com ele [d. Carraro]. Era 1959 e eu tinha 11 anos. Eu fui sodomizado pelo bispo, que tentou fazer jogos sexuais comigo. Foi uma experiência terrível.”

Segundo "L'Espresso", nenhum dos acusados foi afastado ainda do centro escolar, frequentado por centenas de crianças e jovens. O único expediente de expulsão foi aberto contra um padre que relatou à revista os abusos que havia cometido.

Mas o escândalo não tem fim, desde o início de 2010, pelo menos 300 pessoas acusaram padres católicos da Alemanha de abuso sexual ou físico.

O irmão do Papa Bento 16, Monsenhor Georg Ratzinger, de 86 anos, disse que deu tapas no rosto de alunos em uma escola alemã onde foi diretor do coral, mas que não tinha consciência da brutalidade da disciplina aplicada na escola, nem conhecimento dos abusos sexuais.
Entre as acusações, está o abuso de mais de 170 crianças por padres em escolas jesuítas, além de casos dentro de um coral de meninos, "Regensburger Domspatzen", ou Pardais da Catedral de Regensburg, dirigido durante 30 anos pelo monsenhor Georg Ratzinger, irmão do papa.

Em março, o padre Peter Hullermann, que foi condenado por molestar crianças quando servia na Arquidiocese de Munique e Freising, foi suspenso de suas funções após violar uma proibição de trabalhar com menores.

No último dia 22, a diocese de Regensburg confirmou novas acusações contra quatro padres e duas freiras, em casos que teriam ocorrido nos anos 70.

O problema alastrou-se pelo mundo, no ano passado, dois documentos que examinaram acusações de pedofilia entre clérigos irlandeses relevaram a profundidade do problema no país, com casos de abuso, acobertamentos e falhas hierárquicas envolvendo milhares de vítimas durante várias décadas.

Um dos documentos mostrou que quatro arcebispos de Dublin fizeram vista grossa para casos de abuso ocorridos entre 1975 e 2004.

Quatro bispos renunciaram e toda a hierarquia da Igreja irlandesa foi convocada ao Vaticano para depor pessoalmente diante do papa Bento 16.

Em meio a isso, um novo escândalo veio à tona neste mês de março com a informação de que o chefe da Igreja Católica Irlandesa, cardeal Sean Brady, estava presente em reuniões realizadas em 1975, quando crianças fizeram um voto de silêncio sobre reclamações contra um padre pedófilo, Brendan Smyth.

Ainda neste mês de março, bispos da Holanda pediram uma investigação independente diante de mais de 200 acusações de abuso sexual de crianças por padres, além de três casos ocorridos entre 1950 e 1970.

Inicialmente, as acusações envolviam a escola do mosteiro de Don Rua, no leste da Holanda.

Mas a divulgação do escândalo fez surgir dezenas de novas alegações de supostas vítimas em outras instituições do país.

Charge de Mike Scott - NewJersey/Newsroom.com
- Papa, este padre continua molestando-me
- Pobre criança, venha, eu vou te proteger

Em Salzburgo, Suiça, o chefe de um mosteiro local renunciou ao cargo após confessar ter abusado de um menino há 40 anos, quando ele era monge.

Uma comissão formada pela Conferência dos Bispos da Suíça em 2002 vem investigando acusações de abuso envolvendo religiosos do país.

Este mês, um membro da comissão, o abade Martin Werlen, disse em uma entrevista que cerca de 60 pessoas fizeram acusações sobre casos que teriam ocorrido nos últimos 15 anos.

Um padre do cantão de Thurgau foi preso sob suspeita de abuso sexual de menores.

Foto: El Pais

O Papa João Paulo II abençoa o seu amigo o padre pedófilo, Marcial Maciel, amizade que lhe impede a beatificação

O escândalo sexual da Igreja Católica, na mesma proporção e pelos mesmos motivos, chegou até ao então intocável Karol Wojtyła, João Paulo II: O jornal espanhol El Pais, afirma que o Papa falecido, ainda não foi beatificado devido à amizade e proteção que concedeu ao padre Marcial Maciel, fundador da ordem dos “Legionários de Cristo”.

