Um avião da companhia aérea indonésia, Lion Air, Boeing 737, com 101 passageiros (95 adultos, cinco crianças e um bebê) e sete tripulantes, "pousou", no oceano, após ultrapassar a pista do aeroporto internacional de Ngurah Rai, em Denpasar, Bali, Indonésia, na tarde deste sábado, 13.
Todos os passageiros e tripulantes sobreviveram à queda. 46 ocupantes da aeronave sofreram ferimentos, a maioria leve, nenhum com risco de morte.
No momento do acidente, cerca de 15 horas do horário local (4 da manhã em Brasília), caía uma chuva leve no local.
Foto: Sonny Tumbelaka/AFP
A maioria dos passageiros, socorridos no hospital de Denpasar, receberam alta imediata após atendimento ambulatorial.
Após o pouso forçado, os passageiros tiveram de nadar para longe do avião usando coletes salva-vidas, enquanto equipes de resgate lançavam botes de borracha ao mar para resgatá-los.
O avião fazia um voo doméstico, proveniente de Bandung, na ilha de Java. Bali é o mais popular destino entre turistas estrangeiros que visitam a Indonésia.
A Lion Air é a primeira companhia aérea privada da Indonésia, importantíssima para um país arquipélago com 17.500 ilhas e uma população estimada de 248 milhões de habitantes, o quarto país mais populoso do mundo.
A demanda da classe média, que está em crescimento na Indonésia, fez com que as companhias aéreas locais agregassem mais rotas de voos e adquirissem mais aeronaves.
A Lion Air em particular, tem vivido um crescimento fulgurante: recentemente, assinou um contrato bilionário, o maior da história da aviação civil, comprando de uma só vez 234 aviões Airbus A320 e 230 aviões Boeing 737.
Especialistas denunciam que este crescimento excepcional, principalmente pelo baixo custo das tarifas promocionais, ofertada aos passageiros, acontece em detrimento à segurança.
Entre 2004 e 2006, houve uma séria de seis acidentes, sem vítimas mortais que marcaram a história da empresa.
Nos últimos anos o setor aéreo da Indonésia enfrentou uma série de acidentes que chamou a atenção mundial para a falta de segurança na aviação do país. A frequência de acidentes aéreos na Indonésia é o mais alto da Ásia, nove por ano, o dobro, quase o triplo, da média regional.
No ano passado, o Ministério dos Transportes revogou as licenças de voo de quatro pilotos da Lion Air que foram presos nos últimos sete meses, flagrado na posse de drogas ilegais. Foi assim, no começo do ano passado, quando a polícia, depois de ter efetuado uma batida em um hotel em Surabaya, na província de Java, afirmou que o piloto, Syaiful Salam, 44, da Air Lion, possuía 0,4 gramas de metanfetamina, um psicoestimulante, altamente viciante, que aumenta a atenção e concentração e dá uma sensação de euforia. Salam estava escalado para voar mais tarde naquele dia.
Por essas e por outras, tanto a União Europeia, quanto os Estados Unidos, baniu a maioria das companhias aéreas da Indonésia, incluindo a Lion Air, de voar em seus territórios.
Foto: AFP
Equipes de resgates chegaram rapidamente ao local
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