30 de nov. de 2009

HONDURAS: Oposicionista Lobo vence eleição livres

HONDURAS
Oposicionista Lobo vence eleição livres
Num clima de festa, o povo de Honduras foi as urnas votar. Escolheram o candidato que Zelaya derrotou nas últimas eleições, querendo corrigir o erro que cometeram no passado. O presidente Micheletti, parabenizou o candidato que derrotou o candidato do governo e diz que ao voltar, no dia 02, começa a preparar a equipe de transição


Primeira página do jornal “Tiempo”

Fontes: El Heraldo, Reuters , La Tribuna, Agência Brasil, Yahoo Notícias, BBC Brasil, Portal de Pepe Lobo Presidente

O fazendeiro Porfirio Lobo venceu as eleições presidenciais de Honduras e prometeu dialogar para superar a crise política, deflagrada meses quando Manuel Zelaya inspirado pelo venezuelano Hugo Chávez resolveu passar por cima das instituições do pais, e acabou deposto por determinação da Suprema Corte de Justiça de Honduras, por traição e desrespeito a constituição.

Lobo, um deputado de 61 anos do direitista e opositor Partido Nacional, obteve quase 56 por cento dos votos contra 38 por cento de Elvin Santos, do Partido Liberal, quando já haviam sido computados mais da metade dos 2,6 milhões dos votos, informou o Tribunal Supremo Eleitoral.

Foto:Reuters

Porfirio Lobo, o candidato eleito e a futura primeira dama Rosa Elena Bonilla, na festa da vitória

"Sem temor a ameaças, sem deixar-se levar por presságios negros, hoje Honduras decidiu seu próprio futuro para terminar de uma vez por todas a crise que tanto nos afetou e prejudicou os mais necessitados", disse Lobo a simpatizantes após declarar vitória.

Lobo deverá tomar posse de um país dividido, ao qual a maioria da comunidade internacional criticou após a deposição em junho do presidente Manuel Zelaya.

Embora os Estados Unidos -maior parceiro comercial de Honduras- tenha declarado que reconhecerá o resultado do pleito, nações como Brasil, Argentina e Venezuela garantiram que não darão seu aval ao vencedor, por considerar que isso respaldaria um golpe de estado, que eles teimam em acreditar que aconteceu.

Foto: El Heraldo

Grande presença de eleitores dispostos a votar numa eleição, que na é obrigatória, comprovando a disposição do povo em participar do pleito

As autoridades eleitorais disseram que 61,3% dos 4,3 milhões de eleitores registrados votaram nas controvertidas eleições que dividiram as Américas.

"Aqui não há vencedores ou vencidos, ganhou o povo hondurenho", disse Lobo, do Partido Nacional de Honduras.

Lobo foi parabenizado pelo seu principal rival, o liberal Elvin Santos, que recebeu 38% dos votos. "Ao presidente eleito, dizemos: conte conosco", disse Santos.

Foto: El Heraldo

Os observadores internacionais foram muito importantes para testemunhar a lisuras das eleições, na foto o ex-presidente salvadorenho, Armando Calderón Sol, na condição de observador acompanhado do ex-presidente de Honduras Ricardo Maduro. Elogiável a participação do deputado federal pernambucano Raul Jungmann (PPS-PE) que também colaborou na condição de observador internacional, convidado pela Corte Eleitoral de Honduras. Em comício para celebrar os resultados das eleições deste domingo, Lobo declarou que parabenizava "o povo hondurenho que, apesar de todas as ameaça, saiu de casa para votar".

"Creio que Elvin Santos fará uma oposição muito cívica, formaremos um governo de unidade e integração", afirmou.

Lobo pediu ainda para que seja iniciado um diálogo com o movimento de oposição e resistência ao governo interino "para iniciar um processo de reconciliação de toda a família hondurenha

Foto:El Heraldo

Partidários de Lobo comemorando a vitória pelas ruas de Tegucigalpa

Após o discurso, vários simpatizantes de "Pepe" Lobo saíram às ruas de Tegucigalpa comemorando a vitória.

Já os Estados Unidos, que tinham condenado a deposição do presidente eleito Manuel Zelaya, dizem acreditar que o pleito é a melhor forma de resolver a crise política hondurenha. Muitos países disseram que vão esperar o desenrolar das eleições para se pronunciar.

Foto: Associated Press

Soldados do Batalhão de Choque hondurenho dialogam com os zelaystas que querem tumultuar a eleição em San Pedro Sula

O único incidente registrado durante as eleições gerais hondurenhas aconteceu no norte do país cidade de San Pedro Sula, onde a polícia reprimiu manifestantes que faziam campanha pela abstenção.

Além do cargo de presidente, estavam na disputa 128 assentos no legislativo e 298 de representantes locais.


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