Maciel o líder de um dos mais bem-sucedidos movimentos do novo catolicismo não foi só um notório pederasta e viciado em drogas. Também teve filhos -pelo menos quatro, talvez seis- com várias mulheres, e impôs a toda a organização um quarto voto de silêncio para se proteger de denúncias. Um de seus antigos colaboradores o acusa inclusive de ter envenenado seu tio-avô, o bispo Guízar, nos anos 30, depois de ser descoberta suas investidas sexuais no seminário.

João Paulo II, recebeu centenas de denúncias, sobre os desvios do padre Maciel. O pontífice as desprezou. Maciel era um de seus preferidos. Enchia praças e estádios de futebol nas viagens do líder católico pelo mundo e trazia generosas doações para a Igreja.

Alberto Dines no seu Observatório da Imprensa comenta:

É preciso lembrar que Maciel não era apenas um pecador (na linguagem religiosa), criminoso (em termos jurídicos) ou um tarado (em linguagem corrente) – era um militante político de extrema importância. A ordem dos Legionários de Cristo (fundada em 1941) era o braço armado da direita católica. Prosperou durante a longa ditadura franquista na Espanha e expandiu-se no Novo Mundo apoiada por uma igreja identificada com o que havia de mais conservador no espectro político.

Foto:Associated Press

Maciel foi punido a ter uma vida "uma vida reservada de oração e penitência, renunciando a qualquer forma de ministério público", até morrer em 2008, em Huston, nos EUA, com 90anos

Para complicar a já tão complicada situação da Igreja, além do clamor dolorido das vítimas, que puseram a boca no mundo pela benevolência de Bento 16, agora entravam em cena auto proclamados filhos e mulheres de Maciel, reclamando atenção e direitos.

Em Madrid vive uma filha de Maciel, em luxuosos apartamentos na Calle de Los Madroños, chama-se Norma Hilda que inclusive cursou sua carreira na Universidade Francisco de Vitoria em Madri, propriedade dos “Legionários de Cristo” e fez um pacto de silêncio em troca de uma pensão vitalícia concedida pelo Vaticano.

Quem selou o acordo e cuidou de que a rocambolesca história acabasse aí foi o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, nos primeiros dias de fevereiro do ano passado. O dinheiro não foi obstáculo. Há décadas que em ambientes hostis o grupo de Maciel é conhecido com ironia como os Milionários de Cristo.

Animado pelo sucesso do engano maquinado em Madri, Bento 16 tomou outra decisão com a esperança de abafar o escândalo. Ordenou que a investigação se estendesse a toda a organização.

O que não se poderia prever seria a enxurrada de notícias sobre a vida secreta de Maciel, agora sem controle possível. Para culminar, um advogado mexicano de prestígio, José Bonilla, ganhou uma ação contra a Igreja para uma das vítimas do padre Maciel, submetido a abusos sexuais aos 3 anos em um colégio dos legionários.

Foto: Captado CNN - Espanhol

O advogado José Bonilla, que representa os filhos do padre Macel Maciel, e um dos seus clientes o herdeiro do padre o jovem José Raúl Gonzales Lara.

O advogado Bonilla, agora representa três dos auto proclamados filhos de Maciel, em busca de reconhecimento legal e indenizações. Trata-se de três homens, irmãos, de nacionalidade mexicana. O advogado afirma que Maciel teria outros três filhos, além da espanhola Norma Hilda. Outro filho viveria em Londres, e uma sexta filha morreu em um acidente de trânsito quando ia apanhar seu pai em um aeroporto de Paris.

Os bispos visitadores que estão há quase um ano investigando as instituições e colégios dos Legionários de Cristo não revelam suas averiguações, mas recentemente foram convocados a Roma para apresentar a Bento 16 um primeiro relatório.

José Martínez de Velasco, redator-chefe da agência de notícias afirma as primeiras denúncias sobre abusos sexuais em escolas da Legião chegaram ao Vaticano na década de 1950, durante o pontificado de Pio 12, também paternal protetor do padre mexicano.

Desde a dissolução dos jesuítas, em 1773, por Clemente 14, forçado pelos reis da França, Espanha, Portugal e das duas Sicílias - por motivos de poder, portanto -, a Igreja Católica não havia enfrentado um caso igual.

