Tese de mestrado sobre Valesca Popozuda?
BRASIL - Bizarro Tese de mestrado sobre Valesca Popozuda? Na Universidade Federal Fluminense, a estudante Mariana Gomes passou em 2° lugar com louvor, após apresentar uma dissertação de mestrado sobre o funk e funkeiras como Valesca Popozuda. O tema, que dividiu opiniões, foi comentado de forma pejorativa pela apresentadora do telejornal SBT Brasil, Rachel Sheherazade, que disse que o funk feria seus ouvidos dela e achou a tese uma tolice. O mundo funk e academia abriu guerra contra a apresentadora Foto: Léo Ramos Postado por T oinho de Passira O projeto de mestrado da estudante Mariana Gomes, intitulado "My pussy é o poder - A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural, (pussy para os que não sabem, é a maneira mais chula de se intitular a genitália feminina em inglês.), foi aprovada em segundo lugar na Universidade Federal Fluminense (UFF) para o mestrado em Cultura e Territorialidades. A proposta do trabalho é ampla e analisará o movimento funk, no Rio de Janeiro, sob a ótica da presença feminina, sensualidade e espaço para protagonizar algumas ações do fenômeno. Valeska Popozuda é uma da funkeiras que será analisada na tese, mas alguns acreditaram que o estudo iria se centralizar nela, e houve reações de espanto e ate indignação sobre a suposta banalidade do tema. Mariana se propôs a estudar as relações de gênero no mundo funk, problematizando e até contestando a teoria de que funkeiras como Valeska Popozuda e Tati Quebra-Barraco seriam "o último grito do feminismo". Polemizando mais a coisa, na semana passada, a apresentadora do telejornal SBT Brasil, Rachel Sheherazade, afirmou, em tom pejorativo, que o " funk carioca, que fere meus ouvidos de morte, foi descrito como manifestação cultural. E o pior é que ele é, pois se cultura é tudo o que o povo produz, do luxo ao lixo, o funk é tão cultura quanto bossa nova". Para a apresentadora, dissertações como essa são inevitáveis no contexto de mais "popularização da universidade". Ao tomar conhecimento das declarações no telejornal, a mestranda escreveu uma carta-resposta em seu blog no último domingo (21), onde Mariana questiona, dentre outros pontos, se Rachel teria ao menos lido seu projeto, de estudo. O texto teve mais de 10 mil compartilhamentos no Facebook. O preconceito dela começa quando o assunto é popular. Chamar o funk de lixo é não abrir os olhos para uma realidade concreta. Ela direciona isso ao local da favela. A opinião dela tem uma questão de classe muito forte - afirmou Mariana. Foto: Léo Ramos Por sua vez, Valeska disse que não iria responder a "essa jornalista dos anos 20", que "vive presa na época em que a mulher nem direito de frequentar uma escola tinha". No entanto, a funkeira afirmou:
Foto: Léo Ramos Menos de um mês depois, sete formandos do curso escolheram ninguém menos do que a funkeira Valeska Popozuda como patronesse na cerimônia de colação de grau. |
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