A posse da senadora e ex-prefeita de São Paulo para integrar o Ministério, é mais uma melancólica cerimônia do governo Dilma, que à miúde, usa fatias da instituição, com moeda de troca, para obter apoios interesseiros em detrimento a eficiência, a compostura, a moral e aos bons costumes. Eca! Urgh! Blergh!
Foto: Wilson Dias/ABr
O NOVO NA POLÍTICA BRASILEIRA - Marta Suplicy, ontem, na cerimonia de posse, ao lado da múmia de José Sarney. Recém-saída da negociata, Marta ainda mantinha as pernas entreabertas
Postado por Toinho de Passira
Quando lançou Fernando Haddad como seu candidato a prefeito de São Paulo, Lula disse que estava optando pelo novo, na política paulista. Marta, que sonhava com a indicação, ficou duplamente indignada, segundamente por ter sido preterida e primeiramente pela alusão aos seus, 67 anos, tão bem vividos e bota bem vividos nisso.
Ficou amuada pelos cantos, babando de ódio, resmungando impropérios e destilando venenos contra o candidato de Lula, contra Lula e de quem passasse pela frente. Só poupava Dilma.
Embora não tenha a mesma autenticidade e elegância, Marta é a substituta legal de Dercy Gonçalves no cenário brasileiro: uma velhinha inconsequente, aloprada, inconveniente, “pornofônica” e quase pornográfica. O uso de botox, em escala industrial, elimina qualquer possibilidade de acréscimos de dignidade, sobriedade e desprendimento, que a maturidade agrega a maioria das pessoas.
Todo mundo petista achava que ela era um perigo ambulante, um calo no sapato, para o candidato petista de Lula, que se arrastava nas pesquisas. Lula nunca se preocupou, contava com a flexibilidade moral da companheira, a quem conhece tão bem. Tinha razão, em termos de flexibilidade moral, quanto mais velha, mais flexível ficou a senadora.
No momento aprazado, Lula mandou “prestigiar” Marta, com uma oferta de compra: um ministério de segunda linha, o da Cultura, tão desprestigiado quanto à nova ocupante do cargo. Petista só vê utilidade no Ministério da cultura para superfaturar shows e prestigiar economicamente artista parente ou aliado (desta vez a carreira de Supla vai finalmente emergir?)
Marta não se fez de difícil, disse sim, com a pressa de quem se agarra a uma pechincha, a uma tábua de salvação, a última Coca Cola do deserto.
Negando que estivesse sendo comprada, disse-se surpresa com o convite e correu para abraçar Haddad, Lula, Maluf e tantos quantos fosse necessário e possível para demonstrar sua adesão incondicional e disposição para cumprir sua parte no acordo.
Lula deve ser elogiado por ter conseguido adquirir o retorno de Marta à tão módico preço. Alas petistas, mesmo assim, comentam que ele exagerou, que ela não valia tanto, que é uma lenda essa história de que ela teria alguns votos. Ele sorri quase sábio, se por três minutos na TV, fez um acordo político público e rumoroso com Paulo Maluf, por um leve e provável acréscimo de votos para o seu candidato selaria um pacto até com o demônio, quanto mais com a velha companheira Marta.
Foto: Wilson Dias/ABr
SEM EXPRESSÃO - Não são verdadeiras as afirmações que durante a cerimônia de posse Marta Suplicy repôs o botox por duas vezes e que havia um caminhão do produto estacionado na garagem do Palácio do Planalto
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