A sujeira envolvendo violência sexual contra crianças, algumas delas surdas-mudas, por infindáveis anos, em várias partes do planeta, sob a proteção silenciosa e cúmplice, de alguns Papas, parece atingir a Igreja Católica no seu âmago.

O pior é que Bento 16, ele mesmo acusado de não ter atuado com diligência quando comandava a Congregação para a Doutrina da Fé, não parece hábil o suficiente para soerguer a Igreja secular que foi fundada por um discípulo de Jesus, o pescador Pedro, o primeiro Bispo de Roma, o primeiro Papa da Igreja Católica. Espera-se uma intervenção Divina, para salvar o Catolicismo, se é que Deus, envergonhado não tenha abandonado a Igreja Romana.

Foto: Getty Images

Domingo de Páscoa, no balcão da Igreja de São Pedro, o Papa Bento 16 abençoa os fiéis. Como acreditar na pregação de um homem que protegeu pedófilos?


1 de jul. de 2009

Papa mandou o Bispo Dom Cardoso vazar

Papa mandou o Bispo Dom Cardoso vazar
O novo arcebispo da arquidiocese de Olinda e Recife, nomeado pelo Papa, é Dom Antônio Fernando Saburido, de 62 anos, da Ordem Beneditina, atualmente bispo de Sobral (CE).

Foto: JM Melo/CNNBB

Simpático, bonachão, boa gente, assim o povo de Sobral se refere ao Bispo Saburido, agora nosso Arcebispo. Bem Vindo!

Fontes: ”thepassiranews”, Blog Sagrada Familia, CNBB, Jornal do Comercio

O vaticano noticiou que o papa Bento XVI aceitou a renúncia por motivos de idade do arcebispo de Olinda e Recife, José Cardoso Sobrinho.

O novo Arcebispo Antônio Fernando Saburido, que tomará posse no dia 16, nasceu no Distrito de Jussaral, no Cabo de Santo Agostinho, em 10 de junho de 1947. Estudou no seminário da Imaculada Conceição, em Recife, e no colégio Oliveira Lima, antes de entrar no Mosteiro Beneditino de Olinda, onde estudou filosofia e teologia.

Em 1978, tomou os votos beneditinos e, em 1983, foi ordenado sacerdote, pelo então Arcebispo de Olinda e Recife Dom Helder Câmara. Saburido atuou no mosteiro de Olinda, foi pároco em várias paróquias da arquidiocese e vigário geral. Em 2000 foi nomeado bispo auxiliar de Olinda e Recife e, em 2005, bispo de Sobral, cargo que ocupava até agora.

O excomungador já vai tarde
Dom Cardoso Sobrinho é aposentado três meses após a polêmica de ter excomungado os médicos que fizeram o aborto da menina que havia sido estuprada pelo padrasto.

Resumindo o post que publicamos na ocasião, profetizamos que Dom Cardoso devia aprontar as malas:

“Em artigo publicado pelo jornal da Santa Sé, o Osservatore Romano, o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Monsenhor Rino Fisichella afirmava que os médicos que praticaram o aborto na menina de 9 anos, grávida de gêmeos após ter sido estuprada pelo padrasto, não mereciam a excomunhão.

O artigo entre outras coisas dizia que dom Cardoso “colocou em risco a credibilidade da Igreja Católica.”

“José Cardoso Sobrinho, foi apressado e deveria ter se preocupado primeiro com a menina.”

Comentamos então: Agora só resta a Dom Cardoso ou excomungar esse tal Monsenhor Rino Fisichella ou pega as malas e sair de cena para sempre.

Dissemos ontem que não acreditávamos que Dom Cardoso comeria o Panetone do Natal a frente da Diocese, agora atualizando a situação, já estamos acreditando que a pamonha de São João não será a ele servida no Palácio dos Maguinhos.

Há quem acredite, porém que nem o “bredo de coco” da Semana Santa ele come como Arcebispo.

