O Palhaço, de Selton Mello, representará o Brasil na seleção do Oscar
BRASIL O Palhaço, de Selton Melo, representará o cinema brasileiro na seleção do Oscar Falando ao Estadão, ainda surpreso, e se acostumando com a notícia, Selton declarou: "O Palhaço é um filme luminoso. Causou grande encantamento no público brasileiro. Filme que oferece reflexão em uma estrutura simples, sem querer ser maior do que o tema pedia. E é na simplicidade dele que reside sua grandeza. Recebo com grande alegria a incumbência de representar meu País". Foto: Divulgação Postado por Toinho de Passira O filme O Palhaço, dirigido e protagonizado por Selton Mello, será o representante brasileiro na disputa a uma vaga para concorrer ao prêmio de melhor filme estrangeiro do Oscar 2013, nos Estados Unidos. A escolha foi feita nesta quinta (20) por uma comissão especial que se reuniu na representação regional do Ministério da Cultura, na capital fluminense. A decisão foi consensual entre os seis membros presentes da comissão, que considerou critérios artísticos e da capacidade de distribuição e promoção do filme no exterior. “Passamos por três horas de discussões e, consensualmente, esta comissão escolheu O Palhaço, da Bananeira Filmes, dirigido pelo Selton Mello, como representante brasileiro no Oscar 2013”, informou a secretária do Audiovisual, Ana Paula Santana. O filme, uma co-produção entre a Bananeira Filmes e a Globo Filmes, levou 1,4 milhão de pessoas às salas de cinema, arrecadando, no Brasil, R$ 13,4 milhões, segundo a Imagem Filmes, empresa responsável por sua distribuição. Os bons resultados comerciais, em um filme considerado pela crítica como autoral, tiveram peso na escolha. O Palhaço,, que tem tido boa aceitação em festivais de cinema, recentemente abriu a mostra do 16° Festival de Cinema Brasileiro de Miami. A produtora do longa-metragem, Vania Catani, disse que a indicação permite uma nova fase de comercialização do filme no exterior. Com acordos de distribuição em seis países, a obra tem tido boa aceitação internacional. “A gente teve uma sessão em Nova York, em julho, no MOMA [Museu de Arte Moderna]. Só tinha americano na plateia e eles amaram o filme, interagiram, riram, entenderam tudo”, disse a produtora. Selton, que é co-roteitista, protagonista e diretor do longa, sonha agora ampliar a conexão e atingir Hollywood. “Esperança é o nome do circo do filme, e agora sonho em conseguir tocar corações mundo afora, como aconteceu aqui no Brasil”, diz. O Palhaço conta a história do palhaço Benjamin, um herdeiro de circo em crise com a profissão. Foto: Divulgação Selton, 38 anos, acumula as funções de ator, diretor e roteirista (esta última ao lado de Marcelo Vindicatto) para narrar a trajetória de Benjamim, rapaz tímido e ingênuo que divide com o pai, vivido por Paulo José, o picadeiro e a administração do Circo Esperança. É entre uma e outra peraltice dos palhaços Puro-Sangue e Pangaré, vividos por pai e filho, por estradas de chão pelo interior do Brasil, que o rapaz passa a questionar sua real vocação.
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