Eduardo Campos depois da fala de Dilma: “propostas são as mesmas, o que avançou mesmo foi a seca”
BRASIL – Eleição 2014 Eduardo Campos depois da fala de Dilma: “propostas são as mesmas, o que avançou mesmo foi a seca” Seca no Nordeste é mais um motive de explícita tensão entre a presidenta Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press/Arquivo Postado por Toinho de Passira A pior seca dos últimos 50 anos no Nordeste transformou-se em mais um ingrediente na disputa política entre o governo federal e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, provável candidato do PSB à Presidência em 2014. Os dois não estão mais disputando espaço nos bastidores, o embate político é franco e contundente, principalmente do lado de Eduardo Campos. A presidenta Dilma Rousseff chegou à fortaleza, dia 02, anunciando uma série de medidas para combater a seca, liberou R$ 9 bilhões para crédito aos agricultores afetados pela estiagem e lembrou, diante de todos os governadores da região, que as ações tomadas pelo PT durante os últimos 10 anos amenizaram o impacto da falta de chuvas. “Conseguimos impedir que as populações aqui enfrentassem todas as perversas consequências que sempre vimos sendo retratadas na literatura, na prosa e no verso dos sanfoneiros”, disse Dilma, no nordeste, o terreiro de Eduardo. A presidente afirmou que, apesar dos graves problemas de produção, não foram vistos saques, e as pessoas não passam fome de maneira aguda que as obrigue a buscar alternativas para preservar a própria sobrevivência. “Podemos dizer que atingimos nosso objetivo de preservar a população, mas os desafios de enfrentar as consequências na esfera produtiva persistem”, declarou. O pacote do governo federal é extenso. Além dos R$ 9 bilhões, serão contratados carros-pipas (o número pula de 4,4 mil para 6,1 mil este ano, e entregues mais 130 mil cisternas até julho, que se somarão as 270 mil já instaladas. Outras 750 mil serão entregues até a Copa do Mundo de 2014. Dilma também autorizou a prorrogação dos débitos de todos os produtores de municípios em estado de emergência com dívidas contraídas de 2012 a 2014 por mais 10 anos, com o pagamento da primeira parcela em 2016. Agora depois que Dilma fala, a imprensa busca a opinião de Eduardo Campos que anteriormente, fazia pequenas insinuações, mas que agora, não vacila em apresentar-se como crítico e mordaz. Logo após as medidas anunciadas pela presidente, Campos sem papas na língua desdenhou: “As propostas continuam as mesmas, o que avançou mesmo foi a seca. É preciso olhar com atenção ao produtor, ao habitante do semiárido. É preciso olhar como vamos recompor essa economia devastada com a maior seca dos últimos 50 anos”, comentou o Governador de Pernambuco. “Estamos vivendo o repique da seca. Acabou o período chuvoso de uma grande parte do semiárido nordestino. Vamos entrar numa jornada de verão com os reservatórios com pouca água, sem uma perspectiva de um bom inverno na outra parte do semiárido. Tudo isso vai exigir obras emergenciais e um olhar estratégico sobre o futuro, sobre como nós vamos recompor essa economia que foi devastada por essa seca”, continuou o governador. Ainda segundo Eduardo Campos, é preciso “ter clareza” de que o processo da recomposição da economia tem que ser pensado desde já. “A seca esteve na zona rural com grande gravidade e agora vários governadores estão dizendo que várias cidades estão ficando num colapso absoluto. Isso vai exigir obras emergenciais, com um fluxo diferenciado de recursos. Estou falando de cidades de 20 mil, 30 mil e até 80 mil habitantes, que correm o risco de ficar sem nenhuma fonte de abastecimento de água. É preciso desburocratizar, para que se efetive as obras e se garanta a travessia até que os reservatórios sejam repostos”, sugeriu. Em resumo, Dilma chegou ao nordeste, com promessas de muito dinheiro e ações do Governo Federal, e Eduardo Campos, desacreditou as medidas, sugerindo que tem ideias efetivas para a solução dos problemas e que o Governo Dilma está patinando diante da seca. Essa campanha promete! |
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