Para não tornar realidade a “profecia” do “thepassiranews” o Vaticano esperou o fim das Festas Juninas, para retirar o Bispo Excomungador, que afinal comeu nesse ano, a sua última canjica, aboletado no Palácio Espiscopal do Recife. Vade Retro! “


19 de mar. de 2009

Papa Bento XVI condena camisinha

Papa Bento XVI condena camisinha
Quase todos os governos europeus, pioneiramente a França, e inclusive a sua terra natal a Alemanha, reagiram com veemência e discordância a posição do Chefe Espiritual da Igreja Católica Apostólica Romana.

Foto: Reuters

O Papa foi recebido no aeroporto em Camarões, pelo Presidente Paul Biya e sua discreta esposa Chantal Biya.

Fontes: Clix , Correio da Manhã , Zenit,Revista Época

O Papa Bento XVI ao começar a sua visita a África, um dos continentes onde há mais vítimas das doenças sexualmente transmissíveis, principalmente AIDS, ainda no avião papal, antes de pousar da primeira estada, em Camarões, declarou que o uso do preservativo não é uma solução e pode pelo contrário agravar o problema da AIDS, a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA)

Imediatamente recebeu uma exurrada de críticas, iniciada pelo governo frances:

“A França exprime a sua viva preocupação quanto às consequências das declarações de Bento XVI”, disse o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Eric Chevalier. “O nosso papel não é o de emitir julgamentos sobre as doutrinas da Igreja, mas consideramos que estas observações põem em risco políticas públicas de saúde e os imperativos quanto à proteção da vida humana”

O governo da Alemanha, terra natal do Papa, fez eco da reação francesa. "Há que dar acesso ao planejamento familiar aos mais pobres entre os pobres. E o uso do preservativo faz parte desta política. Qualquer outra medida seria irresponsável", afirmou o ministro da Saúde alemão. O governo belga também juntou a sua voz às críticas.

Fotos: Reuters

Longe da polêmica os africanos tratam o Papa até muito bem

O mesmo tom usaram organizações que lutam contra a propagação da doença. A ONUSIDA lembrou que se registram mais de 7400 novas infecções todos os dias e salientou que "os preservativos são essenciais na prevenção da doença". Por sua vez, o Fundo Mundial da Luta contra a Sida, a Tuberculose e o Paludismo exigiu ao Sumo Pontífice que retire as suas palavras.

Após a saraivada de críticas, o Vaticano divulgou um comunicado reforçando as palavras do papa e mostrando estar convicto de suas ideias que, assim como no caso do aborto e das células-tronco, colocam a Igreja Católica em rota de colisão com as autoridades de saúde e de desenvolvimento.

“A Igreja não acredita que a divulgação mais ampla dos preservativos é realmente o melhor caminho."

Essa é a mesma Igreja de Dom Cardoso, o excomungador descontrolado.


15 de mar. de 2009

Vaticano: Arcebispo errou excomungando médicos

Vaticano: Arcebispo errou excomungando médicos
Agora é oficial, a igreja publicou no “Osservatore Romano”, jornal oficial da Igreja Romana, na primeira página, um chega para lá definitivo em Dom Cardoso Sobrinho


Detalhe da primeira pagina do jornal “Osservatore Romano”deste domingo 15

Fontes: BBC Brasil, Osservatore Romano

Em artigo publicado pelo jornal da Santa Sé, o Osservatore Romano, neste domingo, o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Monsenhor Rino Fisichella afirma que os médicos que praticaram o aborto na menina de 9 anos, grávida de gêmeos após ter sido estuprada pelo padrasto, não mereciam a excomunhão.

"São outros que merecem a excomunhão e nosso perdão, não os que lhe permitiram viver e a ajudarão a recuperar a esperança e a confiança, apesar da presença do mal e da maldade de muitos", escreve Monsenhor Rino Fisichella, um dos mais próximos colaboradores do papa Bento 16 e maior autoridade do Vaticano em bioética.

"O caso ganhou as páginas dos jornais somente porque o arcebispo de Olinda e Recife se apressou em declarar a excomunhão para os médicos que a ajudaram a interromper a gravidez. Uma história de violência que, infelizmente, teria passado despercebida se não fosse pelo alvoroço e pelas reações provocadas pelo gesto do bispo."

Segundo Monsenhor Fisichella, o anúncio da excomunhão por parte de D. Jose Cardoso Sobrinho colocou em risco a credibilidade da Igreja Católica.

Na avaliação do Monsenhor Rino Fisichella (foto), o arcebispo de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho, foi apressado e deveria ter se preocupado primeiro com a menina.

"Era mais urgente salvaguardar a vida inocente e trazê-la para um nível de humanidade, coisa em que nós, homens de igreja, devemos ser mestres. Assim não foi e infelizmente a credibilidade de nosso ensinamento está em risco, pois parece insensível e sem misericórdia", escreve o bispo.

Na avaliação do prelado, a prática do aborto neste caso não teria sido suficiente para dar um parecer que "pesa como um machado", porque houve uma contraposição entre vida e morte.

Ele reconhece que, devido à idade e às precárias condições de saúde, a menina corria serio risco de vida por causa da gravidez. E justifica os médicos, que em sua opinião, merecem respeito profissional.

"Como agir nesses casos? É uma decisão difícil para os médicos e para a própria lei moral. Não é possível dar parecer negativo sem considerar que a escolha de salvar uma vida, sabendo que se coloca em risco uma outra, nunca é fácil. Ninguém chega a uma decisão dessas facilmente, é injusto e ofensivo somente pensar nisso."

De acordo com o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, segundo a moral católica a defesa da vida humana desde sua concepção è um principio imprescindível.

O aborto não espontâneo sempre foi e continua sendo condenado com a excomunhão, que é automática.

"Não era, portanto, necessária tanta urgência em dar publicidade e declarar um fato que se atua de forma automática, mas sim um gesto de misericórdia."

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Dom Cardoso de malas prontas

Dom Cardoso de malas prontas
A Igreja vai mandar o Arcebispo vasar

Depois da nota da CNBB, seguida dessa do Vaticano, só falta Deus se pronunciar contra as atabalhoadas ações de Dom Cardoso. Dissemos ontem que não acreditávamos que ele não comeria o Panetone do Natal a frente da Diocese, agora atualizando a situação, já estamos acreditando que a pamonha de São João não será a ele servida no Palácio dos Maguinhos.

Há quem acredite, porém que nem o “bredo de coco” da Semana Santa ele come como Arcebispo.

Na verdade nunca vi a Igreja bater tão forte num Arcebispo como agora, nesse artigo do Vaticano. Monsenhor Rino Fisichella acertou na moleira de dom Cardoso com força dizendo que o bispo caruaruense “colocou em risco a credibilidade da Igreja Católica.”

“José Cardoso Sobrinho, foi apressado e deveria ter se preocupado primeiro com a menina.”

Agora só resta a Dom Cardoso ou excomungar esse tal Monsenhor Rino Fisichella ou pega as malas e sair de cena para sempre.

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13 de mar. de 2009

CNBB desautoriza Bispo excomungador de excomugar

CNBB desautoriza Bispo excomungador de excomugar
Mandaram o Bispo recolher sua metralhadora excomungadora giratória

Foto: O Globo

O presidente da CNBB Dom Geraldo Lyrio com jeitinho para não ofender disse que a interpretação de Dom Cardoso era equivocada.

Fontes: O Globo , Arquidiocese Olinda- Recife 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) anunciou que só o estuprador e mais ninguém com certeza seria excomungado no caso da menina vítima de abuso que abortou gêmeos.

O presidente da CNBB com todo o cuidado foi desmentindo e pondo o Arcebispo de Olinda em Recife no seu devido lugar, reposicionando finalmente o pensamento da Igreja Católica.

Na semana passada, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, com a falta de sensibilidade que lhe é característica, anunciou a excomunhão dos médicos e da mãe devido ao aborto, mas deixou o padrasto da menina, acusado de estuprá-la, de fora da decisão da igreja.

“Na verdade, o arcebispo não excomungou ninguém. Ele anunciou que este tipo de ato traz consigo tal possibilidade e fez isso movido por sua sensibilidade. Às vezes a pena da excomunhão é colocada para chamar a atenção não só da pessoa, mas da comunidade eclesial da gravidade do ato”, afirmou o presidente da entidade, Dom Geraldo Lyrio Rocha.

Segundo o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, só o padrasto, se não tiver um “problema mental” e total consciência do ato, estará automaticamente excomungado.

E continua explicando a possibilidade de a mãe e os médicos não terem sido excomungados afirmando que o direito canônico prevê só em raríssimas ocasiões a excomunhão.

Segundo ele, a excomunhão depende se o ato aconteceu de forma consciente e livre. Por isso, diz ele, não é possível afirmar que houve a excomunhão da mãe ou mesmo de alguns dos integrantes da equipe médica que realizaram o aborto.

“Posso garantir que a menina não foi excomungada. Tenho quase certeza que a mãe ou pai também não, devido à pressão e ao medo de perder a própria filha. Até mesmo na equipe médica, depende do grau de consciência”, explicou o secretário-geral da CNBB.

ABSTINÊNCIA EXCOMUNGADORA

Dom José Cardoso está desestabilizado: há mais de três dias que não excomunga ninguém. Agora com mais esse posicionamento da CNBB não se sabe como ele irá se comportar.

A situação fica estranha já que dom José Cardozo é doutor em Direito Canônico pela Universidade Gregoriana, em Roma e foi Professor de Direito Canônico no Colégio Internacional Santo Alberto da Ordem Carmelita, no Vaticano.

O atual código canônico promulgado pelo papa João Paulo II no ano de 1983, substituindo o código anterior, datado de 1917, que fora promulgado pelo então Papa Bento XV, não apresenta modificações na sua estrutura que justifique uma diferença tão grande entre interpretações tão dispares entre o Arcebipo de Olinda e Recife e seus companheiros da CNBB.

Apesar da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil não poder interferir na diocese de Dom Cardoso, o pronunciamento dos bispos da CNBB com posições contrárias a sua postura é uma “puxão de orelhas” publica.

Além do mais, a CNBB jamais tomaria essa atitude se não tivesse autorizada pelo Vaticano.

A batata do bispo está assando, como a igreja é muito lenta, profetizamos que ele não vai comer o panetone de natal no palácio dos manguinhos.

As noticias que se tem e que ele não mais falará sobre o assunto e apenas uma nota foi distribuída as paróquias com uma explicação que o bispo não excomunga quem excomunga é Deus.

O imprevisível Dom Cardoso, porém, pode não ficar quieto e tomar mais alguma atitude insana, como excomungar também os bispos da CNBB, os blogueiros e leitores de blogs, Jarbas Vasconcelos, Lula, Barack Obama...

Não percam os próximos capítulos.


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Viva dom Helder, o bispo das putas!

Viva dom Helder, o bispo das putas!
A beleza da exceção ou saudades de dom Helder

Por Anna Maria Ribeiro
Fontes: Blog do Jamildo

Não consigo fugir da duplicidade do título. Atribuí um, depois outro, e percebi que o certo seria valer-me dos dois.

Nestes últimos dias em que vi excomungada uma equipe médica que cumpriu com seu dever e, com a Lei, me dei conta de que para a religião católica não existe a possibilidade de exceção.

Pouco sei sobre as outras religiões para generalizar a descoberta atribuindo a todas elas este estranho fenômeno. Fenômeno, sim. E dos maiores. Exceção existe em tudo e em todos. Mesmo no Dura Lex, Sede Lex as exceções ocorrem. Caso não ocorressem, desnecessários seriam os magistrados que a interpretam aplicando-a com bom senso e inteligência, adaptando-a às circunstâncias, cada situação que nela se enquadre.

Exceções existem de montão na natureza e no ser humano, ambos criados por Deus, segundo a Igreja. Não admiti-la é absurdo e desumano, como no caso da menina de nove anos estuprada pelo padrasto. Não discuto a posição oficial da Igreja contra o aborto. É lá uma Lei dela e deve ter sua razão de ser. Mas esta Lei não admite exceções? Nenhuma? Isto me parece burrice.

Mais do que isto parece uma incoerência. Por que o não matarás dos 10 Mandamentos (de onde, me parece, se origina a proibição do aborto) não é aplicado durante guerras que eliminam milhões de soldados e não participantes inocentes? Por que não são excomungados os que as promovem ou os que delas participam? É uma exceção ou não é?

O desumano pronunciamento do Arcebispo de Recife é um tanto sem pé nem cabeça, não é não?

E ai vocês devem estar se perguntando: onde entra D. Helder nesta história?

Além da coincidência de ter sido, também ele, Arcebispo de Olinda e Recife, foi uma das pessoas mais humanas que conheci. Muito amigo de meu pai tive o privilégio de conversar com ele muitas vezes. Fui educada na religião católica, mas não me tornei uma. Não cabe aqui comentar por que deixei de sê-lo. Mas me encantava ouvir D. Helder falar.

A religião católica, a dele, era verdadeiramente a do perdão, a da compreensão, a da aceitação, a da compaixão, a da caridade, nas acepções mais bonitas que possam ter estas palavras. Humano ele era e porque tão humano tinha algo de divino.

Lembro-me da última vez que o visitei em Recife, como sempre o fazia quando lá ia a trabalho. O cafezinho, naquela casinha nos fundos da Igreja das Fronteiras, era de lei. Pouco tempo depois ele morreu e me fez falta. Faz muita falta a este País, como vejo agora.

Desta última vez que o vi contou-me uma história deliciosa que com ele havia ocorrido nos anos de chumbo. Lembro-me de que ri muito e só depois percebi que o riso fácil era uma conseqüência menor do ocorrido. A história é tão linda que nem sei! Não faz rir, não. Faz pensar o quanto havia de grande e humano naquele homem frágil, de voz tão mansa.

Mas vamos ao relato e vocês julgam: naquela época tão sofrida dos anos que se seguiram a 1969, D. Helder era uma figura preocupante.

Como enfrentá-lo?

Confinando-o à sua Arquidiocese a “gloriosa” tinha a maior dificuldade em fazê-lo calar-se. Os olhos do mundo estavam sobre ele e uma repressão maior que o confinamento teria conseqüências funestas para o Governo.

Havia um pavor de que qualquer agressão a ele dirigida pudesse ser atribuída à truculência da revolução. E esta delirava temendo que um atentado “terrorista” fosse engendrado para incriminá-la.

Da mesma forma, os admiradores D. Helder temiam por alguma agressão desta mesma revolução. Isto fazia com que qualquer deslocamento do Arcebispo fosse acompanhado por carros das duas facções visando garantir e proteger sua integridade física.

Isto incomodava D. Helder que adorava andar a pé pelas ruas do Recife e gostava de fazê-lo com liberdade. Naquela mesma época o Prefeito de Recife resolveu, a bem da ordem e dos bons costumes, banir da cidade as prostitutas, transferindo-as para uma periferia longínqua.

Apavoradas com a possível redução da clientela que lhes garantia o sustento, foram procurar D. Helder para que intercedesse a seu favor. O que ele prontamente fez conseguindo que fosse sustada a medida convencido de que “esconder o sofá” não resolveria o problema social.

Pois bem, num de seus passeios a pé, D. Helder desesperado com a perseguição dos dois carros, deu uma de esperto. Enveredou-se por uma ruela à qual os carros não poderiam ter acesso. Só depois de andar alguns metros é que se deu conta de que estava em pleno baixo meretrício.

Prostitutas em portas, janelas e sacadas, quase nuas, ajoelhavam-se à sua passagem pedindo a benção que ele foi ministrando à direita e à esquerda, apertando o passo para dali sair o mais rápido possível antes que algum repórter surgindo do nada registrasse o inusitado episódio que faria a festa de jornais do mundo inteiro.

Já quase no fim da rua, de uma das sacadas veio o grito entusiasmado e comovido: Viva D. Helder, o bispo das Putas! E a rua explode em palmas e vivas. Sorrindo ele se foi. E sorrindo me contou a história.

Bonito, não?

É o que faria Cristo, acho, na mesma situação.

Mas certamente não é o que faria o atual Arcebispo.

Mas certamente isto se deve ao fato dele não conhecer o Filho de Deus tão intimamente quanto D. Helder conhecia.

E, porque não conhece não aprendeu que considerar que as exceções, e tratá-las como tal, é um ato humano, bonito, inteligente e, sobretudo, cristão.

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